Revista Ótima - Março

| ELa É ÓTIMa | A serenidade de Cláudia
Família
Meu pai faleceu há três anos e a minha relação com
ele é de muito reconhecimento. Tenho muito orgulho
de tê-lo ao meu lado durante uma vida inteira,
sou muito privilegiada de ter o meu pai e a minha
mãe do meu lado. Pois hoje as famílias estão fazendo
outras famílias. Eu mesma experimentei dessa
realidade, pois estou no segundo casamento há 18
anos. Tenho três filhos maravilhosos. E a minha relação
em família é baseada em tudo que eu acredito,
pois a terapia sistêmica me norteia desde o dia
em que eu a conheci, em 2005. E de lá para cá,
tenho a terapia como um norte em tudo que faço.
Ideias
Tenho a concepção de que ninguém é perfeito,
mas a gente tem a obrigação de estar atento às
nossas imperfeições para que possamos melhorar.
O ser humano não piora nunca, ele melhora sempre,
pois estamos sempre em evolução. É possível
que quando ele queira olhar para o essencial, ele
possa evoluir e mudar alguns comportamentos. E
a abordagem sistêmica, que é um olhar diferenciado
para a vida, traz essa harmonia. Quando você
percebe que algo não está legal, que há alguma
crise, e quando você analisa pelas lentes da abordagem
sistêmica, você fica mais tranquila, pois entrega
para o outro o que é de responsabilidade dele.
Muitas vezes a gente carrega sensações, percepções
e emoções que não são nossas.
Pais x Filhos
A vida já é um presente muito grande que os pais
dão. Os filhos precisam reconhecer que isso é 90%
do que deveriam receber deles, independentemente
de dinheiro, carinho e afeto. Os pais são um canal,
um aconchego, designados para receber essa
vida. E o fato de darem condições para essa vida
se desenvolver é algo grandioso. Os filhos muitas
vezes querem tomar inconscientemente esse lugar
dos pais, por não concordar com as atitudes deles.
Dessa forma os filhos ficam presos no sistema pai
96