002526_RFOL16n1 jor copy.idd - Unimep
002526_RFOL16n1 jor copy.idd - Unimep
002526_RFOL16n1 jor copy.idd - Unimep
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
INTRODUÇÃO<br />
A completa obturação do sistema de<br />
canais radiculares, visando à obtenção de adequado<br />
selamento apical, é um fator importante<br />
para o sucesso do tratamento endodôntico.<br />
8, 9 Na busca de um material obturador<br />
ideal, com propriedades físico-químicas<br />
e biológicas adequadas, grande variedade de<br />
cimentos obturadores de canais radiculares é<br />
lançada no mercado. Dentre as propriedades<br />
físico-químicas dos cimentos endodônticos,<br />
a capacidade seladora tem sido estudada por<br />
inúmeras metodologias, incluindo a penetração<br />
bacteriana, 10 o emprego de isótopos, 18<br />
a microscopia eletrônica, 20 a fluorometria 3 e<br />
a infiltração por corantes. 21<br />
Os estudos de avaliação da capacidade<br />
seladora apresentam resultados diversos em<br />
função das diferentes metodologias, sendo<br />
empregados distintos marcadores ou soluções<br />
corantes, assim como variados métodos de<br />
avaliação da infiltração.<br />
O objetivo deste estudo é avaliar duas<br />
soluções corantes (azul de metileno e nanquim)<br />
quanto à capacidade de penetração e<br />
marcação da infiltração apical em obturações<br />
de canais radiculares, sendo utilizados dois<br />
métodos de análise: a fratura longitudinal e o<br />
processo de diafanização.<br />
MATERIAIS E MÉTODOS<br />
Quarenta caninos humanos superiores<br />
extraídos, oriundos do Banco de Dentes da<br />
Faculdade de Odontologia de Araraquara –<br />
Unesp, foram armazenados em solução fisiológica<br />
após permanecerem por 48 horas em<br />
solução de hipoclorito de sódio a 1%. Os<br />
dentes foram selecionados de acordo com a<br />
anatomia radicular e o diâmetro do forame<br />
inferior à lima tipo K (Dentsply – Maillefer<br />
S.A., Ballaigues, Suíça) n.º 20.<br />
A abertura coronária foi realizada de<br />
acordo com a técnica endodôntica e a odontometria<br />
determinada pela introdução de<br />
lima tipo K n.º 15 até o forame, padronizado<br />
pela instrumentação com limas tipo K até a<br />
de n.º 30. A seguir, um milímetro aquém do<br />
comprimento real do dente, o batente apical<br />
foi preparado até a lima tipo K n.º 45. A técnica<br />
escalonada com recuo progressivo programado<br />
de um milímetro entre cada instrumento<br />
foi realizada até a lima tipo K n.º<br />
70. Durante todo o preparo biomecânico, os<br />
canais radiculares foram irrigados com 1,5<br />
ml de solução de hipoclorito de sódio a 1%,<br />
a cada troca de instrumento. Após a realização<br />
do preparo biomecânico, a lima tipo K<br />
n.º 30 foi utilizada até o forame apical, com<br />
o objetivo de remoção de restos dentinários.<br />
A impermeabilização da superfície radicular<br />
externa foi efetuada com uma camada de<br />
adesivo (Araldite – Ciba-Geigy S.A., Taboão<br />
da Serra, SP) e uma camada de esmalte para<br />
unha, com exceção de 2mm ao redor do<br />
forame apical. Ao final, foi usada solução<br />
de EDTA (Herpo Produtos Dentários Ltda.,<br />
Rio de Janeiro, RJ), por três minutos. Após<br />
irrigação com soro fisiológico, a secagem dos<br />
canais radiculares foi realizada com pontas<br />
de papel absorvente (Tanari – Tanariman<br />
Industrial Ltda., Manacapuru, AM).<br />
Os cones de guta-percha principais<br />
(Tanari – Tanariman Industrial Ltda., Manacapuru,<br />
AM) foram selecionados e padronizados<br />
para obturação dos canais radiculares.<br />
Os dentes foram divididos aleatoriamente<br />
em quatro grupos (tab. 1).<br />
A obturação do canal radicular foi complementada<br />
pela técnica da condensação<br />
lateral ativa, usando cones de guta-percha<br />
auxiliares e cimento obturador de óxido<br />
de zinco e eugenol (S.S.White Art. Dent.<br />
Ltda., Rio de Janeiro, RJ). A condensação<br />
lateral ativa foi realizada com auxílio de<br />
espaçador Finger Spreader (Dentsply – Maillefer,<br />
Ballaigues, Suíça) n.º 30.<br />
UNIMEP • Universidade Metodista de Piracicaba<br />
1 8<br />
TABELA 1 – DISTRIBUIÇÃO DOS GRUPOS EXPERIMENTAIS EM FUNÇÃO DO MÉTODO DE AVALIAÇÃO E SOLUÇÃO<br />
CORANTE.<br />
GRUPOS MÉTODO CORANTE<br />
EXPERIMENTAIS DE ANÁLISE EMPREGADO<br />
I Fratura longitudinal Azul de metileno 2%<br />
II Fratura longitudinal Nanquim<br />
III Diafanização Azul de metileno 2%<br />
IV Diafanização Nanquim<br />
Rev. Fac. Odontol. Lins, Piracicaba, 16 (1): 17-21, 2004