Como Brasil e Itália enfrentam a situação ... - Comunità italiana
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ROMA<br />
uteSaúdeSaluteSaúdeSaluteSaúdeSaluteSaúdeSaluteSaúdeSaluteSaúdeSalut<br />
Lisomar Silva<br />
Pintores<br />
O<br />
céu de Roma atraiu e fascinou os pintores<br />
flamingos que se inspiraram em cenas<br />
da vida cotidiana para criar suas obras.<br />
Artistas como Caravaggio registraram os tons<br />
de azul intenso e luminoso em seus quadros.<br />
Esses tons também são encontrados nos célebres<br />
afrescos que Rafaello criou nos salões<br />
do Vaticano, além da monumental obra de Michelangelo<br />
na Capela Sistina.<br />
Para você admirar<br />
Para se desvendar os segredos da luz<br />
e do clima romanos, é preciso acordar<br />
cedo. Esse momento do dia é a melhor<br />
hora para se apreciar os tons rosados<br />
da fachada da Basílica de São Pedro no<br />
Vaticano. Após uma entusiástica visita à<br />
Basílica e aos Museus da Santa Sé, é possível<br />
admirar a visão de Roma a partir da<br />
Cúpula de São Pedro. Mas esse não é o<br />
único ponto privilegiado da cidade. Roma<br />
é venerável por inteira do alto da Terrazza<br />
della Quadriga do Monumento Vittoriano,<br />
localizado na Piazza Venezia e dedicado<br />
ao soldado desconhecido. Já as ruínas do<br />
Fórum Romano são apaixonantes quando<br />
admiradas a partir dos terraços do Capitólio<br />
e dos corredores do Coliseu. As luzes<br />
da manhã e os tons púrpuros da tardinha<br />
tornam poéticos os panoramas que<br />
a cidade oferece a partir das Praças Trinità<br />
dei Monti e Quirinale, junto à sede da<br />
Presidência da República. Nas horas do<br />
crepúsculo, é fundamental estar sentado<br />
no gramado ao longo do Circo Mássimo<br />
para se admirar as monumentais ruínas<br />
em tijolos vermelhos do Fórum Palatino,<br />
ou se encostar nos muros da Piazzale Garibaldi,<br />
na colina de Gianícolo, para devorar<br />
com os olhos a mágica beleza que<br />
Roma revela até o anoitecer.<br />
Nel blu dipinto di blu<br />
O<br />
azul infinito do céu descrito há 50<br />
anos na música Volare de Domenico<br />
Modugno, parece estar contido<br />
no imenso leque de cores e matizes do céu<br />
de Roma. É importante olhar para o alto,<br />
de qualquer ponto da cidade. Os edifícios<br />
do centro histórico chegam a ter cinco andares<br />
e, na periferia, não passam dos dez<br />
ou doze andares. Admiram-se milhões de<br />
tonalidades de azul, do mais claro ao blu<br />
cobalto passando pelo blu índaco, que se<br />
fundem desde os primeiros momentos da<br />
aurora até as últimas frações de minutos<br />
do crepúsculo, durante quase todo o ano.<br />
Nos dias ensolarados, com ou sem os<br />
clássicos cirros e os cúmulus nimbus típicos<br />
do céu romano, as nuvens têm reflexos<br />
Até Vinícius<br />
O<br />
céu de Roma foi inspirador de grande e<br />
prazerosa produção cultural na década<br />
de 50 com Vinícius de Moraes e Sergio Buarque<br />
de Hollanda. Naquela época, o célebre<br />
poeta e compositor musical carioca se<br />
encontrava em Roma na veste de Embaixador<br />
brasileiro na sede da Piazza Navona. Já o<br />
famoso historiador paulista lecionava junto<br />
à catedra de Estudos <strong>Brasil</strong>eiros na universidade<br />
La Sapienza de Roma. Ambos puderam<br />
acompanhar também os primeiros passos romanos<br />
do então jovem (e desconhecido) cineasta<br />
Federico Fellini que, em 1987, colocou<br />
o azul profundo e as nuvens brancas do<br />
céu romano em seu filme L’intervista.<br />
de luz branco-rosada ou laranja-salmão até<br />
os tons lilás e violeta. Nas tardes douradas<br />
primaveris e outonais, com temperaturas<br />
amenas e o refrescante sopro do Vento di<br />
Ponente que vem dos mares Tirreno e Adriático,<br />
a cidade e seus monumentos ganham<br />
perspectivas visuais de acentuada profundidade<br />
em contínua transformação. É fruto<br />
do jogo que o contraste de luz e sombra<br />
cria com o passar das horas, em uma surpreendente<br />
série de imagens inéditas, nascidas<br />
de um espaço urbano que é sempre o<br />
mesmo: a Cidade Eterna. A luz crepuscular,<br />
com os últimos raios de sol que avermelham<br />
as paredes e fachadas dos edifícios,<br />
torna o azul do céu ora mais intenso, ora<br />
mais esbranquiçado.<br />
Condenação<br />
O<br />
céu de Roma na Renascença também foi<br />
tema de processos e condenações que<br />
o Tribunal da Inquisição (hoje Congregação<br />
para a Doutrina da Fé) impôs a Galileu Galilei,<br />
em 1616, cinco anos depois que o grande<br />
físico, astrônomo, filósofo e matemático italiano<br />
se transferiu de Florença para Roma como<br />
embaixador do Grão-Ducado de Toscana.<br />
A sentença, confirmada em 1633, foi cancelada<br />
359 anos, 4 meses e 9 dias depois: em 31<br />
de outubro de 1992, Papa João Paulo II, em<br />
discurso pronunciado durante uma audiência<br />
aos componentes da Pontifícia Academia de<br />
Ciências, anunciava que a Santa Sé havia reabilitado<br />
o cientista Galileu Galilei.<br />
Fotos: Arquivo<br />
A culpa é dela<br />
Uma pesquisa norte-americana realizada<br />
pelo Departamento de Assuntos de Veteranos<br />
do Centro Médico da Universidade de<br />
Oklahoma afirma que a bactéria intestinal enterococcus<br />
faecalis pode ser responsável pelo<br />
desenvolvimento de câncer de intestino.<br />
O estudo foi divulgado no Journal of Medical<br />
Microbiology, mas houve quem contestasse.<br />
O microbiólogo da Universidade de Liverpool,<br />
na Grã-Bretanha, afirma que a bactéria pode<br />
ser a culpada, mas que outras presentes<br />
no intestino também podem ser responsáveis<br />
pela doença. “Sabemos que a bactéria está<br />
presente nos intestinos da maioria das pessoas,<br />
porém, nem todos têm câncer. Isso indica<br />
que devem existir outros fatores”.<br />
Sonho perfumado<br />
Um estudo apresentado na reunião anual da<br />
Academia Americana de Otorrinolaringologia,<br />
em Chicago (EUA), indica que os aromas<br />
inalados enquanto uma pessoa dorme influenciam<br />
seus sonhos. Na Alemanha, pesquisadores<br />
do Hospital da Universidade de Mannheim<br />
chegaram à mesma conclusão. Lá, voluntários<br />
foram expostos a odores bons e ruins durante<br />
o sono. Depois de acordados, eles relataram<br />
suas impressões, mas não se lembravam<br />
de haver sentido os cheiros. Os cientistas concluíram<br />
que, quando o odor desagradável foi<br />
usado, o tipo de emoção vivenciada durante<br />
o sonho era negativo. Sob o estímulo do odor<br />
agradável, quase todos os sonhos relatados tinham<br />
conotações positivas.<br />
Arquivo<br />
Reprodução<br />
Azeite, sim!<br />
Ao consumir azeite, uma transformação<br />
ocorre no seu organismo, mais precisamente<br />
no abdômen: ele impede o depósito<br />
de gordura bem ali, na linha da cintura. Parece<br />
um contra-senso, já que o alimento é um<br />
dos mais calóricos. Cada grama oferece cerca<br />
de nove calorias. Mas a descoberta é séria:<br />
o consumo evita mesmo a barriga indesejada.<br />
Cientistas de diversas universidades européias<br />
publicaram seu trabalho no periódico<br />
Diabetes Care, da Associação Americana de<br />
Diabete, em que compararam exames de imagem<br />
de voluntários, antes e depois do consumo<br />
do óleo. Eles observaram que o hábito<br />
diminuiu os depósitos de gordura no abdômen.<br />
O ideal seria consumir duas colheres de<br />
sopa por dia para obter o benefício.<br />
Café da manhã<br />
Também para perder peso, uma dica é comer<br />
ovos no café da manhã. Isso é o que sugere<br />
uma pesquisa feita pelo Departamento de<br />
Obesidade da Pennington Biomedical Research<br />
Center da Universidade da Louisiana (EUA). Os<br />
pesquisadores analisaram 152 pacientes, homens<br />
e mulheres, entre 25 e 60 anos. Parte do<br />
grupo consumiu toda a manhã dois ovos e outra<br />
parte adotou bagel - pão tradicional americano.<br />
Ao final de oito semanas, a perda de peso entre<br />
a turma do ovo foi 65% maior na comparação<br />
com os demais voluntários. O índice de redução<br />
de cintura também foi 34% maior entre eles, assim<br />
como a redução de gordura - 16% maior.<br />
Arquivo<br />
Arquivo<br />
Poluição<br />
Uma pesquisa da Universidade de Calgary,<br />
no Canadá, sugere que a poluição do ar<br />
pode aumentar o risco de inflamação do apêndice.<br />
Os cientistas identificaram mais de 45<br />
mil adultos que foram internados com casos<br />
de apendicite entre 1999 e 2006. O estudo,<br />
apresentado na Conferência de Gastroenterologia<br />
do American College, sugere que a poluição<br />
aumenta o risco geral de inflamação do<br />
tecido. A análise dos casos revelou que os pacientes<br />
tinham 15% a mais de probabilidade<br />
de internação em dias com maiores concentrações<br />
de ozônio no ar, comparado com dias<br />
em que a concentração de ozônio era menor.<br />
Diabete<br />
Uma esperança contra o diabetes foi<br />
apresentada no Congresso Europeu<br />
de Diabetes. Trata-se de uma injeção semanal<br />
de remédio para controlar a glicose<br />
e uma caixinha de materiais biocompatíveis.<br />
Ela tem 4 centímetros de<br />
diâmetro e 2 milímetros de espessura,<br />
contendo células que produzem insulina.<br />
Esta será introduzida no pâncreas e substituirá<br />
as células produtoras de insulina<br />
destruídas pela doença.<br />
<strong>Como</strong> o Viagra<br />
Pesquisadores italianos da Universidade<br />
de Milão desenvolveram um composto<br />
com folhas de uma erva conhecida como chifre<br />
de cabra. Pode ser o início do desenvolvimento<br />
de uma nova droga para tratar a deficiência<br />
orgânica erétil. A planta tem o nome<br />
científico de Epimedium brevicornum. Exames<br />
preliminares indicaram que a droga feita com<br />
o composto causa menos efeitos secundários<br />
do que o Viagra, inclusive em relação ao coração.<br />
Agora, o composto passará por uma longa<br />
fase de testes clínicos antes de ser aprovado<br />
definitivamente. Ou seja, pode demorar<br />
10 anos até ser lançado no mercado.<br />
Arquivo<br />
38 C o m u n i t à I t a l i a n a / No v e m b r o 2008<br />
N o v e m b r o 2008 / Co m u n i t à I t a l i a n a 39