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Edição 16 Belém-Pará-Brasil para+@cirios.com.br

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Campos imensos, dourados na aurora da vida.<<strong>br</strong> />

Pradarias inexploradas na sua grama natural<<strong>br</strong> />

verdejante, <strong>com</strong>o frutos divinos, no presente<<strong>br</strong> />

ímpar do altíssimo à sua humanidade predileta deste<<strong>br</strong> />

universo infinito.<<strong>br</strong> />

Para que foram feitos os campos? Podemos admirálos<<strong>br</strong> />

no cair da tarde no crepúsculo vermelho de um dia<<strong>br</strong> />

radiante.<<strong>br</strong> />

Cada ser humano na verdade tem seu campo<<strong>br</strong> />

espiritual, dado virgem, imaculado, para fazermos<<strong>br</strong> />

nossa seme-adura no correr de nossos dias!<<strong>br</strong> />

As colheitas formam um caleidoscópio de produtos,<<strong>br</strong> />

de acordo <strong>com</strong> o que plantamos no solo espiritual de<<strong>br</strong> />

nossa pradaria virgem, nascida conosco. Um<<strong>br</strong> />

presente primo e generoso do criador, para<<strong>br</strong> />

executarmos a plantação de acordo <strong>com</strong> nosso livre<<strong>br</strong> />

arbítrio.<<strong>br</strong> />

Portanto, quem planta o ódio colherá algures o<<strong>br</strong> />

amargor da revanche das vítimas consumadas.<<strong>br</strong> />

Quem planta a inveja, colherá a iniqüidade<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>portamental, o isolamento dos semelhantes o<<strong>br</strong> />

desespero dos atingidos.<<strong>br</strong> />

Quem planta a usura, colherá o sentimento da solidão<<strong>br</strong> />

som<strong>br</strong>ia de uma velhice sem apego.<<strong>br</strong> />

Quem planta desonestidade, colherá o amargor de ser<<strong>br</strong> />

roubado, saqueado, desvalorizado e punido no<<strong>br</strong> />

crepúsculo de sua vida cor de cinza.<<strong>br</strong> />

Quem planta a luxúria na flor de sua juventude<<strong>br</strong> />

colherá numa canície precoce a<<strong>br</strong> />

face da cupidez, pesando <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

chumbo seu corpo ao chão das<<strong>br</strong> />

amarguras materiais.<<strong>br</strong> />

Quem planta o orgu-lho, colherá<<strong>br</strong> />

a desdita da humilhação plena<<strong>br</strong> />

dos irmãos que pisou, num troco<<strong>br</strong> />

cruel e sem retorno.<<strong>br</strong> />

Quem planta o crime do<<strong>br</strong> />

homicídio, colherá seu próprio<<strong>br</strong> />

assassinato espiritual no<<strong>br</strong> />

Corte Celestial momento oportuno e fortuito.<<strong>br</strong> />

*Hélio Rodrigues Titan<<strong>br</strong> />

AS COLHEITAS<<strong>br</strong> />

DA VIDA<<strong>br</strong> />

Quem planta o desa-mor, cedo ou tarde não será<<strong>br</strong> />

amado terá a solidão dos desa<strong>br</strong>i-gados. Quem planta<<strong>br</strong> />

a falta de fé, não terá nos fins dos tempos a esperança<<strong>br</strong> />

da salvação.<<strong>br</strong> />

Mas, quem planta caridade, colherá frutos dourados<<strong>br</strong> />

de uma mesa farta cujo alimento principal será o<<strong>br</strong> />

corpo de Deus e o vinho de seu sangue.<<strong>br</strong> />

Quem planta a mansidão, colherá um horizonte azul<<strong>br</strong> />

sem tempestades e trovões levando seu barco para as<<strong>br</strong> />

águas serenas das benesses divinas.<<strong>br</strong> />

Quem planta a honestidade reta, na conduta, na<<strong>br</strong> />

profissão, no labor cotidiano, colherá o<<strong>br</strong> />

reconhecimento de ser um homem digno, de um filho<<strong>br</strong> />

exemplar do Deus onipotente, da perfeição da<<strong>br</strong> />

natureza esplendorosa e luminosa.<<strong>br</strong> />

Quem planta o amor ao semelhante Um colherá caleidoscópio... o amor<<strong>br</strong> />

do semelhante no porvir, nas horas difíceis, além da<<strong>br</strong> />

proteção do doce Jesus e da Virgem Imaculada.<<strong>br</strong> />

Quem planta o perdão, das ofensas da vida, colherá a<<strong>br</strong> />

capacidade de perdoar em sua agerasia, pois<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o dizia o poeta "A justiça dos bons<<strong>br</strong> />

consiste no perdão" (Guerra Junqueiro).<<strong>br</strong> />

Enfim, quem planta a oração, colherá o<<strong>br</strong> />

perdão na sua hora derradeira, e gozará a<<strong>br</strong> />

eternidade contemplando a face do<<strong>br</strong> />

altíssimo e toda a corte celestial dos<<strong>br</strong> />

santos e dos anjos!<<strong>br</strong> />

Guerra Junqueiro<<strong>br</strong> />

A Corte Celestial<<strong>br</strong> />

12 <strong>Pará</strong>+<<strong>br</strong> />

<strong>Edição</strong> <strong>16</strong>

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