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AI Gincana Estudantil - Appai

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Cultura Afro-brasileira e<br />

Indígena nos estabelecimentos<br />

de ensino públicos<br />

e particulares – são simbolicamente<br />

uma correção<br />

do estado brasileiro pelo<br />

débito histórico em políticas<br />

públicas, em especial para as<br />

populações negra e indígena.<br />

Trabalhar com esta temática<br />

não é tarefa fácil, por vários fatores,<br />

como a formação do profissional de Educação,<br />

que está presente em todas as áreas de<br />

uma unidade escolar. Mas, como salientou Fabiana, trata-<br />

-se de um instigante desafio. “Aprendemos muito durante<br />

o processo, a começar pelo mapeamento dos docentes<br />

com quem poderíamos contar a fim de pensar o projeto<br />

pedagógico e incentivar outros professores, inclusive dos<br />

outros turnos”.<br />

Os professores Claudio, de Filosofia; João, de Geografia;<br />

Rita, de Língua Portuguesa; e Marta, de História,<br />

estas duas últimas lecionando no 6º ano, apostaram na<br />

construção do projeto desde sua etapa inicial. Por conta da<br />

personalidade homenageada – Hilária Batista de Almeida, a<br />

Tia Ciata, uma das responsáveis pela criação do Samba no<br />

Rio de Janeiro –, os alunos foram incentivados a pesquisar<br />

biografia, dança e apresentação de um samba de raiz cantado<br />

por eles. A ornamentação da quadra foi outro ponto<br />

de destaque. Em uma das paredes, figuravam mapas do<br />

continente africano com a indicação de quatro países de<br />

colonização portuguesa, exposição de roupas, máscaras e<br />

cerâmicas alusivas às culturas do continente.<br />

A produção do desfile da beleza negra mereceria um<br />

capítulo à parte na construção deste projeto: muita resistência<br />

por parte dos alunos que não se percebem bonitos.<br />

“Acham que ser negro é feio, pois tudo que lhe é relacionado<br />

é apresentado de forma estereotipada, negativa, feia,<br />

sempre ligada à falta de alguma coisa – de educação, de<br />

saneamento básico, de estudos, de cidadania, de respeito<br />

ao próximo, de beleza. Este estereótipo negativo é reforçado<br />

e revisitado o tempo todo pela mídia, que cristaliza<br />

a inexistência de uma beleza, de uma história de lutas e<br />

de ter sido o negro – junto com o indígena e o branco –<br />

base da constituição deste país”, disseram as professoras,<br />

Intolerâncias só levam a pessoa<br />

humana à destruição da<br />

Humanidade<br />

Revista <strong>Appai</strong> Educar 7

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