Arte, Artistas e Arteiros - MultiRio
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314 . Quino. Toda Mafalda.<br />
O constante questionamento de Mafal-<br />
da mostra sua recusa em ser integra-<br />
da no mundo adulto que condena. Por<br />
outro lado, sua precocidade permite<br />
compreender, melhor que os mais<br />
velhos, o mundo presente.<br />
Álvaro Moya<br />
No Brasil, a década de 1970 trouxe o humor<br />
sarcástico dos Fradinhos e da Graúna, criações<br />
do desenhista Henfil, que, com traços rápidos<br />
e espontâneos, dava forma aos inusitados<br />
personagens, que criticavam e cobravam soluções<br />
dos governantes e atitude da sociedade.<br />
<strong>Artistas</strong> de diferentes épocas, com características<br />
próprias, deixaram figuras inesquecíveis.<br />
O Amigo da Onça, de Péricles; as mulatas<br />
cariocas, do Lan; os Fradinhos nervosos,<br />
do Henfil; e o Menino Maluquinho, de Ziraldo,<br />
tornaram-se personagens imortais.<br />
315 . Henfil. A Volta da Graúna.<br />
A arte brasileira reúne um grupo de desenhistas<br />
de humor de repercussão internacional,<br />
com nomes como Claudius, Jaguar e Millôr<br />
Fernandes, que, brincando, nos fazem rir e<br />
pensar, principalmente, sobre conquistas de<br />
direitos, de liberdade e transformações comportamentais<br />
necessárias.<br />
HENFIL (HENRIQUE DE SOUSA FILHO)<br />
(Ribeirão das Neves, MG, 1944 – Rio de Janeiro, 1988)<br />
Humorista, desenhista e escritor. Renovou o desenho humorístico com personagens como Os Fradinhos, Capitão Zeferino,<br />
Graúna e Bode Orelana. Começou a fazer caricatura política no Diário de Minas. Fez charges esportivas para o Jornal<br />
dos Sports, do Rio de Janeiro, em 1967, e colaborou nas revistas Visão, Realidade, Placar e O Cruzeiro. Em O Pasquim e<br />
no Jornal do Brasil, seus personagens ganharam popularidade. Teve marcante atuação política pela redemocratização.<br />
MILLÔR FERNANDES (MILTON VIOLA FERNANDES)<br />
(Rio de Janeiro, 1923-2012)<br />
Escritor, artista plástico, autor e tradutor teatral. Humorista fino e pensador cético. Transformou com sua marca pessoal o<br />
campo da tradução teatral. Traduziu textos diversos, desde clássicos, como Shakespeare, a modernos, como Brecht, por<br />
vezes interferindo no original, em uma quase recriação. Autor de Liberdade, Liberdade (1965), com Flávio Rangel, uma das<br />
peças pioneiras do teatro de resistência, e É... (1977), comédia de costumes.<br />
Pensar para brincar<br />
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