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002526_RFOL16n1 jor copy.idd - Unimep

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4 2<br />

INTRODUÇÃO<br />

A patologia endodôntica e periodontal<br />

apresenta estreitas relações com a contaminação<br />

bacteriana 24 e com a complexidade da<br />

morfologia dental. 15, 16 Assim, o conhecimento<br />

dos fatores que favorecem a contaminação<br />

bacteriana mostra-se de grande importância,<br />

uma vez que a polpa está em íntima relação<br />

com o periodonto, quer pela presença dos<br />

forames apicais, canais laterais, canais acessórios,<br />

quer pela presença de canais interradiculares.<br />

Esses últimos também têm sido<br />

chamados de canais de furca, por Vertucci<br />

e Willians; 27 canais de bifurcação, por Tidmarsh;<br />

26 canais laterais da área de bifurcação,<br />

por Maning; 17 canais cavo interradiculares,<br />

por Weine; 29 ou simplesmente canais interradiculares,<br />

segundo Cohen e Burns. 5<br />

Entretanto, as informações na literatura<br />

são escassas quanto a estudos a respeito da<br />

morfologia do assoalho da câmara pulpar,<br />

sua permeabilidade e, principalmente, trabalhos<br />

que relacionem a presença desses canais<br />

na região de furca com a patologia endodôntica<br />

e/ou periodontal. 4, 8, 9, 18 Preocupações<br />

com o envolvimento microbiológico do sistema<br />

de canais radiculares têm sido abordadas<br />

em trabalhos como o de Rubach e<br />

Mitchell, 23 que associam a doença pulpar à<br />

complexidade morfológica caracterizada pela<br />

presença de canais acessórios. Já Czarnecki<br />

e Shilder 6 não relacionam a presença de<br />

doença periodontal severa e a doença pulpar.<br />

Nota-se, portanto, que as informações a respeito<br />

do envolvimento patológico causado<br />

pela presença desses canais é controversa, 11,<br />

20<br />

o que impõe questionamentos, pois essa<br />

possibilidade existe desde que haja ingresso<br />

de microrganismos em qualquer uma das<br />

superfícies em questão, via periodonto-polpa<br />

ou polpa-periodonto.<br />

Estudos anteriores 7, 10 mostram essa preocupação,<br />

chamando a atenção para os prognósticos<br />

desfavoráveis de lesões que acometem<br />

a área entre as raízes, tanto do ponto de<br />

vista endodôntico quanto do periodontal e,<br />

particularmente, nos casos mais complexos<br />

que envolvem ambas as estruturas, conhecidas<br />

como lesões endo-periodontais. 5<br />

Portanto, o objetivo do presente estudo<br />

foi avaliar a prevalência de canais acessórios<br />

na região de furca de molares superiores<br />

e inferiores humanos, utilizando o método<br />

infiltrativo de avaliação.<br />

MATERIAL E MÉTODO<br />

Foram usados neste experimento 40<br />

molares inferiores e 40 molares superiores<br />

humanos com raízes intactas e não fusionadas,<br />

extraídos por problemas periodontais,<br />

fixados em formol 10%. Após a seleção,<br />

os dentes tiveram suas faces vestibulares<br />

e mesiais identificadas. Posteriormente, a<br />

coroa desses dentes foi removida ± três<br />

milímetros acima do limite cervical (junção<br />

amelo-cementária) com o auxílio de aparelho<br />

de corte e disco diamantado. 14<br />

Obtida a abertura coronária e a<br />

conseqüente exposição de toda a câmara<br />

pulpar, cuidou-se que o assoalho da cavidade<br />

não fosse tocado. Para isso, foi utilizada uma<br />

broca tronco-cônica diamantada com ponta<br />

inativa n.º 4.083 (KG Sorensen, Brasil), em<br />

alta rotação e refrigerada a água.<br />

Os canais radiculares foram, então, irrigados<br />

com hipoclorito de sódio a cada cinco<br />

minutos, por uma hora, de modo a remover<br />

todo o seu conteúdo. 30 Em seguida, os dentes<br />

foram imersos em hipoclorito de sódio a<br />

5,25% por dez minutos, lavados em água<br />

corrente por dez minutos, imersos em EDTA<br />

a 17% por dez minutos, lavados e mantidos<br />

FIGURA 1. MOLAR SUPERIOR COM A COROA REMO-<br />

VIDA ± 3 MM ACIMA DO NÍVEL CERVICAL<br />

E COM ÁPICES RADICULARES REVESTIDOS<br />

COM DUAS CAMADAS DE ESMALTE.<br />

Rev. Fac. Odontol. Lins, Piracicaba, 16 (1): 41-46, 2004<br />

UNIMEP • Universidade Metodista de Piracicaba

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