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Revista Ótima - Março

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Um pouco de incentivo dos pais, um foco e uma<br />

mente criativa levaram o pequeno Cauã de Vasconcelos,<br />

de 7 anos, a desenvolver um espírito contábil<br />

e empreendedor nos últimos dois anos. Depois<br />

de ver o filho aspirar, durante meses, por um caro<br />

aparelho de videogame, os pais Erica Rosa e José<br />

de Vasconcelos Filho sugeriram a ele que economizasse<br />

todo o dinheiro que recebesse para comprar<br />

o sonhado Xbox.<br />

Para aumentar a renda, acumular mais capital<br />

e acelerar a compra do aparelho, Cauã abriu um<br />

negócio. Sim! O garoto passou a vender “dindim”<br />

aos familiares todos os domingos no sítio do avô,<br />

na Raposa. A experiência levou Cauã a conquistar<br />

o título de Mente Brilhante de 2012 no colégio<br />

em que estuda. “Foi uma tentativa de a gente gerar<br />

nele o costume de guardar o próprio dinheiro,<br />

mas fizemos isso sem pressão, foi muito natural. Ele<br />

sonhava com o videogame e a gente sugeriu que<br />

ele poupasse tudo que recebia da gente e ganhava<br />

dos tios”, conta Érika Rosa. Ao circular pelo sítio<br />

do avô com uma caixinha de isopor – onde está<br />

escrito “Delícias do Cauã, Fiado só Amanhã” –, ele<br />

não pensava em outros resultados além do videogame.<br />

Enquanto o brinquedo não chegava, o guri<br />

foi exercitando soma e subtração ao dar os trocos e<br />

repassar os pedidos, aprendeu a multiplicar, planejou<br />

gastos com produtos para fazer os suquinhos,<br />

descobriu formas de economizar e, principalmente,<br />

calculou a receita acumulada com a venda, a mesada<br />

e as doações dos parentes mais próximos.<br />

Érika e José Filho acompanharam de perto os exercícios<br />

financeiros, ajustando, fazendo sugestões ou<br />

mesmo confeccionando a caixinha para a venda e<br />

cartazes. “A gente tentou ensiná-lo a dar um pouco<br />

mais de valor ao dinheiro dele e hoje em dia ele faz<br />

contas muito mais rápido que as irmãs dele que são<br />

bem mais velhas”, pondera Érika Rosa.<br />

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