15.06.2013 Views

Arte, Artistas e Arteiros - MultiRio

Arte, Artistas e Arteiros - MultiRio

Arte, Artistas e Arteiros - MultiRio

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A construção das formas abriga jogos de ilusão<br />

e estabelece lugares que convidam a percursos<br />

inusitados. Sua arte e sua técnica criam estratégias<br />

que levam ao prazer da descoberta,<br />

chave de um jogo que constrói conhecimento.<br />

O saber entra pelos sentidos e não<br />

somente pelo intelecto.<br />

Frei Betto<br />

As formas e as combinações imprevisíveis<br />

desenhadas por Escher causam sensações<br />

de magia, desafiando o olhar e o entendimento<br />

do espectador que está sempre<br />

buscando respostas.<br />

As figuras estão paradas ou andando? O objeto<br />

está dentro ou fora? A forma é côncava ou<br />

convexa? E, afinal, a escada sobe ou desce?<br />

Escher é um construtor de mundos impossíveis.<br />

Brincando também com os processos de<br />

percepção, surge, na década de 1960, a Op<br />

Art, que provoca os limites da visão através<br />

das sensações de movimento e da ilusão<br />

das três dimensões.<br />

Um dos principais artistas desse estilo<br />

foi Victor Vasarely, criador da plástica do<br />

movimento. Usando figuras geométricas, ele<br />

brinca com permutações de cores, formando<br />

novos conjuntos pictóricos, que se modificam<br />

conforme o ângulo do olhar do espectador.<br />

268 . Victor Vasarely. Hexa 5, 1988.<br />

Como a própria vida contemporânea, a op Art<br />

é uma arte que está em constante alteração.<br />

Os tempos modernos fizeram com que se<br />

deixasse de lado a percepção da totalidade<br />

da vida através dos sentidos. Para alguns<br />

artistas contemporâneos, já não era suficiente<br />

estimular o espectador apenas visualmente,<br />

nem pelo jogo óptico ou mesmo pela<br />

contemplação das inocentes brincadeiras de<br />

infância guardadas nas lembranças e registradas<br />

em telas.<br />

Em uma visão provocativa, pretendiam que<br />

as emoções vividas nos momentos dessas<br />

brincadeiras fossem “re-vividas”, sensorialmente,<br />

no contato direto com as novas<br />

expressões artísticas.<br />

VICTOR VASARELY<br />

(Pécs, 1908 – Paris, 1997)<br />

Pintor e artista gráfico húngaro, trabalhou em publicidade e decoração e desenvolveu pesquisas no campo da óptica-cinética<br />

com um método claramente científico, tornando-se um dos primeiros representantes da Op Art. Suas estruturas pictórico-dinâmicas,<br />

baseadas em variantes graduais de cor, exploram as diversas leituras das séries de formas geométricas<br />

coloridas: na vertical, na horizontal, nas diagonais ou na inversão da relação positivo-negativo entre figuras e intervalos.<br />

OP ART<br />

Abreviação do inglês Optical Art (<strong>Arte</strong> Óptica), o termo refere-se à pintura e à escultura que exploram efeitos e ilusões<br />

ópticas produzidos por incapacidade do olho e/ou cérebro de processar corretamente cores e formas em certas situações.<br />

A partir do estudo dos processos ópticos e psicológicos envolvidos na percepção, explora fenômenos como imagem fantasma,<br />

figuras ambíguas, perspectiva reversível ou sugestão de movimento pelo ritmo sincopado de padrões geométricos.<br />

269 . Página à esquerda: Orgulho I, 1981-1982 (detalhe), obra da artista inglesa Bridget Riley, representante da Op Art.<br />

Brincar de inventar<br />

195

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!