Como Brasil e Itália enfrentam a situação ... - Comunità italiana
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italian style<br />
futebol<br />
Para eles e para elas<br />
Diesel Fuel For Life vai bem para homens e mulheres. Sexy e<br />
energéticas, as notas para a fragrância feminina combinam<br />
acordes de jasmin e de cassis misturadas com a mandarina.<br />
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espetinhos, queijos, e a outra perfeita para<br />
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quem precisa usar internet em lugares<br />
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Fotos: Divulgação<br />
O brasileiro<br />
da Azurra<br />
Aos 23 anos, Fabiano Santacroce é o mais recente<br />
jogador convocado para a seleção <strong>italiana</strong> de futebol<br />
Fabiano Santacroce, zagueiro<br />
do Napoli, é um dos ídolos<br />
do futebol da Itália. No<br />
<strong>Brasil</strong>, porém, poucos conhecem<br />
este jovem nascido em<br />
Camaçari, no interior da Bahia.<br />
Filho de mãe brasileira, ele cresceu<br />
na Itália, terra do pai, para<br />
onde veio aos quatro anos<br />
de idade. A paixão pelo futebol<br />
sempre falou mais alto e ele escalou<br />
todas as divisões de base<br />
até vestir a camisa da Azurra, a<br />
principal seleção <strong>italiana</strong>. E como<br />
zagueiro, posição na qual os<br />
italianos são craques. Em campo,<br />
Santacroce é um marcador<br />
duro, que se antecipa ao lance,<br />
estilo que agradou ao técnico<br />
Marcello Lippi.<br />
— Esta é a chance dele<br />
aprender. O difícil vem agora —<br />
diz “professor” Canavarro, beque<br />
italiano considerado o melhor<br />
jogador do mundo durante<br />
a Copa da Alemanha, da qual<br />
saiu campeão.<br />
A convocação de Santacroce<br />
faz parte do plano de renovação<br />
do técnico italiano. Com a ginga<br />
de bom baiano, o jogador brasileiro<br />
não nega as origens. Ele só<br />
entra em pânico, mesmo, quando<br />
o que está “em jogo” é a língua<br />
portuguesa.<br />
— Entendo tudo, mas se me<br />
fizer falar em português entro<br />
em crise — brinca ele ao encontrar<br />
o repórter da Comunità,<br />
este brasileiro que vos escreve.<br />
Brincadeira dita, por sinal, em<br />
um italiano perfeito, com sotaque<br />
da Brianza — Em português,<br />
aprendi alguns palavõres,<br />
mas não os digo.<br />
Aos 23 anos, ele diz que chegar<br />
à seleção <strong>italiana</strong> é “um sonho”<br />
que ele não imaginava que<br />
Gu i l h e r m e Aq u i n o<br />
Correspondente • Milão<br />
poderia se realizar, pelo menos<br />
tão cedo.<br />
— Há três ou quatro anos,<br />
ainda estava longe da série A<br />
do campeonato italiano. Naquela<br />
época, eu não apostaria uma<br />
lira que chegaria aqui. Hoje, me<br />
sinto mais italiano do que brasileiro<br />
— afirma o jogador afastando<br />
a hipótese de ter vislumbrado,<br />
em algum momento, a<br />
possibilidade de ser convocado<br />
para a seleção brasileira.<br />
Sim, porque esta não seria a<br />
primeira vez que um ítalo-brasileiro<br />
vestiria a camisa de seus<br />
dois países. O atacante Jose Altafini,<br />
durante a copa de 1962,<br />
no Chile, defendeu a seleção <strong>italiana</strong>.<br />
Quatro anos antes, na Suécia,<br />
jogou pela seleção brasileira,<br />
na Copa vencida pelo <strong>Brasil</strong>.<br />
Atualmente, a Fifa não permite<br />
mais que um jogador que tenha<br />
defendido uma seleção mude de<br />
lado e troque de camisa, mesmo<br />
tendo dupla nacionalidade. Não é<br />
caso de Santacroce.<br />
Ele é estreante na seleção e<br />
foi notado bem antes que Dunga<br />
suspeitasse que ele pudesse jogar<br />
pelo <strong>Brasil</strong>. No centro de treinamentos<br />
da Azzurra, em Corveciano,<br />
nos arredores de Florença,<br />
o bom baiano sorri à toa e recebe<br />
tratamento especial. Ele afirma<br />
que não acompanha o campeonato<br />
brasileiro e que, depois dos<br />
jogos e dos treinos, ele se desliga<br />
do mundo.<br />
— Não gosto muito de ver<br />
os jogos de quem não será meu<br />
adversário do próximo turno.<br />
Prefiro fazer outras coisas. Aqui<br />
na seleção sei que tenho que<br />
melhorar muito, ter mais calma,<br />
aprender a usar melhor a cabeça.<br />
Estou aqui para tentar ‘roubar’<br />
um pouco os gestos e as ações<br />
destes grandes campeões com<br />
quem jogo — afirma.<br />
Santacroce nem de longe vê<br />
a sua convocação como uma resposta<br />
ao racismo em campo. Único<br />
jogador negro da Azzurra ele<br />
diz que “pode até haver este tipo<br />
de preocupação”, mas prefere<br />
acreditar que sua convocação foi<br />
um prêmio “por jogar bem”.<br />
— Nunca me vi envolvido em<br />
questões racistas. Apenas quando<br />
era mais jovem aconteceram<br />
alguns eventos isolados, mas nada<br />
importante — conta.<br />
Mesmo longe do <strong>Brasil</strong>, ele<br />
não se esquece da pátria-mãe.<br />
Ele diz ter a intenção de visitar<br />
o lugar onde nasceu e encontrar<br />
todos os seus parentes. O jogador<br />
admite que, em dia de clássico,<br />
“o pau come dentro de casa”<br />
porque a família fica dividida.<br />
Agora, porém, como integrante<br />
da Azzurra ele tem um palpite:<br />
— Sempre que joga <strong>Brasil</strong> contra<br />
a Itália, o pau come entre o meu<br />
pai e a minha mãe. Agora, porém,<br />
acho que, no fundo, ela vai torcer<br />
pela Itália, ou melhor, por mim.<br />
E ele, como se sentirá quando<br />
a seleção <strong>italiana</strong> enfrentar a<br />
brasileira<br />
— Não nego que me sinto<br />
brasileiro. Confesso que seria<br />
uma emoção única jogar contra<br />
uma das seleções mais fortes<br />
no mundo.<br />
56 C o m u n i t à I t a l i a n a / No v e m b r o 2008<br />
N o v e m b r o 2008 / Co m u n i t à I t a l i a n a 57