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Edição integral - Adusp

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Abril 2007O Ministério Público Federalfundações, Airton Grazzioli. Aomesmo tempo, apesar de admitirque o “tamanho da dívida já seriasuficiente para a Zerbini precisarde intervenção”, Grazziolialegou que não pode intervir, poiso caso envolve pacientes do SUS(O Estado de S. Paulo, 9/11/06).Atualmente, 50% do orçamentodo InCor provêm de repasses dogoverno estadual, 25% de recursosdo SUS e 25% correspondema receitas geradas por convênioscom planos médicos e por pacientesparticulares.A situação da FZ agravou-se,entre 2001 e 2006, pela abertura denovas “unidades de negócios” e envolvimentoem programas sem relaçãocom o InCor, como a “AgênciaZerbini de Desenvolvimento Social”,quando a entidade já se encontravaprofundamente endividada(Revista <strong>Adusp</strong> 36, p. 93).Maria Sylvia Zanella di Pietro,professora titular aposentadade Direito Administrativoda Faculdade de Direitoda USP, considera que aFZ não escapa de ter deresponder pela crise, masacredita que o governoestadual também tem dese pronunciar sobre o fatode ter deixado a situaçãose agravar tanto: “Orecomendou que o InCor cumpra aregra constitucional que não permiteo atendimento preferencial a pacientesde planos de saúde e particulares,passando a utilizar fila única deinternações e cirurgiasEstado permite a presençada fundação porque defendea eficiência na administraçãovia entidade privada,mas o dinheiro conseguido como SUS, atendimentos particularese de convênios é usado principalmentepara complementar saláriosde funcionários da fundação, ouseja, deles mesmos”, afirma ela.Maria Sylvia vê essa prática comouma forma clara de enriquecimentoàs custas do dinheiro público.Ela lembra que, apesar de aRevista <strong>Adusp</strong>Verba do SUS poO professor David Uip, novo“homem forte” do InCor e da FundaçãoZerbini, concedeu uma entrevistaà Revista <strong>Adusp</strong> em novembrode 2006, no pico da crise de caixa daentidade privada. Na ocasião, Uipadmitiu a hipótese de utilização deverbas do SUS em transações anteriores:“Não sabemos se o dinheirousado nas transações da Zerbinitambém era dinheiro público”.Revista <strong>Adusp</strong> - O HC assumiuo contrato de 908 funcionários daFZ sem concurso público?David Uip - Foram feitos diversosconcursos públicos. Comenormes dificuldades, mas foramfeitos. Houve até problemas, poisalgumas pessoas não passaram etiveram de ser dispensadas.Revista <strong>Adusp</strong> - O HC ainda vaiincorporar o pagamento de mais700 funcionários da fundação?David Uip - Isso não está definido,mas queremos que ocorraRevista <strong>Adusp</strong> - O senhor nãoacha que está havendo uma esta-fundação administrar um patrimôniopúblico, também presta serviçosremunerados “Então ela temum patrimônio”, diz. Efetivamente,uma das revelações que a crisepropiciou foi o fato de que a FZ86

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