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de palavras (p.ex., &cedo = concedo); e um símbolo usado para rum, a<br />
terminação do genitivo plural latino (illo& = illorum). O zig-zag no centro da<br />
figura deve corresponder a uma pequena manivela para girar os discos móveis".<br />
(Arnold)<br />
1533<br />
Heinrich Cornelius Agrippa von Nettelsheim (1486-1535) publica o De occulta<br />
philosophia, em Colônia, na Alemanha. No livro 3, capítulo 30, descreve sua cifra<br />
de substituição monoalfabética, hoje conhecida como Cifra Pig Pen. A tradução<br />
literal do nome é Porco no Chiqueiro e vem do fato de que cada uma das letras<br />
(os porcos) é colocada numa "casa" (o chiqueiro). Na época, a cifra parece ter<br />
tido importância pois, alguns anos mais tarde, Vigenère a reproduz no seu<br />
Traicté des chiffres, ou secretes manieres d'escrire (Paris, 1586, f. 275 v).<br />
Aparentemente, esta cifra foi utilizada pela sociedade secreta dos francomaçons.<br />
1540<br />
Giovanni Battista Palatino publicou seu Libro nvova d'imparare a scrivere ... Con<br />
vn breue et vtile trattato de le cifere. Foi reimpresso em 1545, 47, 48, 50, 53, 56,<br />
61, 66, 78 e 1588. Uma versão revisada foi impressa em 1566, 78 e 88<br />
A CIFRA DE CÉSAR.<br />
Apesar de a criptologia estar bastante avançada na época, em 50 a.C. César<br />
usava um sistema bastante simples de substituição. Suetônio, escritor romano<br />
que viveu no início da era cristã (69 d.C.), em Vida dos Césares, escreveu a<br />
biografia dos imperadores romanos, de Júlio César a Domiciano.<br />
Conta que Júlio César usava na sua correspondência particular um código de<br />
substituição no qual cada letra da mensagem original era substituída pela letra<br />
que a seguia em três posições no alfabeto: a letra A era substituída por D, a B<br />
por E, e assim sucessivamente<br />
Hoje em dia, porém, a denominação de Código de César é utilizada para<br />
qualquer cifra na qual cada letra da mensagem clara seja substituída por outra<br />
deslocada um número fixo de posições, não necessariamente três. Um exemplo é<br />
o código que, ainda segundo Suetônio, era usado por Augusto, onde a letra A era<br />
substituída por B, a B por C e assim sucessivamente.<br />
Como o alfabeto romano possui 26 letras, é possível obter 26 alfabetos cifrantes<br />
diferentes, dos quais um (o do deslocamento zero) não altera a mensagem<br />
original. Cada um destes alfabetos cifrantes é conhecido como Alfabeto de César.