Boletim 96 - Câmara Municipal de Santo Tirso
Boletim 96 - Câmara Municipal de Santo Tirso
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Em Destaque<br />
O Município <strong>de</strong> <strong>Santo</strong> <strong>Tirso</strong> torna-se, <strong>de</strong>ste modo, o terceiro<br />
Município do país a adquirir este estatuto (para além do Porto,<br />
que nos termos do artigo 20º dos estatutos é membro por<br />
natureza <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a instituição da Fundação, conta-se o <strong>de</strong> Matosinhos<br />
que a<strong>de</strong>riu em 2006).<br />
De notar que a Fundação <strong>de</strong> Serralves é actualmente consi<strong>de</strong>rada<br />
como um projecto <strong>de</strong> referência internacional e tem<br />
como missão “…sensibilizar e interessar o público para a Arte<br />
Contemporânea e o Ambiente”.<br />
O convite feito implica o reconhecimento da prática cultural<br />
<strong>de</strong> excelência que tem vindo a ser <strong>de</strong>senvolvida pelo município,<br />
como expressa a carta enviada pela Fundação ao referir,<br />
como fundamento da <strong>de</strong>cisão, “a intensa acção cultural <strong>de</strong>senvolvida<br />
pela Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Santo</strong> <strong>Tirso</strong>, nomeadamente<br />
no domínio das artes plásticas e da música”.<br />
O Município <strong>de</strong> <strong>Santo</strong> <strong>Tirso</strong> irá assim beneficiar da longa e qualificada<br />
experiência <strong>de</strong>sta entida<strong>de</strong> para promover, divulgar e<br />
melhorar as iniciativas <strong>de</strong> projecção e mérito nacional que já<br />
<strong>de</strong>senvolve nas áreas da Escultura, da Guitarra e da Poesia, em<br />
particular o Museu Internacional <strong>de</strong> Escultura Contemporânea<br />
e o Festival Internacional <strong>de</strong> Guitarra.<br />
Estas perspectivas são confirmadas pela Fundação <strong>de</strong> Serralves<br />
ao reconhecer que a colaboração entre as duas instituições<br />
“ visa o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> cooperação<br />
que permita rentabilizar o património existente e apoiar<br />
novas iniciativas <strong>de</strong> valorização do Concelho no contexto regional,<br />
nacional e internacional”.<br />
Para o presi<strong>de</strong>nte da Edilida<strong>de</strong> Tirsense, Castro Fernan<strong>de</strong>s, “este<br />
é o início <strong>de</strong> uma colaboração promissora entre o Município e<br />
a Fundação <strong>de</strong> Serralves que muito irá contribuir para posicionar<br />
<strong>Santo</strong> <strong>Tirso</strong> no mapa do que melhor se faz no domínio da<br />
Arte Contemporânea”.<br />
Sobre alguns dos benefícios que esta parceria po<strong>de</strong>rá proporcionar,<br />
o autarca não <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> lembrar alguns <strong>de</strong>les:<br />
- A valorização e promoção <strong>de</strong> eventos como o “Festival Internacional<br />
<strong>de</strong> Guitarra”, o “Simpósio Internacional <strong>de</strong> Escultura”<br />
e “A Poesia está na Rua”.<br />
- O maior aproveitamento, no contexto pedagógico, das infraestruturas<br />
culturais existentes no concelho como o Museu<br />
<strong>Municipal</strong> Aba<strong>de</strong> Pedrosa, o Museu Internacional <strong>de</strong> Escultura<br />
Contemporânea, a Biblioteca <strong>Municipal</strong>, o Centro Cultural<br />
<strong>de</strong> Vila das Aves, a Estação Arqueológica e o Centro Interpretativo<br />
<strong>de</strong> Monte Padrão, a Serra Hidráulica <strong>de</strong> Pereiras, o Arquivo<br />
Histórico da Indústria Têxtil, etc…<br />
- A articulação <strong>de</strong> eventos promovidos pela Fundação <strong>de</strong> Serralves<br />
em espaços municipais (museu municipal e centro<br />
cultural <strong>de</strong> Vila das Aves) e vice-versa, levando eventualmente<br />
alguns espectáculos do Festival Internacional <strong>de</strong> Guitarra a<br />
Serralves.<br />
- A criação <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> cultural on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong>rá inserir o futuro<br />
Cine-Teatro <strong>de</strong> <strong>Santo</strong> <strong>Tirso</strong> e o apoio e a divulgação que<br />
Serralves po<strong>de</strong> acrescentar a nível internacional ao Museu <strong>de</strong><br />
Escultura Contemporânea ao Ar Livre”.<br />
Parcerias<br />
público-privada:<br />
investimentos<br />
prioritários<br />
com solução<br />
A Câmara <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Santo</strong> <strong>Tirso</strong> propôs e a Assembleia<br />
<strong>Municipal</strong> autorizou por larga maioria – os <strong>de</strong>putados do<br />
PSD abstiveram-se e o <strong>de</strong>putado da CDU votou contra – a<br />
constituição <strong>de</strong> uma parceria público-privada para avançar<br />
com a construção do novo Cine-Teatro <strong>de</strong> <strong>Santo</strong> <strong>Tirso</strong>, a remo<strong>de</strong>lação<br />
da Piscina <strong>Municipal</strong>, a requalificação do Mercado<br />
<strong>Municipal</strong> e a construção dos Estaleiros Municipais.<br />
A Lei nº 53-F/2006, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Dezembro, que veio a aprovar<br />
o regime jurídico do sector empresarial local, revogando a<br />
Lei nº 58/98, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Agosto, alargou a possibilida<strong>de</strong> dos<br />
municípios criarem parcerias público-privadas numa óptica<br />
empresarial.<br />
Assim, enten<strong>de</strong>-se por parceria público-privada o contrato<br />
ou a união <strong>de</strong> contratos, por via dos quais entida<strong>de</strong>s privadas<br />
se obrigam, perante um parceiro público, a assegurar o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma activida<strong>de</strong> ten<strong>de</strong>nte à satisfação<br />
<strong>de</strong> uma necessida<strong>de</strong> colectiva, e em que o financiamento e<br />
a responsabilida<strong>de</strong> pelo investimento e/ou pela exploração<br />
incumbem, no todo ou em parte, ao parceiro privado.<br />
Em muitos dos casos já <strong>de</strong>senvolvidos pelas autarquias<br />
portuguesas se conclui que é possível tirar proveito da capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> gestão e eficiência do sector privado, melhorando<br />
a qualida<strong>de</strong> do serviço prestado e gerando poupanças<br />
consi<strong>de</strong>ráveis na utilização <strong>de</strong> recursos públicos. Aliás,<br />
é nesse sentido que aponta o estudo disponibilizado pela<br />
ANMP (Associação Nacional Municípios Portugueses), elaborado<br />
pela Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia do Porto.<br />
Estas parcerias não põem em risco nem comprometem as<br />
disponibilida<strong>de</strong>s financeiras da autarquia para realizar simultaneamente<br />
o restante Plano Plurianual <strong>de</strong> Investimentos,<br />
ajudando a manter um nível <strong>de</strong> controlo relativamente<br />
elevado sobre o <strong>de</strong>senvolvimento da socieda<strong>de</strong>, tendo em<br />
vista a satisfação <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s colectivas que estiveram<br />
na base da sua criação.<br />
Além disso, estas parcerias potenciam investimentos <strong>de</strong><br />
manifesto interesse público que ou não po<strong>de</strong>riam ou dificilmente<br />
seriam executados, tendo em conta diversas razões,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> as restrições orçamentais das finanças públicas,<br />
no caso das autarquias, os apertados limites <strong>de</strong><br />
endividamento.<br />
Informação <strong>Municipal</strong> <strong>96</strong> 5