HIV/AIDS no Mundo do Trabalho - International Labour Organization
HIV/AIDS no Mundo do Trabalho - International Labour Organization
HIV/AIDS no Mundo do Trabalho - International Labour Organization
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
13<br />
<strong>HIV</strong>/<strong>AIDS</strong> <strong>no</strong> <strong>Mun<strong>do</strong></strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>: As Ações e a Legislação Brasileira<br />
INTRODUÇÃO<br />
Contexto Epidemiológico<br />
Ten<strong>do</strong> como referência os registros <strong>do</strong> Sistema de Vigilância<br />
Epidemiológica Nacional, a <strong>AIDS</strong> – Síndrome da Imu<strong>no</strong>deficiência Adquirida foi<br />
identificada pela primeira vez <strong>no</strong> Brasil em 1982, quan<strong>do</strong> sete pacientes homo/<br />
bissexuais foram <strong>no</strong>tifica<strong>do</strong>s. No entanto, retrospectivamente, foi reconheci<strong>do</strong><br />
um caso <strong>no</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo, em 1980 (Chequer & Castilho, 1997).<br />
Se o perío<strong>do</strong> de latência <strong>do</strong> <strong>HIV</strong> for considera<strong>do</strong>, pode-se deduzir<br />
que a introdução <strong>do</strong> vírus <strong>no</strong> Brasil ocorreu <strong>no</strong> final da década de 70. Sua<br />
difusão, <strong>no</strong> primeiro momento, ficou circunscrita às principais áreas metropolitanas<br />
da região Centro-Sul, mas na primeira metade da década de 80 é<br />
disseminada para as demais regiões <strong>do</strong> país. Apesar <strong>do</strong> registro de casos em<br />
todas as Unidades da Federação, a grande maioria das ocorrências se concentra<br />
na região Sudeste: 85% das <strong>no</strong>tificações <strong>no</strong> perío<strong>do</strong> de 1980 a 1987 e<br />
69% <strong>do</strong>s casos informa<strong>do</strong>s ao Ministério da Saúde <strong>no</strong> perío<strong>do</strong> de 1994 a 1997<br />
(Ministério da Saúde, 1997).<br />
Apesar <strong>do</strong>s esforços para o controle da epidemia, o Brasil ocupa<br />
ainda a primeira posição <strong>no</strong> número de casos absolutos de <strong>AIDS</strong> na América<br />
Latina. Até setembro de 2001, de acor<strong>do</strong> com da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Boletim<br />
Epidemiológico (set./2002) da CN-DST/<strong>AIDS</strong> – Coordenação Nacional de<br />
Doenças Sexualmente Transmissíveis e <strong>AIDS</strong>, <strong>do</strong> Ministério da Saúde, o<br />
número de casos de <strong>AIDS</strong> <strong>no</strong>tifica<strong>do</strong>s <strong>no</strong> Brasil era de 222.356 pessoas<br />
acumula<strong>do</strong>s desde 1980.<br />
No entanto, os indica<strong>do</strong>res apontam para uma possível estabilização<br />
da epidemia. A incidência de <strong>AIDS</strong> vem manten<strong>do</strong>-se estável, em tor<strong>no</strong> de 20<br />
mil casos <strong>no</strong>vos por a<strong>no</strong>, ou 14 casos <strong>no</strong>vos por 100 mil habitantes há cinco<br />
a<strong>no</strong>s. A prevalência <strong>do</strong> <strong>HIV</strong> também apresenta estabilização em to<strong>do</strong>s os