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Universidade e os múltiplos olhares de si mesma - Sistema de ...

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Por outro lado, con<strong>si</strong><strong>de</strong>ra a “provocação plástica e visual” do Rio <strong>de</strong> Janeiro como um<br />

<strong>de</strong>safio ao arquiteto, como ele próprio <strong>de</strong>screve em seu texto Corolário Bra<strong>si</strong>leiro a respeito<br />

<strong>de</strong> sua conferência no Rio <strong>de</strong> Janeiro em 8 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1929:<br />

(...) então, no Rio <strong>de</strong> Janeiro, cida<strong>de</strong> que parece <strong>de</strong>safiar<br />

radi<strong>os</strong>amente toda colaboração humana com a sua beleza<br />

universalmente proclamada, som<strong>os</strong> p<strong>os</strong>suíd<strong>os</strong> por um <strong>de</strong>sejo violento,<br />

louco talvez, <strong>de</strong> tentar aqui também, uma aventura humana, - o <strong>de</strong>sejo<br />

<strong>de</strong> jogar uma partida a dois, uma partida “afirmação-homem”<br />

contra, ou com “presença-natureza”. (SANTOS, 1987, p.89)<br />

A base para as prop<strong>os</strong>tas <strong>de</strong> Le Corbu<strong>si</strong>er para o Rio <strong>de</strong> Janeiro, em 1936, seguia as<br />

linhas mestres <strong>de</strong> sua “gran<strong>de</strong>za <strong>de</strong> visão” fixadas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua primeira vi<strong>si</strong>ta à cida<strong>de</strong> em seu<br />

projeto <strong>de</strong> urbanização <strong>de</strong>sta capital, agora articuladas a<strong>os</strong> projet<strong>os</strong> da CUB e do Ministério da<br />

Educação e Saú<strong>de</strong> – projet<strong>os</strong> contratad<strong>os</strong> pelo ministro Gustavo Capanema. Desta forma, a<br />

Cida<strong>de</strong> Univer<strong>si</strong>tária foi elaborada segundo este plano maior para a Capital Fe<strong>de</strong>ral que teve<br />

como princípi<strong>os</strong> doutrinári<strong>os</strong> a setorização das funções urbanas principais e a implantação<br />

<strong>de</strong>stes gran<strong>de</strong>s eix<strong>os</strong> <strong>de</strong> circulação viária.<br />

Ao que tudo indica, Le Corbu<strong>si</strong>er não teve restrições ao local <strong>de</strong> impalntação da CUB<br />

pois em nenhum momento tece críticas ou faz sugestões a este respeito. O arquiteto preferiu<br />

valorizar a importância da facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação entre o novo terreno e a cida<strong>de</strong> através<br />

da autopista, que seria criada, e da velha linha férrea que levava a<strong>os</strong> subúrbi<strong>os</strong>. De fato, para<br />

ele a circulação urbana nestes an<strong>os</strong> talvez f<strong>os</strong>se d<strong>os</strong> mais importantes problemas. Sobre seu<br />

diagnóstico do caso do Rio <strong>de</strong> Janeiro, ele escreveria:<br />

(...) O primeiro trabalho foi, portanto, <strong>de</strong> encontrar uma solução<br />

impecável, ao intenso tráfego <strong>de</strong> trân<strong>si</strong>to, <strong>de</strong>pois a articulação da<br />

própria circulação da cida<strong>de</strong> univer<strong>si</strong>tária: trens <strong>de</strong> subúrbio, ônibus,<br />

automóveis. Uma vasta plataforma <strong>de</strong> distribuição, trama viária<br />

(aut<strong>os</strong> e pe<strong>de</strong>stres) <strong>de</strong> distribuição geral da cida<strong>de</strong>. (CORBUSIER,<br />

1979, p.42)

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