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HIV/AIDS no Mundo do Trabalho - International Labour Organization

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<strong>HIV</strong>/<strong>AIDS</strong> <strong>no</strong> <strong>Mun<strong>do</strong></strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>: As Ações e a Legislação Brasileira<br />

CONCLUSÃO<br />

Existe <strong>no</strong> Brasil uma grande diversidade de experiências e iniciativas<br />

de prevenção e assistência aos trabalha<strong>do</strong>res com <strong>HIV</strong>/<strong>AIDS</strong>. Essas experiências<br />

foram acumuladas ao longo das últimas duas décadas. São iniciativas<br />

bem sucedidas e de grande valor.<br />

Apesar da implementação de todas essas ações pelos diversos segmentos<br />

sociais ainda não foi possível obter um relevante impacto sobre a<br />

questão <strong>do</strong> <strong>HIV</strong>/<strong>AIDS</strong> <strong>no</strong> mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho. Para assegurar um compromisso<br />

político permanente e investimentos contínuos por parte <strong>do</strong> setor empresarial,<br />

faz-se necessário ampliar a mobilização das empresas e garantir o efetivo<br />

cumprimento de suas obrigações para com os trabalha<strong>do</strong>res e as comunidades<br />

onde estão inseridas. Necessita-se também que os sindicatos e ONGs/<br />

<strong>AIDS</strong> e órgãos governamentais ampliem a articulação de suas iniciativas e<br />

re<strong>no</strong>vem seus papéis, de forma que a mobilização interna e externa seja<br />

mantida e que o setor empresarial sinta-se cada vez mais engaja<strong>do</strong> e comprometi<strong>do</strong><br />

com a questão.<br />

Importantes avanços são observa<strong>do</strong>s na legislação brasileira e <strong>no</strong><br />

seu cumprimento por parte das grandes empresas. No entanto, existe<br />

uma lacuna nas empresas de peque<strong>no</strong> e médio porte que merece consideração.<br />

Na maioria das vezes, os direitos <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r soropositivo<br />

não são cumpri<strong>do</strong>s. Enquanto existe algum tipo de atividade ou disseminação<br />

de informação sobre o <strong>HIV</strong>/<strong>AIDS</strong> – mesmo que apenas durante as<br />

Campanhas Internas de Prevenção da <strong>AIDS</strong> – nas grandes empresas, o mesmo<br />

não ocorre nas pequenas e médias. Não se tem <strong>no</strong>tícia de qualquer<br />

tipo de participação ou de iniciativas sistemáticas de prevenção e assistência<br />

ao trabalha<strong>do</strong>r.<br />

Registre-se ainda que persiste a necessidade de ampliar e multiplicar<br />

as iniciativas de combate ao <strong>HIV</strong>/<strong>AIDS</strong> a fim de se obter resulta<strong>do</strong>s compatíveis<br />

com a dimensão <strong>do</strong> problema <strong>no</strong> Brasil. A experiência demonstra que intervenções<br />

educativas contínuas <strong>no</strong> local de trabalho e nas comunidades têm maior<br />

possibilidade de promover a redução <strong>do</strong> risco ao <strong>HIV</strong>/<strong>AIDS</strong> e outras DST e<br />

melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com <strong>HIV</strong>/<strong>AIDS</strong>. Sabe-se<br />

também que o envolvimento da comunidade, <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res e <strong>do</strong>s emprega<strong>do</strong>res<br />

contribui para mudanças significativas nas práticas e atitudes em relação<br />

ao preconceito e à discriminação de pessoas que vivem com <strong>HIV</strong>/<strong>AIDS</strong>.

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