HIV/AIDS no Mundo do Trabalho - International Labour Organization
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<strong>HIV</strong>/<strong>AIDS</strong> <strong>no</strong> <strong>Mun<strong>do</strong></strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>: As Ações e a Legislação Brasileira<br />
INTRODUÇÃO<br />
Desde as primeiras manifestações da <strong>AIDS</strong> – Síndrome da<br />
Imu<strong>no</strong>deficiência Adquirida <strong>no</strong> Brasil, <strong>no</strong> início da década de oitenta, muito<br />
se avançou <strong>no</strong> tratamento da enfermidade. Além da ação governamental 1 , a<br />
participação de ONGs – Organizações Não-Governamentais fez-se presente 2 .<br />
Em 1985 3 , foi editada uma Portaria Ministerial, com as diretrizes para<br />
um programa de controle da <strong>AIDS</strong> e, em 1987, foi estruturada a Comissão<br />
Nacional de Controle da <strong>AIDS</strong>, que passou a supervisionar as demais coordenações<br />
nacionais e a responder pelo programa de prevenção. Contu<strong>do</strong>, o<br />
Programa Nacional de Controle das DSTs – Doenças Sexualmente Transmissíveis<br />
e <strong>AIDS</strong> só foi estabeleci<strong>do</strong> em 1988 4 .<br />
O acor<strong>do</strong> celebra<strong>do</strong> entre o gover<strong>no</strong> brasileiro e o BIRD – Banco<br />
Mundial, em 1993, e re<strong>no</strong>va<strong>do</strong> em 1998, marca, de forma decisiva, a política<br />
nacional de prevenção e controle da <strong>AIDS</strong>. Até então, a ação governamental<br />
havia-se pauta<strong>do</strong>, fora o trato <strong>do</strong> sangue e <strong>do</strong>s hemoderiva<strong>do</strong>s, pela veiculação<br />
de campanhas publicitárias. Após a celebração deste acor<strong>do</strong>, o gover<strong>no</strong><br />
passou a investir pesadamente na difusão de informações e educação, em<br />
campanhas de orientação e distribuição de preservativos, tanto diretamente<br />
como por intermédio de ONGs, além da a<strong>do</strong>ção de várias outras linhas de<br />
ação e projetos.<br />
Em 1988, foram cria<strong>do</strong>s os CTAs – Centros de Testagem e<br />
Aconselhamento, hoje espalha<strong>do</strong>s por to<strong>do</strong> o país. Ainda em 1988, foram<br />
editadas algumas leis referentes à <strong>AIDS</strong>. A Lei de n o 7.649/88 tor<strong>no</strong>u obrigatório<br />
o cadastramento de to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>a<strong>do</strong>res de sangue e a realização de<br />
exames laboratoriais para testar sua qualidade, inclusive o teste anti-<strong>HIV</strong>; a<br />
de nº 7.670/88 estendeu aos porta<strong>do</strong>res da <strong>AIDS</strong> benefícios referentes à<br />
licença para tratamento de saúde, aposenta<strong>do</strong>ria, reforma militar, saque <strong>do</strong><br />
FGTS – Fun<strong>do</strong> de Garantia por Tempo de Serviço e etc.; a de nº 7.713/88<br />
isentou o porta<strong>do</strong>r <strong>do</strong> vírus <strong>HIV</strong> <strong>do</strong> pagamento <strong>do</strong> imposto de renda sobre<br />
seus proventos de aposenta<strong>do</strong>ria.<br />
Em 1996, o gover<strong>no</strong> torna gratuita a distribuição de medicamentos<br />
necessários ao tratamento da <strong>AIDS</strong>, através da edição da Lei nº 9.313, de 13<br />
de <strong>no</strong>vembro de 1996. Em relação ao fornecimento de medicamentos, importa<br />
destacar que o Brasil, desde a edição da Lei nº 9.313/96, distribui<br />
gratuitamente, pelo SUS – Sistema Único de Saúde, to<strong>do</strong>s os medicamentos