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18 alcooldutos - Canal : O jornal da bioenergia

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LOGÍSTICAAlcooldutos à vistaMaior parte <strong>da</strong> produção de etanolain<strong>da</strong> é transporta<strong>da</strong> emcaminhões-tanqueMaiara DouradoRecessões e crises à parte, empresas delogística, algumas cria<strong>da</strong>s pelas própriasusinas, enxergam no setor sucroenergéticoboas oportuni<strong>da</strong>des de absorveras deman<strong>da</strong>s de transporte do etanol.Para isso elas projetam a construção de dutoscomo forma alternativa, rápi<strong>da</strong> e eficiente paraotimização do serviço de escoamento do combustível.A introdução desse mo<strong>da</strong>l pode vir arepresentar a possibili<strong>da</strong>de de ampliação <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>decompetitiva e de sustentabili<strong>da</strong>de doetanol fora do País.De acordo com a pesquisadora do Centro deCiência de Tecnologia do Bioetanol (CTBE), MirnaIvonne Gaya Scantidiffio, cerca de 90% dotransporte de etanol, atualmente, é feito porcaminhões-tanque. O sistema rodoviário é escolhidocomo principal via de escoamento nãopela sua eficiência, mas por falta de alternativascapazes de realizar o transbordo do etanolpor ferrovia ou hidrovia.O alcoolduto, sem dúvi<strong>da</strong>, é a melhor opçãopara o transporte do etanol. "Tanto do ponto devista econômico, como ambiental", completaMirna. No entanto, o setor pode vir a enfrentaralguns desafios. "Para viabilizar o custo <strong>da</strong> construçãode dutos dedicados ao transporte de etanol,é necessário garantir um volume mínimo deescoamento do combustível renovável, seja paraos pontos de distribuição no mercado interno oupara exportação", explica a pesquisadora.Atualmente, o transporte de etanol atravésde dutos no País é praticamente insignificante.Segundo estatísticas do Centro de Gestão e EstudosEstratégicos (CGEE), o número não chegaa 2%. Porém, em 1981, no auge do Proálcool, otransporte rodoviário representava apenas 37%do transporte de álcool e as dutovias, 13%. "Ainfra-estrutura atual do País para o escoamentode etanol não apresenta grandes mu<strong>da</strong>nçasquando compara<strong>da</strong> à <strong>da</strong> época <strong>da</strong> criação doProálcool, na déca<strong>da</strong> de setenta, embora o Programativesse como objetivo o abastecimentodo mercado interno", relata Mirna.O cenário, no entanto, está mu<strong>da</strong>ndo. Éperceptível o interesse de empresas de logísticae infra-estrutura no investimento de dutoviáriosexclusivos para álcool. Por essemotivo, a reportagem do CANAL escolheu ostrês projetos de <strong>alcooldutos</strong> que estão emmaior evidência no País, a fim de levantar osavanços e as dificul<strong>da</strong>des encontra<strong>da</strong>s pelasoperadoras para implantação dos projetos.São elas a Centro-Sul/Brenco, Uniduto eTranspetro/Petrobrás. Para isso, conversamoscom diretores <strong>da</strong>s empresas em questão nointuito de buscar informações sobre o an<strong>da</strong>mentodos projetos. Somente a Petrobrásnão forneceu informações quanto ao an<strong>da</strong>mentode seu projeto.UNIDUTOEm março desse ano, a recém-cria<strong>da</strong> Uniduto,empresa de logística volta<strong>da</strong> para o escoamentode etanol, anunciou a primeira fase de seu projeto,que irá contemplar a região paulista, ligandoSertãozinho (interior de São Paulo) ao Portode Santos. O projeto ain<strong>da</strong> prevê uma segun<strong>da</strong>fase, na qual serão construídos pontos coletoresno Estado de Goiás, na região de Itumbiara, e emMinas Gerais, na região de Uberlândia.A etapa que liga Sertãozinho ao Porto deSantos conta com uma rede de dutos de 6<strong>18</strong>km. De Itumbiara até Sertãozinho, a rede chegaa 400 km, ou seja, mais de mil quilômetros ligandoo centro do País ao litoral. Na primeiraetapa, estão previstos três pontos coletores,localizados em Juqueritiba, Conchas e Sertãozinho,todos no interior de São Paulo. Há,ain<strong>da</strong>, duas bases de distribuição, uma em Paulíniae a outra em local ain<strong>da</strong> não definido, mascom grandes chances de ser na região metropolitanade São Paulo.O projeto vai muito além <strong>da</strong> construção doduto para escoamento de etanol, isso porque aUniduto pretende sanar outro grande problemalogístico do setor, o portuário. Para isso,consta em seu projeto a construção de um portopróprio, em Guarujá (SP).De acordo com o presidente <strong>da</strong> Uniduto,Sérgio van Klaveren, já foi compra<strong>da</strong> a área parao início <strong>da</strong>s obras do porto, em 2010. O investimento<strong>da</strong> fase paulista do projeto deve chegara R$1,8 bilhão. O projeto segue em fase de licenciamentoambiental, de engenharia básica ede levantamento de recursos financeiros. "Começamoso licenciamento em setembro de 2008e a perspectiva é de ter as licenças a partir do finaldesse ano ou início de 2010", relata Sérgio.As extensões de Goiás e Minas Gerais ain<strong>da</strong> estãosem previsão de início, pois dependem deestudos de viabili<strong>da</strong>de e produção.<strong>18</strong> CANAL, Jornal <strong>da</strong> Bioenergia - MAIO 2009

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