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A OAB<<strong>br</strong> />
s faculdades de Direito foram criadas no<<strong>br</strong> />
<strong>Brasil</strong> há mais de 176 anos, em 11 de agosto<<strong>br</strong> />
de 1827, através de lei sancionada pelo<<strong>br</strong> />
imperador D. Pedro I. O objetivo era a formação de<<strong>br</strong> />
bacharéis em Direito para suprir as necessidades do<<strong>br</strong> />
Império. Inicialmente, tivemos os cursos de Olinda<<strong>br</strong> />
(PE) e de São Paulo. Em 1960, havia 69 cursos de<<strong>br</strong> />
Direito no <strong>Brasil</strong>; em 1997, já eram 270 e hoje<<strong>br</strong> />
ultrapassam 500. Se olharmos para os Estados<<strong>br</strong> />
Unidos, ainda que <strong>com</strong>parações não sejam<<strong>br</strong> />
significativas, verificaremos que naquele país, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />
população de uma centena de milhões de habitantes a<<strong>br</strong> />
mais do que a do <strong>Brasil</strong>, há apenas 190 cursos de<<strong>br</strong> />
Direito.Adiferença assusta e leva à reflexão.<<strong>br</strong> />
A OAB já registra algo em torno de 600 mil<<strong>br</strong> />
advogados no <strong>Brasil</strong>, quase uma terça parte deles<<strong>br</strong> />
inscritos no estado de São Paulo. A cidade de São<<strong>br</strong> />
Paulo está abarrotada de cursos de Direito, e no<<strong>br</strong> />
estado já beiram a 180. Embora o problema não seja<<strong>br</strong> />
somente a quantidade mas a qualidade, não há <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />
separar uma coisa da outra.<<strong>br</strong> />
Um grande número de faculdades de Direito sem<<strong>br</strong> />
condições estruturais é certo não cumpre a função<<strong>br</strong> />
ODONTOCLÍNICA<<strong>br</strong> />
GODOI ´<<strong>br</strong> />
CRO-Cl 97<<strong>br</strong> />
Atend: 2ª a 6ª / Manhã, tarde e noite<<strong>br</strong> />
ATENDEMOS CONVÊNIOS E PARTICULARES:<<strong>br</strong> />
clinicagodoi@yahoo.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />
educacional e entrega à sociedade bacharéis<<strong>br</strong> />
desprovidos de consciência profissional, sem<<strong>br</strong> />
formação mínima ao enfrentamento das dificuldades<<strong>br</strong> />
e exigências do mercado de trabalho. Na verdade, o<<strong>br</strong> />
propósito mercantilista de várias faculdades acaba<<strong>br</strong> />
por ludi<strong>br</strong>iar os alunos que almejam avanços sociais<<strong>br</strong> />
após custoso e longo curso de cinco anos. Daí resulta<<strong>br</strong> />
elevado número de reprovados nos indispensáveis<<strong>br</strong> />
exames da Ordem (em S. Paulo, 72% dos candidatos<<strong>br</strong> />
a advogados) e nos concursos públicos,<<strong>br</strong> />
principalmente para a magistratura e o Ministério<<strong>br</strong> />
Público. Para se ter idéia, nesses concursos há em<<strong>br</strong> />
média de 4.000 a 6.000 candidatos, enquanto a<<strong>br</strong> />
aprovação dificilmente supera uma centena. Nas<<strong>br</strong> />
*Rui Celso Reali Fragoso<<strong>br</strong> />
e o E n s i n o j u r í d i c o<<strong>br</strong> />
A<<strong>br</strong> />
procuradorias do município de São Paulo e do estado<<strong>br</strong> />
a situação é idêntica, sendo pouquíssimos os<<strong>br</strong> />
aprovados.<<strong>br</strong> />
Muitos são os problemas identificados: deficiência<<strong>br</strong> />
do ensino secundário, principalmente nas escolas<<strong>br</strong> />
públicas, falta de cursos profissionalizantes (2º<<strong>br</strong> />
grau), escassez de professores de Direito<<strong>br</strong> />
vocacionados e preparados efetivamente para o<<strong>br</strong> />
magistério, além da equivalente e justa remuneração,<<strong>br</strong> />
adequação das instalações, <strong>com</strong> ênfase para um<<strong>br</strong> />
número razoável de alunos por sala de aula (50/60),<<strong>br</strong> />
substanciosa biblioteca e equipamentos de<<strong>br</strong> />
informática, reestruturação da grade curricular, a fim<<strong>br</strong> />
de incentivar a reflexão permanente sem alheamento<<strong>br</strong> />
da visão pragmática correlacionada às características<<strong>br</strong> />
regionais.<<strong>br</strong> />
A inserção dos cursos jurídicos no contexto da era da<<strong>br</strong> />
informática passa o<strong>br</strong>igatoriamente por adaptações<<strong>br</strong> />
curriculares, didáticas e pedagógicas.<<strong>br</strong> />
Não é sem razão, portanto, que essas situações<<strong>br</strong> />
despertaram na OAB a necessidade e a<<strong>br</strong> />
responsabilidade de sua participação no processo de<<strong>br</strong> />
melhoria do ensino jurídico. Assim, a Comissão<<strong>br</strong> />
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14 <strong>Pará</strong>+ <strong>Edição</strong> <strong>16</strong>