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Metodologia de Trabalho com Famílias e Comunidades nos ...

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riamente se tornar um “grupo <strong>de</strong> produção”. Po<strong>de</strong> fazer um passeio<br />

sem que necessariamente se torne uma “oficina <strong>de</strong> convivência”.<br />

A Oficina <strong>de</strong> reflexão tem sua fundamentação teórica no Grupo<br />

Operativo, a partir da <strong>Metodologia</strong> <strong>de</strong> Oficinas <strong>de</strong> reflexão (Afonso,<br />

2000 e 2002) que articulam três dimensões: (1) psicossocial<br />

(valores, crenças, representações e interações na vida cotidiana);<br />

(2) clínica (significados <strong>de</strong>ssas relações e sua implicação emocional<br />

para cada sujeito envolvido em sua subjetivida<strong>de</strong> e intersubjetivida<strong>de</strong>);<br />

e (3) educativa (transmissão, reflexão, apropriação e criação<br />

<strong>de</strong> saberes para a elaboração <strong>de</strong>ssas mesmas relações e práticas<br />

no cotidiano).<br />

O planejamento da Oficina <strong>de</strong> reflexão é sempre um planejamento<br />

flexível, que leva em conta o contexto, o público, a <strong>de</strong>manda<br />

e os recursos disponíveis, em uma seqüência <strong>de</strong> procedimentos:<br />

1. Escolha <strong>de</strong> tema e análise da <strong>de</strong>manda: A Oficina <strong>de</strong> reflexão<br />

<strong>de</strong>ve ser um trabalho aceito pelo grupo e é importante se perguntar<br />

para quem e para quê é realizada. Po<strong>de</strong>mos dizer que analisar uma<br />

<strong>de</strong>manda é interpretar uma necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma situação, e<br />

respon<strong>de</strong>r a ela <strong>com</strong> uma proposta <strong>de</strong> ação. A <strong>de</strong>manda, então,<br />

não é um pedido estático e unilateral, mas resulta <strong>de</strong> uma negociação<br />

entre quem solicita e quem respon<strong>de</strong>, num sentido dialógico,<br />

<strong>de</strong> esclarecimento e construção.<br />

2. Pré-análise do tema, escolha <strong>de</strong> “foco”, “temas-geradores” e<br />

enquadre: A pré-análise inclui o levantamento <strong>de</strong> dados e aspectos<br />

importantes para se abordar a questão principal da Oficina. É um<br />

momento <strong>de</strong> diagnóstico, que vai <strong>de</strong>limitar um foco e, a partir <strong>de</strong>le,<br />

“temas-geradores”, que serão abordados em um planejamento flexível.<br />

Os temas-geradores, a exemplo das palavras-geradoras <strong>de</strong><br />

Paulo Freire, são aqueles que mobilizam o grupo porque se relacionam<br />

à sua experiência e interesses.<br />

Como a Oficina <strong>de</strong> reflexão é usualmente realizada <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

condições sócio-institucionais dadas, é preciso <strong>de</strong>finir também o<br />

seu “enquadre”, isto é, número e tipo <strong>de</strong> participantes, local, recursos,<br />

número <strong>de</strong> encontros e outros <strong>de</strong>talhes para organizar o trabalho.<br />

Vale lembrar que o trabalho po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> um só dia, semanal,

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