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Vol 13 - Nº 3

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Neves J, et al. Uso de Stents no Tratamento da Coarctação da Aorta. Rev Bras Cardiol Invas 2005; <strong>13</strong>(3): 153-166.<br />

Figura 7 - Cateter-balão BIB. Ver texto para maior detalhamento.<br />

balão externo quando se utiliza o balão BIB. Embora<br />

alguns especialistas prefiram o uso de balão único,<br />

outros advogam que esse método pode exacerbar o<br />

fenômeno de flutuação que comumente ocorre durante<br />

a liberação de stents, fazendo com que a prótese deslize<br />

e sofra migração 28,29 . O balão BIB foi desenvolvido<br />

para minimizar estes problemas, permitindo uma liberação<br />

mais controlada 28,29 .<br />

Para aperfeiçoar o posicionamento do stent e minimizar<br />

o risco de migração com o uso de balões convencionais,<br />

Marshall et al. 43 advogam discreta insuflação<br />

da porção distal do balão, enquanto a porção<br />

proximal da unidade balão-stent ainda está dentro da<br />

bainha longa. Esta manobra é seguida de retração da<br />

bainha e expansão das porções média e proximal do<br />

balão (Figura 8). O uso de pré-dilatação da lesão é<br />

controverso, já que foi associado à maior incidência<br />

de formação de aneurisma ou dissecção intimal em<br />

estudo multicêntrico recente 59 . Entretanto, na presença<br />

de lesão crítica, o local da CoA pode ser pré-dilatado,<br />

usando balões de diâmetros pequenos ou moderados<br />

(6-8 mm), para permitir a passagem da bainha longa<br />

(Figura 4). O perfil da bainha necessário para o implante<br />

do stent depende do perfil do cateter-balão,<br />

sendo geralmente 1-3 F maior que o perfil da bainha<br />

recomendada para o cateter-balão. Geralmente, bainhas<br />

longas de 9 a 14 F (Cook Cardiology, IN, USA)<br />

são usadas para a liberação de stents. A seguir, o stent<br />

montado sobre o balão é avançado pela válvula hemostática<br />

da bainha até sua ponta distal. A bainha é,<br />

então, tracionada lentamente para expor o stent na luz<br />

vascular. Através do braço lateral da bainha durante<br />

a retração ou, preferencialmente, via um segundo cateter<br />

angiográfico posicionado no arco aórtico, angiografias<br />

repetidas são realizadas para garantir o posicionamento<br />

correto do stent antes da liberação (Figura 4). Quando<br />

o balão BIB é utilizado, o balão interno é insuflado<br />

inicialmente e, se necessário, o stent pode ser reposicionado<br />

antes da insuflação do balão externo (Figura 5).<br />

Se a CoA é localizada imediatamente abaixo da artéria<br />

subclávia, o stent é liberado com o menor grau de<br />

acavalgamento possível através do óstio arterial. Entretanto,<br />

a cobertura completa da artéria subclávia esquerda<br />

ou direita (quando existe origem anômala da última)<br />

não tem sido relacionada a qualquer evento adverso.<br />

Alguns advogam o uso de manobras para diminuir<br />

a freqüência cardíaca e/ou reduzir o volume de ejeção<br />

Figura 8 - Técnica para expansão estagiada do stent. Paciente de 48 anos com coarctação da aorta grave e sinais de fragilidade arterial<br />

caracterizada pela presença de valva aórtica bicúspide, aneurisma da aorta ascendente e ectasia da aorta descendente. No painel esquerdo,<br />

nota-se o aspecto da lesão: a coarctação é grave e o istmo é muito curto. Nos painéis centrais, nota-se a extremidade distal do stent sendo<br />

insuflada, enquanto metade do balão encontra-se ainda dentro da bainha longa. Após esta ser totalmente puxada, a parte proximal do balão<br />

é, então, insuflada, deixando-se a parte central do stent subexpandida. No painel direito, nota-se o aspecto final após o implante com<br />

incremento significativo do diâmetro da lesão. Entretanto, gradiente residual de 10-15 mmHg persistiu. Este paciente foi submetido a novo<br />

cateterismo, após 8 meses, quando a parte central do stent foi dilatada, com desaparecimento do gradiente local.<br />

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