AI Gincana Estudantil - Appai
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estética e alerta para a mudança das práticas pedagógicas:<br />
“A proposta desse ano preenche uma lacuna da Educação,<br />
pois poucos alunos sabem ler e interpretar. A ideia é despertar<br />
o interesse pela leitura e fazer com que eles possam<br />
observar não só as letras, mas também as entrelinhas, as<br />
imagens, o mundo. A partir de um todo – pode ser uma<br />
poesia, uma peça de teatro –, se parte para as diversas<br />
disciplinas. Durante a realização do trabalho cada turma<br />
explora uma obra ou temática e se expressa de uma forma<br />
diferente”, afirma.<br />
O projeto, que acontece todos os anos, trouxe nessa edição<br />
a temática da Lusofonia – conceito que permite o estudo<br />
da Língua Portuguesa em todas as ex-colônias de Portugal.<br />
A escolha foi uma homenagem à lei do acordo ortográfico,<br />
que passa a vigorar em definitivo no final desse ano.<br />
Diversão e arte<br />
São seis dias de mostra. De acordo com a coordenadora<br />
Alessandra Caetano, não faltou criatividade no desenvolvimento<br />
das tarefas. A partir da coletânea Contos Africanos, os<br />
alunos apresentaram uma peça de teatro sobre a criação do<br />
mundo, segundo a visão nagô, e sobre os deuses africano s,<br />
inspirados em um dos textos que compõem a obra, de autoria<br />
do angolano Luandino Vieira. A turma de Jamile dramatizou o<br />
livro de Ziraldo “Uma professora muito maluquinha”. A aluna,<br />
que protagonizou a peça, encantou a escola inteira com seu<br />
personagem: “O mais interessante é que o autor deixa no<br />
ar algumas perguntas, como para onde foge a professora<br />
e com quem; além disso, sequer dá um nome a ela, o que<br />
deixa algumas questões em aberto. Mas a intenção de Ziraldo<br />
era essa: mostrar que só era perfeita porque tinha saído da<br />
imaginação das crianças, e essa é a ideia do projeto, aguçar<br />
a criatividade”, explica a jovem.<br />
Elisabete Nascimento produziu, com sua turma do 3º<br />
ano, um jogral baseado em uma poesia do escritor Jorge<br />
de Lima chamada “Essa Negra Fulô”, que foi usada pelos<br />
estudantes para dramatizar um diálogo entre ela e a Sinhazinha.<br />
A docente aproveitou o conteúdo do 3º ano, que<br />
é o diálogo entre as literaturas do Brasil e de Portugal, e<br />
sugeriu a adaptação cômica para o poema. “Me senti uma<br />
privilegiada por ter conhecido a obra de Jorge de Lima e ter<br />
me colocado no lugar de pessoas de outras épocas. A peça<br />
foi bem-humorada até porque todos gostamos de rir”, conta<br />
Graziela, que “encarnou” a Negra Fulô. Florbela Espanca<br />
também foi lembrada em um sarau durante o Chá Literário:<br />
“A poetisa portuguesa é um sucesso aqui no colégio, e até<br />
A proposta do projeto é<br />
atual e preenche uma<br />
lacuna na Educação: levar o<br />
estudante a ler e interpretar<br />
várias linguagens<br />
Revista <strong>Appai</strong> Educar 11