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Com este tipo de cilindros é possível<br />
obter cifras usando-se alfabetos<br />
independentes através de um<br />
procedimento fácil e pouco sujeito a<br />
erros. Ao contrário das tabelas, de<br />
produção trabalhosa e que exigem<br />
muita concentração para serem<br />
utilizadas, os discos rotantes são<br />
práticos, com um porém: só fornecem<br />
Fig. 2 - Foto de um cilindro M-94 usado alfabetos que "andam par e passo"<br />
pelo exército dos EUA de 1922 a 1943 com o alfabeto primário.<br />
Os discos podem ser colocados no eixo em diversas sequência e esta disposição<br />
funciona como uma chave. O número de chaves utilizáveis é constituído por<br />
todas as possíveis permutações dos discos e pode ser aumentado se houver<br />
discos sobressalentes. Portanto, o conjunto de chaves pode ser ampliado com<br />
facilidade.<br />
Por outro lado, os alfabetos únicos gravados na superfície dos discos não são<br />
apropriados como chaves. Eles podem cair em mãos erradas se um cilindro for<br />
obtido pelo inimigo. Além do mais, não é fácil alterar a disposição das letras dos<br />
discos.<br />
UM POUCO DE HISTÓRIA<br />
Apesar de haver exemplares mais antigos, os cilindros cifrantes são uma<br />
invenção tipicamente do século XIX. Foram utilizados pelos militares no século<br />
XX, até a Segunda Guerra Mundial.<br />
Fredrik GRIEPENSTIERNA (1728-1804) construíu um dispositivo cifrante<br />
cilíndrico para o rei Gustavo III da Suécia em 1786. Seu sistema, no entanto, é<br />
um pouco diferente do acima descrito.<br />
Thomas Jefferson (1743-1826), de 1801 a 1809 terceiro presidente dos Estados<br />
Unidos, desenvolveu em 1795 um dispositivo com 36 discos, mas que nunca<br />
chegou a ser utilizado.<br />
A idéia só se tornou realmente atual depois que Kasiski demonstrou com que<br />
facilidade as cifras polialfabéticas periódicas podiam ser quebradas e depois que<br />
Kerckhoff deixou claro como a dependência dos alfabetos pode ser explorada.<br />
Étienne BAZERIES (1846-1931) construíu em 1891 um dispositivo com 20 discos<br />
e sugeriu que a força militar francesa o utilizasse. Como, logo após, De Viaris<br />
quebrou o sistema, o dispositivo nunca chegou a ser usado.<br />
Em 1893, Arthur Hermann sugeriu o uso de dispositivos rotantes equivalentes.<br />
Estes acabaram sendo utilizados a partir da Primeira Guerra pelo exército dos<br />
EUA.<br />
Em 1922, conforme sugestão de Friedman, o exército dos EUA passou a utilizar o<br />
dispositivo M-94, de 25 discos, em diversas variações e com vários<br />
aperfeiçoamentos (por exemplo, o M-138-A com 30 discos originários de um