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Baixe o livro em pdf (1.926 KB) - Marxists Internet Archive

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centro clandestino de detenção de prisioneiros <strong>em</strong> centros de m<strong>em</strong>ória.<br />

Não tocamos nesses lugares, nos rastros que ficaram dos prisioneiros,<br />

mas os transformamos <strong>em</strong> locais de registro do que lá se passou, para<br />

contar a verdadeira história. Por isso m<strong>em</strong>ória. Já nos acostumamos com<br />

que nos digam: “Basta, senhora! Isso é passado, olh<strong>em</strong>os para o futuro,<br />

o que passou, passou. Deixe a criança onde está, porque estará b<strong>em</strong>”.<br />

Conselhos malvados: ninguém pode começar a viver hoje<br />

e esquecer o ont<strong>em</strong>, o que se passou. T<strong>em</strong>os a história incorporada<br />

<strong>em</strong> cada um de nós. A m<strong>em</strong>ória constrói caminhos com segurança<br />

d<strong>em</strong>ocrática. A justiça foi melhorada, durante muitos anos: seguimos<br />

com os julgamentos, nos moldes de um governo constitucional, que<br />

acabou com as leis de impunidade e indultos. Até pouco t<strong>em</strong>po atrás,<br />

tínhamos que conviver, caminhando pelas ruas, com os assassinos de<br />

nossos filhos; esqueciam-se, também, dos filhos dos prisioneiros, que há<br />

quinze anos fundaram uma organização de direitos humanos, chamada<br />

HIJOS, que nasceu para lutar e buscar seus pais.<br />

As leis de impunidade e os indultos caíram durante o governo<br />

do presidente Kirchner, e hoje t<strong>em</strong>os justiça plena. Julgamentos orais e<br />

públicos ocorr<strong>em</strong> <strong>em</strong> muitas províncias da Argentina, começando pelos<br />

responsáveis maiores, os da Federação, mas s<strong>em</strong> esquecer que vamos levar<br />

a julgamento, também, os civis que venderam o país, aqueles que, com<br />

um plano econômico, entregaram nossos bens e nos <strong>em</strong>pobreceram. Por<br />

isso, a Argentina, país tão rico, é pobre. Em um país que pode alimentar<br />

o mundo há crianças que morr<strong>em</strong> por falta de comida.<br />

Como quer<strong>em</strong> “apagar” o passado, se não se “apagaram”?<br />

São os piores, porque põ<strong>em</strong> pedras no caminho d<strong>em</strong>ocrático. Porém,<br />

felizmente, há um povo de pé, um povo que nunca baixou os braços.<br />

E agora t<strong>em</strong>os a grande alegria, a maior nesta última etapa de<br />

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