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CLIPPING DO IBRAC 2013

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<strong>CLIPPING</strong> <strong>DO</strong> <strong>IBRAC</strong> N.º 13/<strong>2013</strong> 01 a 07 de abril de <strong>2013</strong><br />

Essas iniciativas de união entre rivais, apelidadas no mercado de "coopetição" (cooperação e competição),<br />

podem ser rentáveis para os participantes. Diante dos custos bilionários para expansão das suas instalações e<br />

serviços, as operadoras estão cada vez mais dispostas a se juntar para dividir despesas, restringindo a<br />

competição apenas para o momento de convencer o consumidor a levar a sua marca para casa. "O<br />

compartilhamento vai ao encontro de tudo que todos querem nesse momento: aumentar a capacidade de<br />

expansão e reduzir custos de investimento", disse André Borges, diretor de regulamentação e estratégia de<br />

negócios da Oi.<br />

Na opinião de Mario Girasole, vice-presidente de assuntos regulatórios e institucionais da TIM, não há futuro<br />

na telefonia sem a união com os concorrentes. "O compartilhamento de infraestrutura no mundo da banda<br />

larga será o modelo normal", afirmou.<br />

De acordo com Girasole, o compartilhamento proposto por TIM e Oi envolve três grandes questões. A<br />

primeira é tecnológica, com o compartilhamento da rede de acesso de rádio (RAN, na sigla em inglês). Até<br />

hoje, as operadoras compartilharam partes passivas da infraestrutura, como as torres. "Essa é a primeira<br />

experiência de compartilhamento da parte eletrônica, que é a antena, a qual opera nas duas frequências de<br />

4G, da TIM e da Oi", disse o executivo. "Isso gera não só uma economia de custos, mas uma eficiência em<br />

termos de espaço, porque há torres em que dois equipamentos não entram."<br />

A segunda premissa é a independência dos serviços. A rede de cada operadora continua a trabalhando de<br />

maneira autônoma da outra, atendendo sua base de clientes. A companhia é responsável pela entrega dos<br />

seus serviços e por garantir a qualidade a seus respectivos usuários.<br />

A terceira condição do acordo refere-se ao equilíbrio entre as partes: tudo será dividido, tanto custos quanto<br />

cobertura. Na primeira fase da oferta de 4G, cada uma das seis cidades-sede da Copa das Confederações<br />

(Rio, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Fortaleza) deverá estar com 50% de sua área coberta pela<br />

infraestrutura até o dia 30 de abril.<br />

A TIM ficou responsável pela instalação da rede em Recife, Curitiba, São Paulo e Natal, enquanto a Oi ficou<br />

com Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Porto Alegre, Fortaleza, Rio de Janeiro, Salvador e Cuiabá.<br />

"O primeiro desafio do compartilhamento é atender as metas de cobertura, que estão vencendo", disse<br />

Borges, da Oi. Concluir a rede até a Copa do Mundo de 2014 foi o fator que mais pesou na decisão de<br />

compartilhamento. As empresas já depositaram na Anatel garantias para o início da oferta de 4G, as quais<br />

serão executadas se o prazo não for cumprido.<br />

"Queremos saber que garantias as empresas oferecem aos usuários no caso de um distrato [rompimento de<br />

contrato]", disse o conselheiro da Anatel, Rodrigo Zerbone, responsável por analisar o acordo entre TIM e<br />

Oi.<br />

Se houver um distrato, disse Girasole, a base de assinantes no sistema de compartilhamento da rede de<br />

acesso continuará a ser atendida pelos três ou quatro anos seguintes. "Há esse período de estabilidade para<br />

garantir a continuidade do serviço contratado. A partir do distrato, cada operadora volta a fazer suas<br />

respectivas coberturas", disse. Nesse caso, por exemplo, a TIM instalaria uma infraestrutura própria onde até<br />

então só havia a da Oi, e vice-versa.<br />

A Anatel também tinha dúvidas sobre como as empresas procederiam para expandir a rede. Se a Oi estiver<br />

atendendo com infraestrutura a cidade de Recife, por exemplo, onde houver um aumento maior de demanda<br />

pelos serviços da TIM, como a equação será resolvida? "Por exigir uma interação maior entre os dois<br />

competidores, a expansão pode demorar além do necessário e, na prática, provocar queda na qualidade do<br />

serviço", disse Zerbone.<br />

Para atender a esse quesito, as duas teles criaram uma unidade de planejamento conjunto, onde as exigências<br />

de expansão serão discutidas, disse o executivo da TIM. "A primeira opção é propor à outra parte um plano<br />

conjunto de expansão. Mas, se não houver consenso, existe uma cláusula que permite que essa expansão seja<br />

feita de forma individual", afirmou.<br />

Para Borges, da Oi, é muito remota a ideia de uma operadora não querer acompanhar a expansão proposta<br />

pela outra. "Os mercados atraentes são os mesmos para todo mundo", disse. "Sabemos que existe um monte<br />

de coisas que podem ser definidas lá na frente, que ainda não antecipamos".<br />

30<br />

BRASIL LIDERA PROGRAMA DE EXPANSÃO DA INTERCEMENT<br />

Por Ivo Ribeiro | De São Paulo<br />

A nova plataforma de crescimento do grupo Camargo Corrêa no negócio de cimento, consolidada com a<br />

aquisição do controle da portuguesa Cimpor no fim de 2012, está centralizada no Brasil. Dos nove países<br />

onde a empresa passou a atuar após a incorporação da cimenteira portuguesa, o mercado brasileiro é o que<br />

aponta maior perspectiva de expansão da demanda nos próximos cinco anos. Espera-se aumento do consumo<br />

entre 5% e 6% ao ano.<br />

Rua Cardoso de Almeida 788 cj 121 Cep 05013-001 São Paulo-SP Tel Fax 011 3872-2609<br />

www.ibrac.org.br email: ibrac@ibrac.org.br

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