Centro Universitário do Triangulo - Secretaria de Estado de Saúde ...
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1. INTRODUÇÃO<br />
O envelhecimento populacional é hoje um fenômeno universal, característica<br />
<strong>do</strong>s países <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>s países em <strong>de</strong>senvolvimento. Em 1950, eram cerca <strong>de</strong><br />
204 milhões <strong>de</strong> i<strong>do</strong>sos no mun<strong>do</strong> e, já em 1998, quase cinco décadas <strong>de</strong>pois, este<br />
contingente alcançara 579 milhões <strong>de</strong> pessoas, um crescimento <strong>de</strong> quase oito milhões <strong>de</strong><br />
pessoas i<strong>do</strong>sas por ano. As projeções indicam que, em 2050, a população i<strong>do</strong>sa será <strong>de</strong> 1<br />
900 milhões <strong>de</strong> pessoas, equivalente à população infantil <strong>de</strong> 0 a 14 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />
(ANDREWS, 2000), sen<strong>do</strong> que os muito i<strong>do</strong>sos (com 80 ou mais anos) constituem o<br />
grupo etário <strong>de</strong> maior crescimento no mun<strong>do</strong> (OMS, 2001; CDC, 2007). O número <strong>de</strong><br />
pessoas com 60 anos ou mais tem aumenta<strong>do</strong> progressivamente nos países em<br />
<strong>de</strong>senvolvimento, como por exemplo, no Brasil (KALACHE, 1987; GARRIDO &<br />
MENEZES, 2002; ALBUQUERQUE, 2005).<br />
A Organização Mundial <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (OMS), 2001, consi<strong>de</strong>ra que a terceira ida<strong>de</strong><br />
começa aos 65 anos nos países <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s e, aos 60 anos, nos países em<br />
<strong>de</strong>senvolvimento. No entanto, é importante reconhecer que a ida<strong>de</strong> cronológica não é<br />
um marca<strong>do</strong>r preciso para as mudanças que acompanham o envelhecimento (OPAS,<br />
2005). Paralelamente à evolução cronológica, coexistem fenômenos <strong>de</strong> natureza<br />
biopsíquica e social, importantes para a percepção da ida<strong>de</strong> e <strong>do</strong> envelhecimento<br />
(CALDAS & VERAS, 2007).<br />
O Brasil é um país que envelhece rapidamente. De acor<strong>do</strong> com o Instituto<br />
Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística (IBGE, 2000) a população total <strong>de</strong> brasileiros é <strong>de</strong><br />
169, 5 milhões <strong>de</strong> habitantes, distribuí<strong>do</strong>s nas diferentes regiões <strong>do</strong> país. Destes, estimase<br />
que em torno <strong>de</strong> 16,7 milhões tenham 60 anos ou mais <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, o que representa<br />
9,6% da população total (IBGE, 2005) colocan<strong>do</strong> o Brasil, em 2050, na sexta posição <strong>de</strong><br />
i<strong>do</strong>sos <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> em termos absolutos (KALACHE et al., 1987; PARAHYBA &<br />
SIMÕES, 2006; DIAS et al., 2006).<br />
A transição <strong>de</strong>mográfica brasileira é conseqüência, principalmente, <strong>de</strong><br />
diminuições importantes <strong>do</strong>s coeficientes <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> e das taxas <strong>de</strong> fecundida<strong>de</strong> e<br />
natalida<strong>de</strong> (PASCHOAL, 2000; CARVALHO & GARCIA, 2003) e também das