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Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e ...

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POLÍTICA NACIONAL DE REDUÇÃO DA MORBIMORTALIDADE POR A CIDENTES E V IOLÊNCIAS<br />

que, somente nas estra<strong>da</strong>s fe<strong>de</strong>rais do País, em 1995, ocorreram 95.514<br />

aci<strong>de</strong>ntes, com 63.309 pessoas envolvi<strong>da</strong>s, entre feridos e mortos, dos<br />

quais cerca <strong>de</strong> 56% tinham menos <strong>de</strong> 33 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> (MT, 1996). As<br />

crianças em i<strong>da</strong><strong>de</strong> escolar e os idosos são grupos também<br />

especialmente vulneráveis aos atropelamentos.<br />

O novo Código <strong>de</strong> Trânsito Brasileiro (CTB), que entrou em vigor<br />

em 22 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1998, <strong>por</strong> meio <strong>da</strong> Lei n. o 9.503, privilegia as<br />

questões <strong>de</strong> segurança e <strong>de</strong> preservação <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>. Uma <strong>de</strong> suas<br />

características é o expressivo conjunto <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> prevenção que<br />

contém, não sendo, <strong>por</strong> conseguinte, um instrumento apenas punitivo.<br />

A sua implantação configura, assim, o mecanismo legal e eficaz para a<br />

diminuição dos principais fatores <strong>de</strong> risco, envolvendo condutor,<br />

pe<strong>de</strong>stre, veículos e via pública.<br />

O retar<strong>da</strong>mento <strong>da</strong> implantação completa do CTB e a precária<br />

fiscalização na aplicação <strong>da</strong>s leis já implanta<strong>da</strong>s comprometem os<br />

resultados esperados <strong>de</strong> redução <strong>da</strong> violência no trânsito. A<br />

sensibilização <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> quanto à relevância do Código é<br />

fun<strong>da</strong>mental. A implantação efetiva do CTB requer, <strong>por</strong> outro lado, a<br />

superação do atraso tecnológico nas questões do trânsito brasileiro,<br />

como a baixa confiabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s estatísticas referentes à frota <strong>da</strong>s<br />

pessoas habilita<strong>da</strong>s, bem como em relação às vítimas e às ocorrências<br />

<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> trânsito; o precário controle <strong>de</strong> tráfego, inspeção e<br />

segurança veicular; a <strong>de</strong>sagregação <strong>de</strong> normas e procedimentos<br />

relativos à engenharia <strong>de</strong> trânsito; a fiscalização ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>; e o<br />

treinamento ultrapassado para a habilitação <strong>de</strong> novos condutores, além<br />

<strong>da</strong> capacitação técnica <strong>de</strong> recursos humanos. Acrescente-se a isso o<br />

insuficiente conhecimento acerca <strong>de</strong>sses eventos e vítimas, visto que<br />

os <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> atendimentos em prontos-socorros, <strong>por</strong> exemplo, não estão<br />

abrangidos nas estatísticas oficiais.<br />

Em relação aos aci<strong>de</strong>ntes e às violências, são várias as fontes a<br />

partir <strong>da</strong>s quais se po<strong>de</strong> investigar, ca<strong>da</strong> uma constituí<strong>da</strong> <strong>de</strong> modo a<br />

satisfazer as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s institucionais que as geram. Além disso,<br />

sofrem diretamente as influências <strong>da</strong>s limitações características dos<br />

sistemas <strong>de</strong> notificação, às vezes difíceis <strong>de</strong> serem compatibilizados.<br />

Desse modo, os resultados <strong>da</strong>s investigações são divergentes,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>da</strong> fonte consulta<strong>da</strong>, ocasionando distorções e erros<br />

interpretativos (Mello Jorge, 1990; Souza e cols., 1996).<br />

As principais fontes oficiais <strong>de</strong> informação para o estudo dos<br />

aci<strong>de</strong>ntes e <strong>da</strong>s violências, nas diferentes fases do evento até a morte,<br />

são o Boletim <strong>de</strong> Ocorrência Policial (BO); o Boletim <strong>de</strong> Registro <strong>de</strong><br />

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