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Sifaeg em Ação
Safra de 2012 pode ser até 10% menor que a de 2011
Alexandre Mendonça de Barros, sócio consultor
da MB Associados, e André Rocha, presidente
executivo do Sifaeg/Sifaçúcar, durante palestra
para associados e imprensa.
oano de 2012 seguirá sendo de boa rentabilidade
para a agricultura em geral e,
particularmente para o etanol e o açúcar.
A projeção foi feita por Alexandre
Mendonça Barros, professor da Esalq/USP, da
Fundação Getúlio Vargas e sócio consultor da MB
Associados, em palestra promovida pelo Sindicato
da Indústria de Fabricação de Álcool e Açúcar do
Estado de Goiás (Sifaeg/Sifaçúcar), no dia 9 de
dezembro, com o apoio do Comitê de Agronegócio
da Federação das Indústrias do Estado de Goiás
(Fieg). A crise na Europa e o aumento no preço dos
insumos é que puxam as expectativas para baixo.
Apesar de ainda não ter cálculos definitivos, ele
acredita que a safra deve ficar entre 5% e 10%
menor que em 2011.
“Dificilmente encontraremos a solução definitiva
para a Europa nos próximos meses.
Parece-me altamente provável que até a nossa
safra isso não terá sido resolvido. Então, devemos
ter um primeiro semestre bem nervoso”,
diz. No entanto, a tendência para o setor sucroenergético,
segundo ele, será de preços muito
bons, tanto de açúcar quanto do álcool. “Pela
escassez que temos, a probabilidade é que, em
2012, esses produtos atravessem o ano com
valores muito bons, melhores que os praticados
este ano,” analisa.
Para Mendonça de Barros, a cana-de-açúcar
será exceção no que diz respeito à produtividade,
que será alta no setor agrícola como um
todo. Isso porque o setor vem de uma crise
financeira que só começou a arrefecer este ano.
Os canaviais estão muito envelhecidos – ele
explica – e deve haver uma reforma de cana
muito grande em 2012, em torno de 19% a
20%, o que roubará produção. “As áreas de
reforma estavam em torno de 11% na Região
Centro-Sul por falta de capital nos anos anteriores
e nesse ano devido às regiões climáticas”.
Com tudo isso, ele acredita numa safra
pequena de cana para 2012. O fato, ele analisa,
é ruim porque a produção menor diminui a
receita. Mas, por outro lado, garante que os
preços do álcool fiquem relativamente altos. Já
os preços do açúcar devem ficar restritos à oferta
no mercado internacional. “Mas a tendência
é de preços bons”.
Insumos
Em 2011 houve, segundo Mendonça de
Barros, um aumento considerável no preço dos
insumos agrícolas, o que tornou os custos de
produção mais altos, principalmente, no segundo
semestre. “Se esses preços se mantiverem
para 2012, pode haver perda de renda, seja por
que a receita cai ou porque o custo médio já vai
ser mais alto. O custo médio de 2012 será mais
alto que o de 2011, então as margens devem
estar um pouco mais comprimidas.”
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