Média resolução - Participatory Avenues
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em diferentes níveis institucionais e a participação<br />
dos tomadores de decisão. Este processo<br />
de intercâmbio pode ser facilitado com o uso<br />
de estratégias comunicativas. Neste contexto, o<br />
mapeamento participativo ganhou importância,<br />
visto que o aumento do acesso às tecnologias da<br />
informação geográfica moderna começou a produzir<br />
o poder que vem da gravação e controle<br />
do espaço disponível para aqueles que tradicionalmente<br />
eram marginalizados pelos mapas. Daí,<br />
os mapas têm sido o meio de referência mais<br />
usado quando se lida com questões geograficamente<br />
definidas em um processo de negociação<br />
orientado para a comunidade.<br />
Enquanto o próprio modelo 3D (em sua elaboração<br />
ou exibição) é uma ferramenta de comunicação<br />
interpessoal que facilita a aprendizagem<br />
e a negociação, sua principal limitação<br />
repousa em sua mobilidade limitada. Portanto,<br />
para interagir – usando o modelo como um<br />
canal – as pessoas de dentro e de fora precisam<br />
se reunir fisicamente em volta. Esta é uma<br />
restrição quando se considera que os governos<br />
centrais, regionais e estaduais são, geralmente,<br />
o lócus da tomada de decisão. Para chegar<br />
às instituições centrais, as informações exibidas<br />
em modelos 3D precisam ser portáteis e<br />
amplamente compartilháveis. Isso é possível<br />
pela integração plena da MP3D com um SIG.<br />
Isto último permite a conversão dos dados representados<br />
em modelos em um formato cartográfico,<br />
móvel e reproduzível. Por sua vez,<br />
um SIG pode gerar conjuntos de dados, que<br />
podem ser inseridos no modelo 3D (ver PÁ-<br />
GINA 45) para enriquecer a aprendizagem e o<br />
processo de negociação. Desde que as ligações<br />
e redes adequadas são estabelecidas, e<br />
dependendo do quadro regulamentar presente,<br />
as inovações apoiadas por produtos MP3D<br />
(modelo, mapas, planos, etc.) e campanhas de<br />
promoção podem alcançar níveis institucionais<br />
mais altos e chegar ao ponto de influenciar a<br />
formulação de políticas nacionais, como exemplificado<br />
no caso das Filipinas (De Vera, D.<br />
2005, 2007a; 2007b, PAFID 2001).<br />
Modelos e mapas podem ser usados como<br />
parte de uma estratégia de comunicação para<br />
promover a reforma jurídica e política em nível<br />
nacional. O consenso em torno do mapa<br />
oferece legitimidade em debates políticos em<br />
uma sociedade aberta (Alcorn, 2000). A combinação<br />
de MP3D, GPS, SIG e aplicativos Web<br />
2.0 provou ser muito eficiente no aumento<br />
da capacidade dos agentes locais para interagir<br />
com instituições nacionais e internacionais.<br />
O processo de MP3D e seus produtos<br />
parecem ser os alicerces sobre os quais<br />
o SIG Participativo pode demonstrar todo o<br />
seu potencial.<br />
Dimensionamento do território<br />
Pela miniaturização (por exemplo, 1:5.000-<br />
1:20.000) características do mundo real, como<br />
são conhecidos e percebidos pelos participantes,<br />
a MP3D provou ser particularmente eficaz<br />
para lidar com áreas relativamente grandes e<br />
remotas e para superar as limitações logísticas<br />
e práticas de participação pública no planejamento<br />
e gestão do uso da terra e recursos.<br />
Aplicações específicas da<br />
Modelagem Participativa 3D<br />
Documentação e salvaguarda de<br />
conhecimentos tradicionais<br />
Com o desenvolvimento da biotecnologia<br />
moderna, os recursos genéticos ganharam<br />
crescente valor científico e comercial, para<br />
uma ampla gama de partes. A este respeito,<br />
foram feitos esforços para estender as leis e<br />
práticas que abrangem os direitos de propriedade<br />
intelectual aos conhecimentos tradicionais<br />
associados a esses recursos. No ano 2000,<br />
a Organização Mundial da Propriedade Intelectual<br />
(OMPI), os Estados-membros estabeleceram<br />
um “Comitê Intergovernamental sobre<br />
Propriedade Intelectual e Recursos Genéticos,<br />
Conhecimento Tradicional e Folclore (CIG)”<br />
para lidar com a apropriação indevida e o mau<br />
uso e os aspectos de propriedade intelectual<br />
do acesso e repartição de benefícios em recursos<br />
genéticos. Atualmente (2009), o CIG, que<br />
se reuniu pela primeira vez em 2001, está discutindo<br />
minutas de disposições para a maior<br />
proteção dos conhecimentos tradicionais e expressões<br />
culturais tradicionais.<br />
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