002526_RFOL16n1 jor copy.idd - Unimep
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dade de infiltração observada para a solução<br />
de azul de metileno a 2% em relação ao nanquim<br />
(p < 0,05). Contrariamente, Youngson<br />
et al. 24 compararam a capacidade de marcação<br />
dos corantes: eosina 5%, azul de metileno<br />
5%, nitrato de prata 50% e nanquim,<br />
concluindo que não houve diferenças estatísticas<br />
entre os corantes estudados em relação<br />
à capacidade de penetração na dentina.<br />
No entanto, maior capacidade de penetrabilidade<br />
do corante azul de metileno tem<br />
sido demonstrada na literatura. Ahlberg et<br />
al. 2 compararam a solução de azul de metileno<br />
a 5% com o nanquim em canais radiculares<br />
obturados com diferentes cimentos<br />
endodônticos, e observaram, após secção<br />
longitudinal, maior penetração para o azul<br />
de metileno do que para o nanquim.<br />
Neste estudo, também foram avaliados<br />
os métodos de análise da infiltração marginal<br />
(fratura longitudinal e diafanização),<br />
sendo observada maior infiltração pela fratura<br />
longitudinal (p < 0,05). Para o corante<br />
azul de metileno, a infiltração foi significativamente<br />
maior quando observada por meio<br />
do método de fratura longitudinal (p < 0,05),<br />
em relação à diafanização.<br />
Em relação ao método de diafanização,<br />
Abarca et al. 1 compararam a infiltração apical<br />
em canais radiculares obturados com Thermafil,<br />
ou condensação lateral ativa, empregando<br />
como marcador o nanquim, não sendo<br />
observada diferença significativa entre os<br />
grupos avaliados. Wimonchit et al., 22 estudando<br />
diferentes técnicas de avaliação da<br />
infiltração empregando o nanquim como<br />
marcador pelo processo de diafanização,<br />
observaram que o método a vácuo proporcionou<br />
maiores valores de infiltração (p <<br />
0,05).<br />
Tamse et al. 19 realizaram estudo comparando<br />
a capacidade de infiltração dos corantes<br />
eosina, azul de metileno e nanquim em<br />
canais radiculares obturados com cimento<br />
Roth 801, avaliados pelo método de fratura<br />
longitudinal, e o corante nanquim, também<br />
pelo processo de diafanização. Nos grupos de<br />
dentes que sofreram fratura longitudinal, não<br />
houve diferença significativa entre os marcadores<br />
usados, sendo os resultados maiores<br />
que os obtidos no grupo de dentes com<br />
nanquim avaliado pelo processo de diafanização.<br />
Esses resultados são concordantes<br />
com os obtidos neste estudo, uma vez que a<br />
penetração de corante pelo método de diafanização<br />
foi menor, especialmente para o<br />
corante azul de metileno, demonstrando ser<br />
o mesmo incompatível com o processo de<br />
desmineralização com ácidos.<br />
De acordo com os resultados obtidos,<br />
observamos que a solução de azul de metileno<br />
apresenta maior penetração para estudos<br />
de infiltração apical do que o nanquim.<br />
Ainda: o método de avaliação pela fratura<br />
longitudinal mostrou-se mais eficaz para avaliação<br />
da penetração do corante, sendo a técnica<br />
de diafanização indicada apenas para o<br />
emprego de nanquim como solução corante.<br />
CONCLUSÃO<br />
De acordo com a metodologia empregada<br />
e os resultados obtidos, pode-se concluir<br />
que:<br />
• a solução de azul de metileno avaliada<br />
pelo método de fratura longitudinal<br />
apresentou maior infiltração apical nas<br />
obturações de canais radiculares (p <<br />
0,05);<br />
• a solução de azul de metileno apresentou<br />
maior capacidade de infiltração<br />
apical do que o corante nanquim (p <<br />
0,05);<br />
• para o corante azul de metileno, a<br />
infiltração foi significativamente maior<br />
quando observada pelo método de fratura<br />
longitudinal (p < 0,05).<br />
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />
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Rev. Fac. Odontol. Lins, Piracicaba, 16 (1): 17-21, 2004<br />
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