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Campos imensos, dourados na aurora da vida.<<strong>br</strong> />
Pradarias inexploradas na sua grama natural<<strong>br</strong> />
verdejante, <strong>com</strong>o frutos divinos, no presente<<strong>br</strong> />
ímpar do altíssimo à sua humanidade predileta deste<<strong>br</strong> />
universo infinito.<<strong>br</strong> />
Para que foram feitos os campos? Podemos admirálos<<strong>br</strong> />
no cair da tarde no crepúsculo vermelho de um dia<<strong>br</strong> />
radiante.<<strong>br</strong> />
Cada ser humano na verdade tem seu campo<<strong>br</strong> />
espiritual, dado virgem, imaculado, para fazermos<<strong>br</strong> />
nossa seme-adura no correr de nossos dias!<<strong>br</strong> />
As colheitas formam um caleidoscópio de produtos,<<strong>br</strong> />
de acordo <strong>com</strong> o que plantamos no solo espiritual de<<strong>br</strong> />
nossa pradaria virgem, nascida conosco. Um<<strong>br</strong> />
presente primo e generoso do criador, para<<strong>br</strong> />
executarmos a plantação de acordo <strong>com</strong> nosso livre<<strong>br</strong> />
arbítrio.<<strong>br</strong> />
Portanto, quem planta o ódio colherá algures o<<strong>br</strong> />
amargor da revanche das vítimas consumadas.<<strong>br</strong> />
Quem planta a inveja, colherá a iniqüidade<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>portamental, o isolamento dos semelhantes o<<strong>br</strong> />
desespero dos atingidos.<<strong>br</strong> />
Quem planta a usura, colherá o sentimento da solidão<<strong>br</strong> />
som<strong>br</strong>ia de uma velhice sem apego.<<strong>br</strong> />
Quem planta desonestidade, colherá o amargor de ser<<strong>br</strong> />
roubado, saqueado, desvalorizado e punido no<<strong>br</strong> />
crepúsculo de sua vida cor de cinza.<<strong>br</strong> />
Quem planta a luxúria na flor de sua juventude<<strong>br</strong> />
colherá numa canície precoce a<<strong>br</strong> />
face da cupidez, pesando <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
chumbo seu corpo ao chão das<<strong>br</strong> />
amarguras materiais.<<strong>br</strong> />
Quem planta o orgu-lho, colherá<<strong>br</strong> />
a desdita da humilhação plena<<strong>br</strong> />
dos irmãos que pisou, num troco<<strong>br</strong> />
cruel e sem retorno.<<strong>br</strong> />
Quem planta o crime do<<strong>br</strong> />
homicídio, colherá seu próprio<<strong>br</strong> />
assassinato espiritual no<<strong>br</strong> />
Corte Celestial momento oportuno e fortuito.<<strong>br</strong> />
*Hélio Rodrigues Titan<<strong>br</strong> />
AS COLHEITAS<<strong>br</strong> />
DA VIDA<<strong>br</strong> />
Quem planta o desa-mor, cedo ou tarde não será<<strong>br</strong> />
amado terá a solidão dos desa<strong>br</strong>i-gados. Quem planta<<strong>br</strong> />
a falta de fé, não terá nos fins dos tempos a esperança<<strong>br</strong> />
da salvação.<<strong>br</strong> />
Mas, quem planta caridade, colherá frutos dourados<<strong>br</strong> />
de uma mesa farta cujo alimento principal será o<<strong>br</strong> />
corpo de Deus e o vinho de seu sangue.<<strong>br</strong> />
Quem planta a mansidão, colherá um horizonte azul<<strong>br</strong> />
sem tempestades e trovões levando seu barco para as<<strong>br</strong> />
águas serenas das benesses divinas.<<strong>br</strong> />
Quem planta a honestidade reta, na conduta, na<<strong>br</strong> />
profissão, no labor cotidiano, colherá o<<strong>br</strong> />
reconhecimento de ser um homem digno, de um filho<<strong>br</strong> />
exemplar do Deus onipotente, da perfeição da<<strong>br</strong> />
natureza esplendorosa e luminosa.<<strong>br</strong> />
Quem planta o amor ao semelhante Um colherá caleidoscópio... o amor<<strong>br</strong> />
do semelhante no porvir, nas horas difíceis, além da<<strong>br</strong> />
proteção do doce Jesus e da Virgem Imaculada.<<strong>br</strong> />
Quem planta o perdão, das ofensas da vida, colherá a<<strong>br</strong> />
capacidade de perdoar em sua agerasia, pois<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o dizia o poeta "A justiça dos bons<<strong>br</strong> />
consiste no perdão" (Guerra Junqueiro).<<strong>br</strong> />
Enfim, quem planta a oração, colherá o<<strong>br</strong> />
perdão na sua hora derradeira, e gozará a<<strong>br</strong> />
eternidade contemplando a face do<<strong>br</strong> />
altíssimo e toda a corte celestial dos<<strong>br</strong> />
santos e dos anjos!<<strong>br</strong> />
Guerra Junqueiro<<strong>br</strong> />
A Corte Celestial<<strong>br</strong> />
12 <strong>Pará</strong>+<<strong>br</strong> />
<strong>Edição</strong> <strong>16</strong>