HIV/AIDS no Mundo do Trabalho - International Labour Organization
HIV/AIDS no Mundo do Trabalho - International Labour Organization
HIV/AIDS no Mundo do Trabalho - International Labour Organization
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
27<br />
<strong>HIV</strong>/<strong>AIDS</strong> <strong>no</strong> <strong>Mun<strong>do</strong></strong> <strong>do</strong> <strong>Trabalho</strong>: As Ações e a Legislação Brasileira<br />
Campanha para Caminhoneiros<br />
Do universo de <strong>do</strong>is milhões de caminhoneiros, 70% são transporta<strong>do</strong>res<br />
de longa distância e passam dias, semanas ou meses<br />
longe da comunidade de origem. Sua média de tempo de<br />
trabalho semanal é de 76,2 horas. A maioria (74,4%) <strong>do</strong>s caminhoneiros<br />
não tem pla<strong>no</strong>s de saúde.<br />
De acor<strong>do</strong> com os da<strong>do</strong>s da CN-<strong>AIDS</strong>, o Brasil tem aproximadamente<br />
<strong>do</strong>is milhões de caminhoneiros. Grande parte desses profissionais tem baixa<br />
escolaridade e seus pontos de parada nas estradas são freqüenta<strong>do</strong>s por<br />
prostitutas. Muitos não avaliam os riscos das relações sexuais com<br />
parceiras(os) eventuais sem preservativo e <strong>do</strong> uso freqüente de estimulantes<br />
para suportar longas jornadas 18 . Com vistas a atingir esse segmento de<br />
trabalha<strong>do</strong>res, especialmente vulneráveis a DST e <strong>HIV</strong>/<strong>AIDS</strong>, a Coordenação<br />
Nacional vem, desde 1996, estabelecen<strong>do</strong> parcerias específicas com empresas<br />
de transportes, para implementar ações de prevenção e assistência. Até<br />
janeiro de 2001, 20 projetos de prevenção para os caminhoneiros haviam<br />
si<strong>do</strong> desenvolvi<strong>do</strong>s em parceria com o SEST/SENAT – Serviço Social <strong>do</strong> Transporte<br />
e Serviço Nacional de Aprendizagem em Transporte, com as coordenações<br />
estaduais e municipais de DST/<strong>AIDS</strong> e com ONGs. Estes projetos atingiram<br />
cerca de 400 mil trabalha<strong>do</strong>res e contaram com investimentos na ordem<br />
de R$ 417 mil.<br />
Em 2000 e 2001, uma colaboração entre o Ministério da Saúde e as<br />
empresas privadas da área de transportes resultou <strong>no</strong> financiamento de<br />
campanhas e publicidade sobre DST, <strong>AIDS</strong> e uso indevi<strong>do</strong> de drogas nas<br />
estradas. Mensagens específicas para os caminhoneiros foram veiculadas<br />
pela TV e pelo rádio. Essas mensagens associavam a segurança da carga<br />
transportada à segurança <strong>do</strong> sexo com camisinha. A campanha contou<br />
ainda com out<strong>do</strong>ors de veiculação prolongada (seis meses), instala<strong>do</strong>s em<br />
ro<strong>do</strong>vias nacionais (SP, SC, PR, ES, GO, PA e RJ), com anúncios para revistas<br />
dirigidas, com folhetos e cartazes educativos, camisetas, bonés e<br />
chaveiros. Nas ro<strong>do</strong>vias foram realizadas intervenções diretas em 17 pontos<br />
estratégicos, espalha<strong>do</strong>s pelo país. Nesses locais, além de informa-