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Como Brasil e Itália enfrentam a situação ... - Comunità italiana

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italian style<br />

futebol<br />

Para eles e para elas<br />

Diesel Fuel For Life vai bem para homens e mulheres. Sexy e<br />

energéticas, as notas para a fragrância feminina combinam<br />

acordes de jasmin e de cassis misturadas com a mandarina.<br />

O ar misterioso fica por conta do vétiver e da patchouli.<br />

Para os homens, ritmo e energia se encontram graças aos<br />

acordes vibrantes de anis, seguidos de framboesa, que por<br />

sua vez, dão lugar à lavanda. As notas de fundo são de<br />

vétiver. A partir de R$ 155 www.laffayette.com.br<br />

Na mesa<br />

A chapa de ferro antiaderente permite um<br />

cozimento da comida sem nenhuma fumaça.<br />

Com duas áreas, uma ideal para ovos,<br />

espetinhos, queijos, e a outra perfeita para<br />

carne, peixe e verduras. Depois de grelhar,<br />

a chapa se destaca da base transformandose<br />

numa bandeja que pode ser colocada<br />

diretamente na mesa. € 69,90 www.dmail.it<br />

Os produtos acima mencionados<br />

estão disponíveis no mercado italiano.<br />

Cuocinella<br />

Com este prático forno os alimentos<br />

são assados de uma forma<br />

rápida e uniforme. O cozimento<br />

é instantâneo e termina<br />

automaticamente de acordo<br />

com o tempo programado.<br />

Econômica e portátil,<br />

a Cuocinella é também<br />

ideal para descongelar e<br />

esquentar as comidas.<br />

Pode ser colocada em<br />

cima da mesa. € 99<br />

www.dmail.it<br />

Dolce & Gabbana<br />

Sempre refinada e elegante, a coleção de<br />

óculos Dolce & Gabbana alterna cores clássicas<br />

e inovadoras além de apresentar a qualidade<br />

estilística original da marca <strong>italiana</strong>. Este sai<br />

por € 295 www.raffaello-network.com<br />

Wi-fi<br />

Este relógio permite verificar a presença<br />

e a intensidade do sinal wi-fi sem<br />

precisar ligar o computador. Ele indica<br />

se no aeroporto, no hotel ou em<br />

qualquer local tem wireless. Elegante<br />

e prático, este acessório é ótimo para<br />

quem precisa usar internet em lugares<br />

públicos. $ 29,90 www.dmail.it<br />

Fotos: Divulgação<br />

O brasileiro<br />

da Azurra<br />

Aos 23 anos, Fabiano Santacroce é o mais recente<br />

jogador convocado para a seleção <strong>italiana</strong> de futebol<br />

Fabiano Santacroce, zagueiro<br />

do Napoli, é um dos ídolos<br />

do futebol da Itália. No<br />

<strong>Brasil</strong>, porém, poucos conhecem<br />

este jovem nascido em<br />

Camaçari, no interior da Bahia.<br />

Filho de mãe brasileira, ele cresceu<br />

na Itália, terra do pai, para<br />

onde veio aos quatro anos<br />

de idade. A paixão pelo futebol<br />

sempre falou mais alto e ele escalou<br />

todas as divisões de base<br />

até vestir a camisa da Azurra, a<br />

principal seleção <strong>italiana</strong>. E como<br />

zagueiro, posição na qual os<br />

italianos são craques. Em campo,<br />

Santacroce é um marcador<br />

duro, que se antecipa ao lance,<br />

estilo que agradou ao técnico<br />

Marcello Lippi.<br />

— Esta é a chance dele<br />

aprender. O difícil vem agora —<br />

diz “professor” Canavarro, beque<br />

italiano considerado o melhor<br />

jogador do mundo durante<br />

a Copa da Alemanha, da qual<br />

saiu campeão.<br />

A convocação de Santacroce<br />

faz parte do plano de renovação<br />

do técnico italiano. Com a ginga<br />

de bom baiano, o jogador brasileiro<br />

não nega as origens. Ele só<br />

entra em pânico, mesmo, quando<br />

o que está “em jogo” é a língua<br />

portuguesa.<br />

— Entendo tudo, mas se me<br />

fizer falar em português entro<br />

em crise — brinca ele ao encontrar<br />

o repórter da Comunità,<br />

este brasileiro que vos escreve.<br />

Brincadeira dita, por sinal, em<br />

um italiano perfeito, com sotaque<br />

da Brianza — Em português,<br />

aprendi alguns palavõres,<br />

mas não os digo.<br />

Aos 23 anos, ele diz que chegar<br />

à seleção <strong>italiana</strong> é “um sonho”<br />

que ele não imaginava que<br />

Gu i l h e r m e Aq u i n o<br />

Correspondente • Milão<br />

poderia se realizar, pelo menos<br />

tão cedo.<br />

— Há três ou quatro anos,<br />

ainda estava longe da série A<br />

do campeonato italiano. Naquela<br />

época, eu não apostaria uma<br />

lira que chegaria aqui. Hoje, me<br />

sinto mais italiano do que brasileiro<br />

— afirma o jogador afastando<br />

a hipótese de ter vislumbrado,<br />

em algum momento, a<br />

possibilidade de ser convocado<br />

para a seleção brasileira.<br />

Sim, porque esta não seria a<br />

primeira vez que um ítalo-brasileiro<br />

vestiria a camisa de seus<br />

dois países. O atacante Jose Altafini,<br />

durante a copa de 1962,<br />

no Chile, defendeu a seleção <strong>italiana</strong>.<br />

Quatro anos antes, na Suécia,<br />

jogou pela seleção brasileira,<br />

na Copa vencida pelo <strong>Brasil</strong>.<br />

Atualmente, a Fifa não permite<br />

mais que um jogador que tenha<br />

defendido uma seleção mude de<br />

lado e troque de camisa, mesmo<br />

tendo dupla nacionalidade. Não é<br />

caso de Santacroce.<br />

Ele é estreante na seleção e<br />

foi notado bem antes que Dunga<br />

suspeitasse que ele pudesse jogar<br />

pelo <strong>Brasil</strong>. No centro de treinamentos<br />

da Azzurra, em Corveciano,<br />

nos arredores de Florença,<br />

o bom baiano sorri à toa e recebe<br />

tratamento especial. Ele afirma<br />

que não acompanha o campeonato<br />

brasileiro e que, depois dos<br />

jogos e dos treinos, ele se desliga<br />

do mundo.<br />

— Não gosto muito de ver<br />

os jogos de quem não será meu<br />

adversário do próximo turno.<br />

Prefiro fazer outras coisas. Aqui<br />

na seleção sei que tenho que<br />

melhorar muito, ter mais calma,<br />

aprender a usar melhor a cabeça.<br />

Estou aqui para tentar ‘roubar’<br />

um pouco os gestos e as ações<br />

destes grandes campeões com<br />

quem jogo — afirma.<br />

Santacroce nem de longe vê<br />

a sua convocação como uma resposta<br />

ao racismo em campo. Único<br />

jogador negro da Azzurra ele<br />

diz que “pode até haver este tipo<br />

de preocupação”, mas prefere<br />

acreditar que sua convocação foi<br />

um prêmio “por jogar bem”.<br />

— Nunca me vi envolvido em<br />

questões racistas. Apenas quando<br />

era mais jovem aconteceram<br />

alguns eventos isolados, mas nada<br />

importante — conta.<br />

Mesmo longe do <strong>Brasil</strong>, ele<br />

não se esquece da pátria-mãe.<br />

Ele diz ter a intenção de visitar<br />

o lugar onde nasceu e encontrar<br />

todos os seus parentes. O jogador<br />

admite que, em dia de clássico,<br />

“o pau come dentro de casa”<br />

porque a família fica dividida.<br />

Agora, porém, como integrante<br />

da Azzurra ele tem um palpite:<br />

— Sempre que joga <strong>Brasil</strong> contra<br />

a Itália, o pau come entre o meu<br />

pai e a minha mãe. Agora, porém,<br />

acho que, no fundo, ela vai torcer<br />

pela Itália, ou melhor, por mim.<br />

E ele, como se sentirá quando<br />

a seleção <strong>italiana</strong> enfrentar a<br />

brasileira<br />

— Não nego que me sinto<br />

brasileiro. Confesso que seria<br />

uma emoção única jogar contra<br />

uma das seleções mais fortes<br />

no mundo.<br />

56 C o m u n i t à I t a l i a n a / No v e m b r o 2008<br />

N o v e m b r o 2008 / Co m u n i t à I t a l i a n a 57

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