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Semanário Angolense 369 edição (sem password)

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Sábado, 08 de Maio de 2010. 23Edição AngolAAirbus quer agora acelerar o crescimento, mas com cautelaDaniel MichaelsThe Wall Street JournalAgora que acaba de enfrentar amaior crise da indústria da aviaçãoem anos, o diretor-presidenteda Airbus, Tom Enders, se deparacom a difícil tarefa de estimular ocrescimento e, ao mesmo tempo,assegurar que a empresa não seacelere demais.Embora muitas companhiasaéreas no mundo todo ainda enfrentemdificuldades financeiras,a demanda por jatos está robusta.Algumas aéreas querem se prepararpara a retomada do tráfego.Outras querem cortar custos,substituindo os beberrões de combustívelpor modelos mais econômicos.Tanto a Airbus quanto a rivalamericana Boeing Co. anunciaramrecentemente planos de elevara produção dos modelos popularesde apenas um corredor.Nas duas empresas, os executivosdizem também que estão considerandooutros aumentos. Alémdisso, Airbus e Boeing já se mexempara começar ou expandir aprodução de grandes aviões quetiveram problemas no processo dedesenvolvimento.Mas existe uma linha tênue entreaproveitar uma oportunidadee dar um passo maior que a perna,disse Enders recentemente aoWall Street Journal. Entre o momentoem que a Airbus, unidadeda European Aeronautic Defence& Space Co., começa a produçãode um avião e o momento do pagamento,muitos meses depois,podem surgir incertezas em relaçãoà capacidade do cliente defazer o de<strong>sem</strong>bolso. Cada pequenamudança na produção é umaaposta milionária.“É muito importante que nãonos tornemos gananciosos”, disseEnders.O aumento da produção requerrecursos administrativos que jáestão no limite, dizem executivosda Airbus. Alguns banqueiros quefinanciam a produção de aviõesquestionam a decisão de elevar aBLOOMBERG NEWSTom Enders, o diretor-presidente da Airbus: “É muito importante que não nos tornemos gananciosos”produção num momento em queas aéreas ainda dependem de financiamentopara cobrir os trêsanos de aumento dos preços doscombustíveis e queda na demanda.A aceleração da produçãotambém pode pôr pressão sobreos fornecedores, que já estão apertadosfinanceiramente por contade atrasos na produção do superjumboA380, da Airbus, e do 787Dreamliner, da Boeing. Os doisimportantes projetos, assim comooutros menos relevantes, estãoatrasados vários anos em relaçãoao plano original. Enders e o presidenteda Boeing, Jim McNerney,já admitiram que suas empresasforam ambiciosas demais nos últimosanos.Os novos planos já levam emconta lições aprendidas com osproblemas recentes, disse Enders.“É de se imaginar que aprendemosalgo com os erros do passado.”Enders também está atento àBoeing. Jim Albaugh, diretor dadivisão de aviões comerciais daBoeing, disse aos investidores, na<strong>sem</strong>ana passada, que está bastanteseguro de que irá alcançar a Airbu<strong>sem</strong> volume de entregas de aviõe<strong>sem</strong> 2011 ou, certamente, em2012.Enders assumiu o comando daAirbus em 2007, quando a empresaestava se recuperando deanos de turbulências na diretoria,agravadas pelos altos gastose constrangimentos causados porproblemas na produção do A380,de dois andares. O executivo alemão,um ex-paraquedista militarde 51 anos que tinha sido um dosdiretores-presidentes da EADS,alertou os funcionários da Airbusde que eles ainda teriam um trabalhoduro pela frente para colocaro superjumbo nos eixos.“Meu pessoal me criticou e disseque eu estava sendo muito pessimista”,relembrou Enders, sentadono superjumbo entregue na<strong>sem</strong>ana passada à alemã DeutscheLufthansa AG.Os diretores da Airbus dizemque os problemas na produçãodo maior jato de passageiros domundo estão sendo superados eque os pedidos devem crescer esteano. Ainda assim, o projeto vaidemorar vários anos para se tornarlucrativo, dizem executivosda EADS. Em 2006, a meta era deque o A380 se tornasse rentávelem 2010.No começo do mês, a EADSanunciou queda de 39% no lucrolíquido do primeiro trimestre,em relação ao mesmo período de2009, para 103 milhões de euros(US$ 129,5 milhões), com aumentode 6% no faturamento, para8,95 bilhões de euros. Os custosassociados ao A380 e a deterioraçãodas posições de hedge cambialforam citados como as principaisrazões da queda. A empresa reafirmoua projeção de um lucrooperacional anual de cerca de 1 bilhãode euros, já levando em contaum prejuízo de 1 bilhão de euroscom as operações de hedge.Há três anos, quando os pedidosde jatos estavam aumentandoe as perdas com o superjumbo,escalando, a Airbus investiu navenda de modelos mais antigosque estavam saindo da linha deprodução. Mas, ao invés de correrpara atender aos pedidos — comoBoeing e Airbus tinham feito emoutros momentos de retomada —,Enders pediu que fosse colocadoum freio.A Airbus aumentou a produçãode aviões gradualmente e ovolume de pedidos não atendidoschegou a um recorde, equivalentea mais de seis anos de produção.A Boeing seguiu uma estratégia<strong>sem</strong>elhante.Para dar uma margem de segurança,as duas fizeram overbookingde seus aviões — acreditandoque parte da demandainicial desapareceria. No ano passado,a Airbus fez malabarismoscom centenas de pedidos para garantirque todos os aviões que estives<strong>sem</strong>sendo fabricados fos<strong>sem</strong>para um cliente com condições depagar.Agora, a Airbus busca um crescimentomais vigoroso, que podeser ajudado pela recuperação dosfinanciamentos no mercado deaviação.(Colaborou Peter Sanders)

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