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Poesia Estrangeira - Academia Brasileira de Letras

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Tradução <strong>de</strong> Ronaldo Costa Fernan<strong>de</strong>sVêm, voltam, voltaram,tomaram a cida<strong>de</strong>.Trazem uma venda <strong>de</strong> neve entre suas asas,trazem uma mensagem <strong>de</strong> guerra entre o sal,trazem um naufrágio cinza atado a seus cotos.Farmácia <strong>de</strong> plantãoIA bicicleta do meu paidobra a esquina da cida<strong>de</strong>.Já não são os trigais, já não sãoas cabras, nem os bezerros, nem a ruminação,todos já reunidos não apenas na memória.Dobra a esquina da avenidae segue seu caminho entre poucos carros.Remédios, unguentos, vendasjuntam a conversa que duvida e tremeentre os raios <strong>de</strong>ste oxidado relógio.Pai corre, pai pedala <strong>de</strong>pressae acredita que <strong>de</strong>vido a seu pouco pesoe à velocida<strong>de</strong>as distâncias se ren<strong>de</strong>m a seus passos:a distância da vida,a distância do <strong>de</strong>sejo,a distância branca da morte.Corre e teme pai pelas ruas da cida<strong>de</strong>.308

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