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Média resolução - Participatory Avenues

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atlas. Eles não são necessariamente coerentes,<br />

e são susceptíveis a erro, porque os conhecimentos<br />

que as pessoas têm não são completos<br />

e podem ser errôneos. Um mapa cognitivo é<br />

uma representação interna mental, enquanto<br />

um esboço de mapa é uma representação física<br />

externa. Os dois não são necessariamente<br />

idênticos. Por exemplo, desenhar um mapa ou<br />

inserir dados em um modelo 3D força certa<br />

coerência.<br />

Conhecimento geográfico se desenvolve em<br />

pessoas por meio de três fases progressivas:<br />

conhecimento de ponto de referência, rota e<br />

pesquisa. O primeiro refere-se à capacidade<br />

de memorização de lugares em relação a um<br />

evento, e o segundo, para o desenvolvimento<br />

do sentido de sequências ordenadas de pontos<br />

de referência. A última e mais avançada etapa<br />

(FIGURA 2) é onde o conhecimento, simultaneamente,<br />

abarca mais locais e suas inter-relações<br />

e permite redirecionamentos, atalhos e navegação<br />

criativa (Montello, 1997).<br />

Este é o caminho da aprendizagem tomado<br />

por informantes confrontados com um modelo<br />

3D em branco. Primeiramente, procurariam<br />

por pontos de referência para estabelecer sua<br />

localização física em relação ao modelo. Em<br />

poucos minutos, poderiam localizar a si mesmos<br />

e/ou seus lares e estabelecer relações espaciais<br />

entre diferentes pontos de referência.<br />

Uma vez isto feito, os informantes conectariam<br />

o modelo ao mundo real e estariam agora<br />

na posição para representar precisamente sua<br />

paisagem mental.<br />

Figura 2. Montando o mosaico cognitivo.<br />

Os praticantes que utilizam modelos 3D em<br />

termos comunitários no Sudeste da Ásia constataram<br />

que quando informantes recebem um<br />

modelo 3D em branco em vez de um mapa<br />

topográfico em branco ou uma folha de papel<br />

em branco, eles podem facilmente descrever<br />

seu conhecimento geográfico de forma georreferenciada<br />

e em escala e adicionar um monte<br />

de detalhes precisos.<br />

Como os modelos 3D aumentam o poder da<br />

mente (ver CAIXA) e facilitam o uso de escala,<br />

eles permitem aos participantes preencher informações<br />

mais completa e precisamente sobre<br />

uma determinada área. Geralmente, este<br />

não é o caso do mapeamento esquemático,<br />

que tem sido amplamente utilizado para representar<br />

o conhecimento geográfico no contexto<br />

de pesquisa participativa ativa. A diferença<br />

entre um mapa topográfico e o modelo 3D<br />

correspondente é que a dimensão vertical for-<br />

utilidade de uma representação visual da paisagem [por exemplo, mapa, modelos 3D, ilustrações, pinturas,<br />

“A etc.] provém da interação de seu formato físico com a forma como os seres humanos processam informação<br />

em sua mente.<br />

Enquanto as informações que as pessoas podem processar mentalmente são limitadas, tanto em número de<br />

itens (memória) e quanto em número de operações (processamento), as representações visuais externas são<br />

praticamente ilimitadas. Enquanto o processamento mental de informações é transitório, as representações<br />

externas são permanentes. Enquanto o processamento humano das informações é um evento particular e<br />

interno, representações externas são públicas, transportáveis e compartilháveis. Representações externas ampliam<br />

a memória humana e melhoram o processamento, transferindo as incumbências da mente para um espaço<br />

verificável e rearranjável. As pessoas têm limites na quantidade de informações e operações mentais que podem<br />

acompanhar, mas as pessoas são excelentes no reconhecimento de padrões.<br />

A transformação de informações e operações internas em padrões externos aumenta os poderes da mente.”<br />

(adaptado de Tversky e Lee, 1999:1).<br />

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