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| decoração | meu favorito<br />
O arquiteto Rodrigo Martins, do Arquitetos<br />
Associados, acredita que as peças de<br />
arte e objetos de decoração criam uma<br />
identidade estética no ambiente, uma<br />
vez que estão associados a escolhas<br />
muito particulares. Por isso, por vezes<br />
tornam-se ícones que seus donos não<br />
conseguem se desfazer. “Vejo que o<br />
apego a objetos de decoração se<br />
dá por diferentes motivos. Pode<br />
ser pelo seu valor material, sua<br />
raridade, seu design ou simplesmente<br />
pelo significado<br />
que têm para o seu dono,<br />
pelas lembranças que evocam.<br />
De certa forma, os objetos<br />
contam um pouco da própria<br />
história da pessoa que os possui”,<br />
explica. No caso dele, não foi diferente!<br />
Colecionador de esculturas de personagens<br />
de cartoons e revistas em quadrinhos<br />
que ele mesmo fez, Rodrigo<br />
aponta essas peças por serem lembranças<br />
de quando era criança e o<br />
universo dos super-heróis o estimulava<br />
para o desenho, o que anos mais tarde<br />
o levaria à faculdade de arquitetura. “Por esse<br />
motivo é muito importante na elaboração de um<br />
projeto levar em conta as peças e objetos de decoração<br />
que o cliente já possui. Ninguém quer ter<br />
suas opções estéticas e sua própria história ignoradas”,<br />
diz ele, que responsabiliza ao profissional aliar<br />
técnica e sensibilidade na concepção de espaços<br />
bonitos e funcionais que possuam um significado<br />
pessoal para o cliente.<br />
O arquiteto Richard Lima, também do Arquitetos<br />
Associados, já possui outro tipo de apego: com objetos<br />
de decoração antigos. “Eles são atemporais.<br />
Sem modismo de cor, forma ou estilo, são peças<br />
que agregam valor, personalidade e sofisticação. Richard<br />
sempre gostou desse tipo de peça, devido à<br />
presença deles na casa dos seus pais. Depois começou<br />
a conviver com amigos que também gostavam<br />
e, enfim, começou a frequentar feiras de antiguidades<br />
e antiquários. “Sempre que faço alguma viajem,<br />
seja no Brasil ou até mesmo fora, incluo no meu<br />
roteiro uma ida a esses lugares, seja para apreciar<br />
ou sempre que possível adquirir alguma peça”, ele<br />
conta.<br />
Apreciador do estilo Art Deco, com suas linhas geométricas<br />
estilizadas, sempre que algum cliente<br />
propõe a utilização de pecas antigas, para ele é<br />
sempre interessante utilizar e mesclar com peças<br />
mais contemporâneas.<br />
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