Vol 13 - Nº 3
Vol 13 - Nº 3
Vol 13 - Nº 3
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Simões LC, et al. Uso de Stents no Neonato com Cardiopatia Congênita. Rev Bras Cardiol Invas 2005; <strong>13</strong>(3): 167-175.<br />
São stents de tamanho médio de 8 mm e com comprimento<br />
entre 1,5 e 2,0 cm. Para evitar o deslocamento<br />
em direção à aorta descendente, por não existir<br />
um local de constrição que possa mantê-los fixos,<br />
sempre optamos por cobrir, além de todo o ducto<br />
arterioso, as regiões da artéria pulmonar e aorta próximas<br />
ao ducto arterioso.<br />
A definição ductal é obtida com aortografia em<br />
projeção oblíqua ou perfil esquerdo e as dimensões<br />
do ducto são mensuradas. Uma guia é posicionada na<br />
aorta descendente via ducto arterioso e o stent recobrindo<br />
todo o ducto arterioso é posicionado (Figura<br />
4). O mínimo de contraste deve ser utilizado para<br />
evitar-se o comprometimento da já pobre perfusão<br />
coronária com contraste.<br />
A heparina, nas doses já descritas como rotina<br />
para o implante de stents em cardiopatias com circulação<br />
pulmonar ducto-dependente, é iniciada e, em<br />
48 horas, a bandagem eletiva da artéria pulmonar é<br />
realizada 22,23 . Após a cirurgia, inicia-se a rotina com<br />
drogas antiplaquetárias.<br />
3. APLICAÇÃO DE STENTS EM NEONATOS<br />
COM CARDIOPATIAS CONGÊNITAS QUE NÃO<br />
NO DUCTO ARTERIOSO<br />
Este constitui um grupo pouco uniforme de pacientes.<br />
Algumas indicações decorreram da gravidade<br />
apresentada pelo paciente com choque cardiogênico,<br />
distúrbios metabólicos ou hematológicos que tornavam<br />
de alto risco a indicação de um procedimento<br />
cirúrgico. Uma outra indicação foi o implante em via<br />
de saída do ventrículo direito, em forma complexa de<br />
tetralogia de Fallot (uma forma complexa de tetralogia<br />
de Fallot com desconexão da artéria pulmonar esquerda<br />
da artéria pulmonar principal). O ramo esquerdo<br />
era nutrido por um grande vaso (Colateral? Ducto<br />
arterioso?) e as artérias pulmonar principal e direita se<br />
originavam do ventrículo direito que apresentava importante<br />
hipoplasia infundíbulo valvar pulmonar (Figura<br />
5). As artérias pulmonares principal e direita mediam<br />
15 mm. Foi implantado um stent na via de saída do<br />
ventrículo direito e os controles posteriores demonstraram<br />
crescimento da artéria pulmonar principal e<br />
direita. Em um segundo tempo, alguns meses após, a<br />
A B C<br />
D E F<br />
Figura 4 - Paciente com hipoplasia mitro-aórtica. A: Aortografia com oclusão em projeção oblíqua esquerda. Observa-se o amplo ducto arterioso<br />
e a importante hipoplasia da aorta ascendente, transversa e ístmica. B, C, D e E: Após posicionarmos um guia de troca em aorta descendente<br />
torácica, o stent auto-expansível foi posicionado e liberado cobrindo todo o ducto arterioso. F: O stent cobre todo o ducto arterioso, estando<br />
bem adaptado à região aórtica, que se continua ao mesmo.<br />
172