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114<br />
SEIS SÉCULOS DE PINTURA CHINESA – COLEÇÃO DO MUSÉE CERNUSCHI, PARIS<br />
RENASCIMENTO DA PAISAGEM 115<br />
O Monte Emei, 1955<br />
Zhang Daqian (1899-1983)<br />
nanquim e cores sobre seda | 190,8 x 87,2 cm<br />
Inscrição e assinatura: No início, eu o chamei <strong>de</strong> Dong [Yuan] e Ju[ran], mas Jing<br />
[Hao] e Guan [Tong] pareciam mais apropria<strong>do</strong>s. Por entre as nuvens, avista-<br />
-se o ver<strong>de</strong> <strong>do</strong>s picos reuni<strong>do</strong>s ao fun<strong>do</strong>. Contemplação <strong>de</strong> elementos cujas<br />
circunvoluções ocultam o sol e a lua até uma hora tardia. Quanto a mim, na<br />
verda<strong>de</strong> não passo <strong>de</strong> um grão <strong>de</strong> mostarda, <strong>de</strong> quem a ínfima imagem não é<br />
capaz <strong>de</strong> capturar o Monte Sumeru.<br />
Para evocar a glória <strong>do</strong> Monte Emei em meio às nuvens e à neblina, em meio à<br />
umida<strong>de</strong> e à bruma, recorri ao méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> Beiyuan [Dong Yuan] e Honggu[zi]<br />
[Jing Hao]. Ao <strong>de</strong>senvolver [esse princípio], obtive alguns efeitos interessantes<br />
<strong>de</strong> oposição e <strong>de</strong> síntese. Pinta<strong>do</strong> no décimo mês <strong>do</strong> ano Yiwei, em meus<br />
apartamentos aluga<strong>do</strong>s no Hodaiso <strong>de</strong> Yushima, em Tóquio. O homem <strong>de</strong> Shu,<br />
Zhang Daqian Yuan.<br />
1. Há muito tempo, a crítica pictórica<br />
havia agrupa<strong>do</strong> esses artistas, <strong>de</strong>signan<strong>do</strong><br />
os <strong>do</strong>is primeiros como Dong-Ju, e os<br />
segun<strong>do</strong>s como Jing-Guan.<br />
Além das fantásticas formações rochosas que separam o planalto <strong>do</strong> abismo, três<br />
picos apontam majestosamente no espaço. Cada vez mais distantes, os telha<strong>do</strong>s<br />
perdi<strong>do</strong>s na bruma e nos pinhos evocam a presença humana, da qual distinguimos<br />
os vestígios até o pico mais alto. Essa visão monumental <strong>do</strong> Monte Emei é<br />
apresentada por Zhang Daqian como fruto <strong>de</strong> suas pesquisas sobre a pintura<br />
das cinco dinastias. Por um la<strong>do</strong>, trata-se <strong>de</strong> uma síntese entre os estilos <strong>de</strong><br />
Dong Yuan (c. 934-962) e Juran, e, por outro, <strong>de</strong> Jing Hao (855-915) e Guan Tong<br />
(c. 906-960). 1 Na parte superior, é bastante possível reconhecer os sulcos pima<br />
cun, característicos <strong>de</strong> Dong Yuan, e, na parte inferior, o traço rugoso e caótico<br />
associa<strong>do</strong> a Jing Hao. A justaposição <strong>do</strong>s estilos tradicionalmente consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s<br />
antitéticos constitui uma <strong>de</strong>cisão audaciosa. No entanto, a pre<strong>do</strong>minância<br />
cromática <strong>do</strong> ver<strong>de</strong> garante a unida<strong>de</strong> da composição. As mesmas tonalida<strong>de</strong>s