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MENOS CARBOIDRATOS PARA OS<br />
TREINOS DOS MARATONISTAS<br />
Os benefícios dos carboidratos, biomoléculas constituídas<br />
principalmente por carbono, hidrogênio e<br />
oxigénio, nos desportos de resistência são bastante<br />
conhecidos. Vários estudos nos últimos 50 anos<br />
sugerem a relevância destas biomoléculas para a performance em<br />
modalidades em que é exigido uma conduta física de longa duração,<br />
como a corrida e mais precisamente a maratona. Os atletas<br />
e treinadores bem conhec<strong>ed</strong>ores desta realidade preparam uma<br />
dieta rica em alimentos e suplementos alimentares ricos em carboidratos,<br />
tanto para as competições quer para os treinos.<br />
No entanto, recentemente vem aparecendo e ganhando força uma<br />
nova abordagem à dieta dos maratonistas durante o treino que os<br />
priva de enjerir carboidratos. Este novo processo parte da ideia,<br />
que ensinando o corpo a exercitar-se sem carboidratos, ganhará<br />
uma maior eficiência nos dias de prova, altura em que o organismo<br />
será “inundado” de dessas biomoléculas. Steve Magness, autor<br />
de A Ciência da duração e docente e treinador na Universidade<br />
de Houston replica: “No treino, parte do que estamos fazemos,<br />
é obrigar o nosso corpo a consumir o combustível até aos níveis<br />
máximos, para ser mais eficiente quando o corpo estiver de facto<br />
cheio de combustível”.<br />
A grande desvantagem e principal dificuldade na implementação<br />
deste método é a extrema exigência mental e física exigida aos<br />
atletas para que resulte em pleno. No entanto, vários treinadores<br />
e especialistas negam essas dificuldades, afirmando simplesmente<br />
que a maratona é uma especialidade desportiva exigente, assim<br />
como o seu treino, e a nova dieta podem facilmente ser inserida<br />
no conjunto de boas praticas dos atletas.<br />
Existem dois métodos de treino baseados nesta nova dieta: double<br />
workouts e fast<strong>ed</strong> workouts. O primeiro método processa-se com<br />
um treino duro pela manhã seguido de um almoço com baixo<br />
teor de carboidratos, e, em seguida, um segundo treino, mais fácil,<br />
algumas horas depois. O primeiro treino esvazia os músculos de<br />
carboidratos para que a segunda sessão obrigue o organismo do<br />
atleta a adaptar-se a funcionar sem essa biomoléculas. O segundo<br />
método passa por longas sessões de treino sem que exista anteriormente<br />
sejam consumidos carboidratos, imp<strong>ed</strong>indo o acesso fácil<br />
a “combustível” na corrente sanguínea.<br />
Os resultados práticos da mudança já se fazem sentir, apesar de<br />
existir ainda alguma controvérsia no mundo académico e cientifico<br />
onde as conclusões ainda não são satisfatórias. Em pouco<br />
tempo, será entendível qual a melhor dieta para os maratonistas<br />
para o treino e qual a melhor abordagem.<br />
Ana Matos, especialista em nutrição<br />
contato@desportoeesport.com<br />
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