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Migrações: Implicações Passadas, Presentes E - Unesp

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M i g r ações:<br />

implicações passadas, presentes e futuras<br />

Similar à ideia de campo e espaço migratório é a noção de território<br />

circulatório proposta por Tarrius (2001), conceito que é utilizado tanto na<br />

revisão da literatura realizada por Almeida e Baeninger quanto por Quesnel<br />

em artigo publicado na coletânea Migraciones de Trabajo y Movilidad<br />

Territorial, organizada por Sara Flores, da Universidad Autónoma de<br />

México. Quesnel nos diz:<br />

Numerosos estúdios integran actualmente en su aproximación la<br />

multi-localización de las actividades sociales y económicas tanto de los<br />

grupos como de los individuos, alrededor de esta noción de circulación<br />

entre diferentes lugares, insistiendo sobre las modalidades o los modos<br />

de ocupación (y de apropiación de estos diferentes lugares) para el<br />

ejercicio de estas actividades. Se reconoce entonces la diáspora de<br />

ciertas formas de movilidad” (QUESNEL, 2010: 26-27) 9 .<br />

Nesses estudos – Almeida e Baeninger que se fundamentam em<br />

Simon e Tarrius, bem como em Quesnel –, observa-se que as categorias<br />

de tempo e espaço são destacadas na análise da mobilidade populacional.<br />

Trata-se da diversidade dos espaços e temporalidades. Ao utilizar as<br />

noções de campo e espaço migratório, os autores pretendem compreender<br />

os espaços pelos quais circulam os migrantes em suas temporalidades,<br />

desse modo, ultrapassando os limites das categorias de origem e destino,<br />

lugares de atração e de expulsão. Assim, as noções de campo, espaço<br />

migratório e território circulatório aproximam-se da visão mencionada de<br />

Flores (2010), em que os migrantes não apenas são capazes de circular,<br />

mas de apropriarem-se desses espaços, então, produzindo territórios e<br />

participando da criação de riquezas de novas identidades sociais. Assim,<br />

há um deslocamento do olhar da migração para os sujeitos dessa ação – os<br />

migrantes – enquanto sujeitos que, embora condicionados por condições<br />

estruturais, econômicas, sociais, políticas e culturais, também, atuam sobre<br />

essas condições, significando-as, atribuindo-lhes significados a partir de<br />

seus projetos de vida individuais e familiares.<br />

9<br />

“De una manera general los estudios centrados en la circulación migratória han dado lugar a una producción<br />

conceptual en la literatura, en particular en la literatura francófona: espacios migratorios, campos migratorios<br />

(Simon, G. (1995; 2006), territórios de la movibilidad (Faret,L.2003) territórios circulatorios (Tarrius, 2001),<br />

instalación en la movilidad y de la movilidad (Marchal y Quesnel, 1977) (apud QUESNEL, 2010, p. 27).<br />

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