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2 4<br />

cias com programas de heterocontrole em<br />

diferentes localidades, como as de Manfredine,<br />

10 em Santos, e de Martildes et al., 13 no<br />

Ceará, têm relatado, por meio de medições<br />

isoladas, que as concentrações de flúor não<br />

estariam sendo adequadas para a região.<br />

Contudo, ações no âmbito da vigilância<br />

sanitária em fluoretação das águas baseadas<br />

no princípio de heterocontrole são necessárias<br />

para a manutenção da regularidade do benefício,<br />

impedindo que doses tóxicas de flúor cheguem<br />

ao consumidor e evitando que ocorra subdosagem<br />

e descontinuidade da aplicação, o que acarretaria<br />

perda da eficácia preventiva.<br />

4, 16<br />

O município de Lins está localizado no<br />

Noroeste do Estado de São Paulo. A fluoretação<br />

da água de abastecimento público<br />

ocorre de maneira natural, sendo considerada<br />

termal de média mineralização, predominantemente<br />

alcalino bicarbonada, por<br />

apresentar um teor elevado de dureza, com<br />

pH 9,8 e temperatura em torno de 40ºC.<br />

Segundo Perin, 19 em levantamento epidemiológico<br />

realizado, o índice CPOD médio<br />

encontrado na cidade de Lins foi de 3,41. Já<br />

no ano de 2001, segundo levantamento epidemiológico<br />

de cárie do município (comunicação<br />

pessoal), o CPOD foi de 2,21, sendo<br />

atingida a meta da OMS para o ano de 2000. *<br />

PROPOSIÇÃO<br />

Como a ocorrência de fluoretos tende a<br />

ser maior em águas temperadas e alcalinas, 5<br />

o objetivo deste trabalho foi avaliar, por meio<br />

de medições isoladas, as condições atuais dos<br />

teores de fluoretos nas águas de abastecimento<br />

público do município de Lins/SP, visto que esse<br />

sistema apresenta flúor in natura em suas águas.<br />

MATERIAL E MÉTODO<br />

Para realização do presente trabalho, inicialmente<br />

foram desenvolvidos contatos formais<br />

e pessoais juntamente com engenheiros<br />

e técnicos do órgão responsável pelo abastecimento<br />

de água e esgoto do Estado de<br />

São Paulo (Sabesp) e com autoridades da<br />

Secretaria Municipal da Saúde. Esses contatos<br />

visaram à obtenção de informações necessárias<br />

à descrição do sistema de abastecimento<br />

público desse município, bem como outros<br />

* LINS. Secretaria da Saúde. Divisão de Saúde Bucal.<br />

Levantamento epidemiológico de cárie dentária do<br />

município de Lins, SP – Ano-base 2001. Comunicação<br />

pessoal. Lins: SSM, 2002.<br />

serviços odontológicos oferecidos à comunidade.<br />

Esse sistema é composto por nove poços<br />

profundos que têm suas águas aduzidas para<br />

duas Estações de Tratamento, onde são realizadas<br />

a cloração e a diluição do flúor natural<br />

das águas. Como os poços PPJ 2 e PPS 10<br />

são de grande vazão e com concentrações de<br />

flúor variando entre 1 e 1,1 ppm F, com 800<br />

e 1.040 metros de profundidade, respectivamente,<br />

eles têm suas águas diluídas junto aos<br />

outros sete poços de menor vazão e concentração<br />

de flúor (entre 0,2 e 0,5 ppm F). 21 A<br />

cidade possui outros sistemas de prevenção<br />

em saúde bucal, realizados com a participação<br />

das instituições públicas – com aplicações<br />

semanais de bochechos fluoretados nas escolas<br />

e creches – e privadas, por meio dos serviços<br />

odontológicos curativos e educativos<br />

prestados à comunidade pela Faculdade de<br />

Odontologia de Lins/UNIMEP.<br />

Após o estudo mapeado de toda a área,<br />

em função do sistema de distribuição de água,<br />

foram determinados 18 locais para coletas de<br />

amostras do líquido, abrangendo todo o município.<br />

As coletas foram quinzenais, durante<br />

três meses, somando um total de 108 amostras<br />

de água. Foram utilizados para a coleta<br />

frascos de polietileno previamente esterilizados<br />

e identificados de acordo com o número<br />

de amostras, local e data, e devidamente enxaguados<br />

com a mesma água sob a torneira,<br />

no momento da coleta. Em seguida, foram<br />

transportados para o laboratório de pesquisa<br />

do Núcleo de Pesquisa em Saúde Coletiva<br />

(Nepesco) do Departamento de Odontologia<br />

Infantil e Social da Universidade Estadual<br />

Paulista Júlio de Mesquita Filho no campus de<br />

Araçatuba, onde foram feitas as análises.<br />

O método usado para a determinação do<br />

teor de flúor foi o eletrométrico, usando-se um<br />

potenciômetro digital (SA-720-Procyon) com<br />

eletrodo íon-específico (96-09-Orion Research),<br />

previamente calibrado com solução padrão de<br />

fluoreto de sódio, nas concentrações de 0,1 e<br />

1 ppm F.<br />

As análises foram realizadas em duplicata,<br />

com diluição 1:2, sendo 1 ml da amostra<br />

adicionada a 1 ml de Tisab II (tampão<br />

acetado 1 M, pH 5, contendo NaCl 1 M<br />

e ciclohexileno diaminotetracético a 0,4%).<br />

Logo após a agitação magnética da solução,<br />

o eletrodo foi nela imerso e, quando ocorria<br />

estabilização, leituras constantes eram obtidas.<br />

As amostras de água foram classificadas,<br />

Rev. Fac. Odontol. Lins, Piracicaba, 16 (1): 22-28, 2004<br />

UNIMEP • Universidade Metodista de Piracicaba

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