Desporto&Esport ed. 2 plus
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DOPING:<br />
LEGALIZAÇÃO!<br />
As razões que podem levar o desporto profissional<br />
a adotar politicas mais favoráveis ao doping!<br />
Uma cultura pró-doping, para muitos, é inevitável no futuro do<br />
desporto. E um futuro que não estará tão longe quanto se julga,<br />
dado que a muito breve trecho estaremos a atingir os limites<br />
de performance do corpo humano. Ora vejamos, mesmo com<br />
todo os novos métodos de treino, de nutrição e equipamentos,<br />
os tempos e os recordes dos nossos melhores atletas acontecem<br />
cada vez mais desfasados no tempo e as melhorias acontecem<br />
progressivamente mais lentamente. Estima-se, por exemplo,<br />
que o limite do tempo para os 100 metros é de 9,48 segundos.<br />
Quando esse tempo for atingido e não existir mais a espectativa<br />
de ser quebrado, continuaram os adeptos do atletismo a seguir<br />
esta modalidade tao afincadamente como o têm feito até agora?<br />
Ultrapassar e melhorar a história é um dos pilares do desporto<br />
moderno, quando isso deixar de ser possível, os fãs estarão dispostos<br />
a deixar cair este tão fundamental axioma? A resposta,<br />
ainda que futurista e unicamente baseada na historia passada do<br />
desporto, terá que ser um r<strong>ed</strong>ondo NÂO.<br />
Dentro deste paradigma, temos ainda a questão dos desportos<br />
onde a exigência é superior ao suportado pelo corpo humano, o<br />
ciclismo é paradigmático. O doping faz e sempre fez parte deste<br />
desporto, não vale a pena enganarmo-nos; não é por acaso que<br />
os maiores escândalos de uso de substâncias ilícitas são ciclistas.<br />
Este desporto, por muito que doa a muitos, exige demasiado<br />
dos atletas, e diminuindo drasticamente o potencial de performance<br />
dos seus corpos; a ajuda química vem muitas vezes<br />
permitir unicamente uma melhor recuperação de etapa a etapa.<br />
E, as entidades deste desporto continuam a olhar para o lado,<br />
como se nada fosse, e nada mudam nas regras ou no paradigma<br />
da modalidade para se adaptar à “condição humana” dos<br />
ciclistas. Continua a fazer sentido existir etapas de mais de 200<br />
km em voltas com mais de vinte etapas? Faz sentido passar<br />
por três, quatro e as vezes mais contagens de montanha numa<br />
única etapa? Estar em cima da bicicleta por 5, 6 ou mais horas?<br />
Somando a isso os diminutos tempos de descanso, com as indispensáveis<br />
viagens, insuficientes para segundo as estatísticas,<br />
faz a cada duas etapas o esforço físico de uma maratona? A<br />
questão central: é que é essa a vontade dos adeptos. Eles querem<br />
ver cinco e seis horas de ciclismo. Ele não querem menos,<br />
querem mais. Superar o passado é a frase e um sinonimo que<br />
sem o qual o desporto profissional não sobrevive.<br />
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