PORTO sempre020. em focoReabilitação da Baixa – um processo em cursoO recurso a investi<strong>do</strong>res priva<strong>do</strong>s tem poupa<strong>do</strong> dinheiros públicos e anima<strong>do</strong>investimentosApesar da sua complexidade,a reabilitação da Baixa é,hoje, sob a batuta da <strong>Porto</strong>Vivo, SRU, uma realidadeimparável. Constitui, aliás,o principal e o mais longocapítulo da “revolução” emcurso em termos <strong>do</strong> volumede investimentos efectua<strong>do</strong>sno <strong>Porto</strong>. Ao abrigo deparcerias público-privadasfoi já possível caminhar nosenti<strong>do</strong> da requalificação dediversos equipamentosemblemáticos da cidade, ouna criação de outros, comopor exemplo o Sea LifeCenter, Merca<strong>do</strong> FerreiraBorges, Palácio de Cristal,Bolhão, Pousada <strong>do</strong> Freixosão alguns <strong>do</strong>s frutos dessalinha estratégica delineadapelo actual Executivo. Umaorientação que, <strong>do</strong> ponto devista económico, representa,de resto, uma duplapoupança para a autarquia,que, para além de nãorecorrer a capitais públicos, ainda recebeuma renda pela concessão <strong>do</strong> espaço, emvez de pagar os prejuízos de uma exploraçãoque, normalmente, o sector público semostra incapaz de realizar com rigor eeficácia.A conclusão, ainda este ano, da reabilitação<strong>do</strong> quarteirão de Carlos Alberto será aprimeira amostra, palpável e concreta, dadimensão de um processo inicia<strong>do</strong> em 2005e que hoje adquiriu já uma dinâmica própriaao nível da sua intervenção regenera<strong>do</strong>rana Baixa. O coração <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> palpita erenova-se…Quarteirão de Carlos Albertoquase prontoCarlos Alberto é o primeiro <strong>do</strong>scinco quarteirões-plioto(Car<strong>do</strong>sas, D. João I, TrindadeCoelho e Cais das Pedras) a ficartotalmente reabilita<strong>do</strong>.Foi o primeiro a ter o respectivoDocumento Estratégicoaprova<strong>do</strong>, pelo que a suaintervenção teve início em 2007.Dispõe de 24 prédios com acor<strong>do</strong>de reabilitação firma<strong>do</strong> com a<strong>Porto</strong> Vivo, SRU, sete <strong>do</strong>s quaisestão a ser intervenciona<strong>do</strong>sdirectamente pela Sociedade deReabilitação Urbana em parceriacom a Edifer, ao abrigo de umacor<strong>do</strong> protocolar celebra<strong>do</strong> emSetembro de 2006.O “Pátio Luso” – assim se chamaesse empreendimento – deveráestar em condições de serhabita<strong>do</strong> no próximo Verão.A reabilitação <strong>do</strong>s restantesprédios é da responsabilidade<strong>do</strong>s respectivos proprietários,sob o impulso e supervisão da<strong>Porto</strong> Vivo.
. em focoPORTO sempre021Reabilitação urbana – um processo difícil e burocraticamente complexoO gigantismo da tarefa em causa não se compadece com imediatismos, nem com calendários eleitorais. No caso<strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, trata-se de um projecto estratégico, porventura geracional, que, segun<strong>do</strong> os seus responsáveis, temencontra<strong>do</strong> nos procedimentos jurídico-administrativos relativos aos processos de expropriação uma das suas maioresdificuldades, decorrentes da excessiva divisão patrimonial <strong>do</strong>s edfícios.Por outro la<strong>do</strong>, a situação criada no merca<strong>do</strong> da habitação por uma legislação pouco apetecível tem dissemina<strong>do</strong>um conjunto cada vez mais vasto de proprietários descapitaliza<strong>do</strong>s e empobreci<strong>do</strong>s, o que dificulta em muito –para não dizer que, pura e simplesmente, impossibilita – a recuperação e reabilitação atempada <strong>do</strong>s imóveis, emparticular nos grandes centros urbanos.Finalmente, as dificuldades encontradas no processo de realojamento temporário <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res – sem o qual nãoé possível efectuar obra – constituem outro <strong>do</strong>s obstáculos aponta<strong>do</strong>s.“Pátio Luso” já comercializou mais de metade<strong>do</strong>s apartamentosEmbora ainda em fase finalde acabamentos, oempreendimento “Pátio Luso”já dispõe de compra<strong>do</strong>res paramais de metade <strong>do</strong>sapartamentos (equivalente a12 fracções), o que atesta aaceitação e a procura dehabitação de qualidade emplena Baixa portuense.Estão ainda disponíveis trêsT2, um <strong>do</strong>s quais em formatotriplex, três T1, <strong>do</strong>is <strong>do</strong>s quaisDuplex, e um T0, para alémde quatro espaços destina<strong>do</strong>sa escritórios e trêsestabelecimentos comerciais,entre os quais o célebre CaféLuso.A Edifer Imobiliária prevêatingir 90% das vendas atéMaio próximo.