12.07.2015 Views

Semanário Angolense 369 edição (sem password)

Semanário Angolense 369 edição (sem password)

Semanário Angolense 369 edição (sem password)

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Sábado, 29 de Maio de 2010. 35SociedadeMiqueias Moche, chefe da Impressão e EncadernaçãoApontamento«A situação melhorou»Depois de muitos «bailes»,por não estar autorizadoa falar à imprensa,Miqueias JunqueiraMoche, funcionário da empresahá sete anos, na qual ocupa a funçãode chefe de Impressão e Encadernação,disse que por aquilo quese viveu com a antiga direcção, aactual, em seis meses, mostrouque muito em breve o futuro seráseguramente melhor.Miqueias Moche esclareceu quechegou à Imprensa Nacional emFevereiro de 2003, após ter concorridonuma selecção altamenterigorosa em que se saiu bem, tendoido parar à área de impressão.Em 2008, ainda na era José Gomes,foi promovido para chefe dosector de impressão e encadernação,algo que diz ter conseguidopor mérito próprio. Após a promoçãonão viu o seu salário reajustadoem função do posto quepassou a ocupar, mas nunca baixouos braços.«É importante que se diga averdade, e eu sou uma das pessoasque não vejo comparação possívelentre a antiga e a nova direcção.Vejamos: na antiga direcção haviamuita desigualdade na tabelasalarial, os chefes de sectores ede áreas não tinham privilégios,nem regalias de acordo com a função;os diários eram publicadoscom atraso de seis meses e haviamuita reclamação dos clientes.Actualmente, a tabela salarial foinivelada, cada um tem um saláriode acordo com a sua função,já não existem técnicos médiosprincipais com salários diferentes,nem chefes de sectores. O cartãodo Jumbo que era restrito a umgrupo, hoje todos nós temos <strong>sem</strong>qualquer excepção», referiu.«Em resumo, posso dizer que anova direcção, depois de ter assumidoas suas funções, criou condiçõesde trabalho, equipou todasas áreas, melhorou os salários dostrabalhadores, eliminou as desigualdadesque existiam na tabelasalarial, o que para mim é o maisimportante», adiantou.No que se refere a alegada falênciatécnica, Miqueias Mocheassegurou que não existe esse problema,apesar de ter admitido que,numa empresa como a ImprensaNacional, é normal que haja umafalha aqui ou acolá. «Neste momentotenho todos os equipamentosa funcionar, com excepção deum que requer manutenção. Temhavido, de facto, ruptura de stocks,porque o desalfandegamentode mercadorias no país ainda temas dificuldades que conhecemos,mas isso só se verifica porque hámuita produção de matéria legislativaresultante da nova Constituição»,assegurou.■Esperara hora certaApropósito do assunto que hoje trazemos à liça, deu pararecordar o episódio ocorrido com um dos mais brilhantescérebros da Inglaterra, Winston Churchill: quandoainda jovem, e após haver pronunciado o seu primeirodiscurso na Câmara dos Comuns, um velho colocou-lhe as mãossobre os ombros e murmurou: «Meu jovem, você cometeu um graveerro: fostes demasiado brilhante neste seu primeiro discurso. Istoé imperdoável! Devias ter evitado mostrar toda esta sapiência. Seriapreferível gaguejar um pouco e ficar um pouco mais à sombra.Com o que acabastes de demonstrar, terás conquistado, seguramente,umas dezenas de inimigos. O talento assusta, rematou o velhosábio».De facto, em algumas áreas, a competência ainda é combatida ea mediocridade continua a reinar, <strong>sem</strong> que alguém ponha travão aesta «pandemia» que grassa o país.Não sendo, porém, tão fácil desalojar os medíocres que se enraízamou se enraizaram em lugares chaves – eles geralmente sabemdefender as suas posições com destreza, formando muralhasintransponíveis para os mais capazes e talentosos -, os inábeis sãogeralmente fortes em ocupar os vazios que gente competente e demaior experiência não os ocupa. E não os ocupa, se calhar, por faltade «prática» nestas andanças por corredores de compra de simpatiase tachos. Em geral, os capazes descansam confiantes de que osconhecimentos e sabedoria que possuem são suficientes para a promoção.É este espaço vazio que os medíocres geralmente assaltam elá ficam anos a fio, agarrados à custa de subornos e bajulações, tudofazendo para «queimarem» depois os mais competentes.O caso da Imprensa Nacional poderá ser um paradigma a referenciar.Ficou claro, que em anos seguidos, um gestor não foi capazde realizar o que outro realizou em escassos meses do mandato.As mudanças que agora ocorrem poderão trazer ao de cima outrospontos fracos da antiga gestão de José Gomes. Será que haverá genteapostada em criar um clima de insatisfação no seio dos trabalhadorespara impedir a progressão das medidas que a nova direcçãopretende levar a cabo?A ver vamos nos próximos tempos. Não nos devemos deixar levarpor denúncias que focalizem apenas aspectos do balanço social,como factor de ponderação único para a avaliação que se pretende.O que preocupa é saber da diferença entre os resultados económicosde desenvolvimento da própria instituição no seu todo, e não apenaspela diferença de viaturas ou salários, que, como se conhece naciência da gestão, em pouco ou nada concorrerão para o estímulo àprodução e para o aumento da produtividade, se não forem promovidasacções de formação séria, de introdução de tecnologias maisavançadas de organização de um sector de logística eficiente.Enfim, não se deve aceitar que os mais lúcidos continuem a serrepudiados pelos medíocres, nem que sejam pervertidas as regrasda promoção e despromoção, transformando-se a inteligência e otalento dos cidadãos numa espécie de desvantagem perante o país.Clarifiquemos as situações, para que, também noutras paragens,trabalhadores descontentes ou sindicalistas aliciados nãoactuem impunes, como verdadeiros predadores da inteligênciaalheia, a coberto de falsas acusações e calúnias infundadas. Épreciso não pactuar com o preço baixo e traiçoeiro da falsidadepara a reconquista fraudulenta de benesses perdidas, em detrimentoda mudança para melhor. Por isso, colocamos hoje umponto final ao caso, para darmos tempo ao tempo, e permitir-nosentão uma futura avaliação mais justa, na hora certa. Temos dito.■Rui Albino

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!