Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e ...
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POLÍTICA NACIONAL DE REDUÇÃO DA MORBIMORTALIDADE POR A CIDENTES E VIOLÊNCIAS<br />
situação <strong>de</strong> emergência, o que contribui, muitas vezes, para o<br />
agravamento do estado <strong>da</strong>s vítimas. Ao lado disso, a ausência <strong>de</strong> normas<br />
para a transformação veicular em ambulância, a exemplo dos sistemas<br />
americano, francês e alemão, favorece a adoção <strong>de</strong> viaturas não<br />
condizentes ao resgate e ao tratamento intensivo, como, <strong>por</strong> exemplo,<br />
o uso <strong>de</strong> veículos <strong>de</strong> passeio. A inexistência <strong>de</strong>ssa padronização é<br />
verifica<strong>da</strong>, também, nos insumos tecnológicos do su<strong>por</strong>te avançado <strong>de</strong><br />
vi<strong>da</strong>. É comum encontrar veículos <strong>de</strong>signados como Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Tratamento Intensivo (UTI) e <strong>de</strong> resgate que não dispõem <strong>de</strong> respiradores<br />
artificiais, bombas <strong>de</strong> infusão, monitores cardíacos, marcapasso, estojos<br />
para pequenos procedimentos cirúrgicos, materiais <strong>de</strong> imobilização e<br />
maletas <strong>de</strong> medicamentos.<br />
Essas limitações comprometem o planejamento logístico e<br />
estratégico <strong>de</strong> atenção a situações <strong>de</strong> emergência. No que tange aos<br />
recursos humanos, não há um currículo mínimo, regulamentado pelo<br />
Ministério <strong>da</strong> Educação (MEC), para a formação <strong>de</strong> profissionais para<br />
este fim, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o nível mais elementar ao <strong>de</strong> nível superior. Soma-se a<br />
isso a falta <strong>de</strong> estudos mais aprofun<strong>da</strong>dos sobre o número e a quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> veículos, uma vez que os índices internacionais não contemplam a<br />
peculiar situação brasileira <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>mográfica flutuante,<br />
condição do fluxo viário urbano e dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamentos aéreos<br />
<strong>de</strong> atendimento a aci<strong>de</strong>ntados.<br />
Diante <strong>de</strong> todos os limites e dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s que existem no Brasil<br />
em relação ao atendimento pré-hospitalar, vale a pena ressaltar que<br />
experiências empíricas <strong>de</strong>monstram a redução do tempo <strong>de</strong><br />
permanência hospitalar, <strong>de</strong> seqüelas e <strong>da</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o<br />
APH integre uma estrutura maior <strong>de</strong> atenção a emergências, com<br />
uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s hospitalares, terapia intensiva, imaginologia e outros insumos,<br />
principalmente preventivos.<br />
O atendimento médico-hospitalar <strong>de</strong> urgência e emergência é<br />
um segmento <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> que muito vem exigindo <strong>de</strong> economistas e<br />
administradores especializados. Trata-se <strong>de</strong> uma vertente que, <strong>por</strong><br />
envolver procedimentos caros, absorve parcela expressiva dos recursos<br />
financeiros <strong>da</strong> área <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>. Exige, ao mesmo tempo, perspicácia e<br />
agili<strong>da</strong><strong>de</strong> administrativas. Esses aspectos são universais, mas tornamse<br />
bastante evi<strong>de</strong>ntes em países emergentes, sobretudo em <strong>de</strong>corrência<br />
<strong>da</strong> falta <strong>de</strong> investimento maciço na atenção básica <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, contribuindo<br />
para o uso ina<strong>de</strong>quado <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> emergência.<br />
Essa reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, presente no dia-a-dia <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>,<br />
está associa<strong>da</strong> à falta <strong>de</strong> resolubili<strong>da</strong><strong>de</strong> no atendimento primário – que