I. Simpósios Auto-Organizados - Faculdade de Psicologia e de ...
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VII CIDU<br />
Resumos | <strong>Simpósios</strong> <strong>Auto</strong>-<strong>Organizados</strong><br />
A didática universitária num contexto <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong>s: relações e interfaces<br />
<strong>Auto</strong>r/a (es/as):<br />
Cunha, Maria Isabel da [Universida<strong>de</strong> do Vale do rio dos Sinos]<br />
Lucarelli, Elisa [Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Buenos Aires]<br />
Leite, Carlinda [<strong>Faculda<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong> e Ciências da Educação da Universida<strong>de</strong> do Porto]<br />
Ickowicz, Marcela [Universida<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong>l Comahue/Argentina]<br />
Resumo:<br />
A didática universitária é um campo <strong>de</strong> conhecimento que se explicita em contextos políticos e<br />
epistemológicos que dão contornos às suas práticas e perspectivas teóricas. Tendo as relações entre<br />
ensino e aprendizagem como estruturante, se caracteriza como uma ação humana e, portanto, afetada<br />
por valores e <strong>de</strong>sdobramentos nas suas relações. A crítica ao paradigma da ciência mo<strong>de</strong>rna nos<br />
ajudou a <strong>de</strong>linear outras possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fazer ciência, incorporando as dimensões sócio-culturais e<br />
subjetivas na compreensão da realida<strong>de</strong>. Enten<strong>de</strong>mos, principalmente, que o diálogo epistemológico<br />
está vinculado ao diálogo afetivo e que razão e emoção são constituintes inseparáveis do homem.<br />
Assumimos a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transformar nossas práticas pedagógicas que se viam também atingidas<br />
pelas novas tecnologias e a revolução digital; pelas mudanças no mundo trabalho, com reflexos<br />
importantes para a formação; pela revolução sexual e estudos <strong>de</strong> gênero; pelos movimentos sociais e<br />
políticos que reivindicavam a substituição do colonialismo por relações <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong>, para citar<br />
algumas dimensões. É a socieda<strong>de</strong> em mudança exigindo que a educação escolarizada também mu<strong>de</strong>.<br />
Nessa perspectiva a docência se alimenta <strong>de</strong> uma ambiência <strong>de</strong> cultura, isto é, daquilo que é valor<br />
entre seus pares e no seu tempo, incluindo os aspectos que tem significado no seu campo científico.<br />
Também está fortemente exposta aos processos regulatórios que vêm das políticas <strong>de</strong> estado. O<br />
professor não é só professor <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada universida<strong>de</strong>; é também <strong>de</strong> uma área profissional, <strong>de</strong><br />
um curso, <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado nível <strong>de</strong> ensino. Todas essas dimensões interferem na sua docência e<br />
naquilo que valoriza para a realização <strong>de</strong> seu trabalho, no que agrega ao seu processo <strong>de</strong> construção<br />
permanente. O componente da docência recorre a muitos saberes, tanto os que o professor constrói na<br />
sua história e experiência <strong>de</strong> trabalho, como os que se constituem a partir das políticas contemporâneas<br />
ao seu exercício profissional. Essas múltiplas influências e energias fazem oscilar as funções <strong>de</strong><br />
emancipação e regulação que constituem fundamentalmente os processos educativos produzidos pela<br />
mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> na socieda<strong>de</strong> oci<strong>de</strong>ntal. A partir da trajetória <strong>de</strong> pesquisa das proponentes no campo da<br />
pedagogia universitária, esse simpósio se propõe a abordar as relações e interfaces que fazem da<br />
didática universitária um campo <strong>de</strong> conhecimento complexo. Para tal elegem a relação teoria-prática, a<br />
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