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Semanário Angolense 369 edição (sem password)

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Sábado, 08 de Maio de 2010. 25The Wall Street Journalde US$ 50 milhões na Copa doMundo de 2006, na Alemanha.A Budweiser planeja realizarvárias promoções ligadas àCopa, como um “reality show”na internet chamado de “BudHouse”, em que um torcedorde cada um dos 32 países quese classificaram viajará paraa Cidade do Cabo, onde ficaráhospedado com os outros numacasa enquanto seu país continuarno torneio. A cervejariatambém vai veicular anúnciospara incentivar os torcedores aescolher pela internet o melhorjogador de cada partida, em vezde confiar apenas na decisão daFifa.A aposta da Budweiser é queseus esforços vão atrair atençãoem mercados importantesonde o futebol é cada vez maispopular. Pelo menos 130.000ingressos para os jogos da Copaforam vendidos até agora nosEUA, mais do em qualquer outropaís além da África do Sul. O objetivo,diz Van der Noll, é aproximaros torcedores da Budweiser.“Cerveja e futebol combinammuito bem”, diz ele.Nos mercados em que a Budweisernão tem muita presençaou outra marca da cervejaria éque é mais ligada ao futebol, aAB InBev montou campanhascentradas na Copa do Mundopara promover cervejas como aBrahma, no Brasil, a Harbin, naChina, e a Hasseröder, na Alemanha.Nos países em que muitaspessoas devem assistir ao torneiopela televisão, a BernsteinResearch, de Londres, calculaque o volume total de vendas decerveja vai subir 1% em junho ejulho. Embora o patrocínio oficialdê exclusividade à Budweisernos nove estádios das partidasda Copa, para se concentrarno marketing mundial, a cervejariaabriu mão das vendas emoutros lugares cobiçados, comoas dez áreas para torcedores queserão criadas nas cidades quehospedarem times. A empresaterá de importar cerveja só parasuprir os estádios.Muitos supermercados e baressul-africanos também nãovenderão a Budweiser. SobantuZuba, gerente da luxuosa tavernaSediba, em Soweto, diz quepode comprar algumas Budweiserpara a Copa do Mundo, “casoalguns turistas entrem aqui pedindo”.Enquanto isso, a SABMiller seprepara para encher o copo dostorcedores sul-africanos, mesmoque tenha de fazer isso anonimanenteàs vezes. Sem o direitode patrocinar diretamentea Copa do Mundo, a Castle Lagernão pode ser vendidas nas áreasde torcedores com seu próprionome, mas apenas em latas vermelhasestampadas com “Áfricado Sul”.Steve Stecklow,Spencer Swartze Margaret CokerThe Wall Street Journal, de Fujairah,Emirados Árabes UnidosComércio de petróleo como Irã prospera, discretamenteCampo de Azadegan, no Irã: petrolíferas evitam divulgar negócios com o paísUm petroleiro chamado FrontPage, contratado pela Royal DutchShell PLC, deixou este porto em 17de março e informou que seguiriapara outro porto dos EmiradosÁrabes, e daí para a Arábia Saudita,mostram registros da rota donavio.Mas os registros também revelamque o Front Page fez uma paradanão declarada — na costa do Irã.Lá, foi carregado com petróleo iraniano,segundo registros obtidospor traders e pessoas da marinhamercante.O incidente, dizem alguns especialistasna indústria petrolífera, éum exemplo de como certas empresasestão ocultando seus negócioscom o Irã, mesmo quando perfeitamentelegais porque não estão sujeitosa sanções.Outro petroleiro que parou noIrã em março, que traders dizemter sido contratado pela Total SA,da França, desligou seu transmissorde localização durante a visita,segundo registros sobre a rota donavio.Porta-vozes da Shell e da Totalnão quiseram comentar.Nenhuma das atuais propostasde sanções que circulam na ONUe nos Estados Unidos — inclusiveas mais recentes, acordadas esta<strong>sem</strong>ana por EUA, Rússia e China —afetaria as exportações iranianasde petróleo, que geram cerca demetade da receita do governo. Fazerisso, dizem especialistas, provavelmenteaumentaria a cotaçãomundial da commodity.Autoridades americanas tambémtemem que sancionar as exportaçõesiranianas prejudicaria aeconomia de países aliados que sofreramcom a recessão, como o Japão,que importou 421.000 barrisdiários de petróleo iraniano anopassado, pouco menos que a Chinae a Índia.O resultado é que empresascomo a Shell e a BP PLC continuamfaturando com as exportações iranianasde petróleo. A BP não quiscomentar.“Todo mundo compra dos iranianos— governos, Estados, outra<strong>sem</strong>presas”, diz Mark Ware, portavozda Vitol Group, uma tradingque continua a comercializar petróleoiraniano e é uma das pouca<strong>sem</strong>presas dispostas a falar sobre oassunto. “Não há lei que proíba.”Mesmo assim, devido a toda apolêmica sobre o programa nucleariraniano, muitas empresas senegam a discutir suas compras depetróleo do país.Empresas como a Shell e a BP jáanunciaram que pararam de vendergasolina ao Irã.Mas raramente mencionam quecontinuam a comprar petróleo ederivados iranianos, um negócioque normalmente é muito maior emais lucrativo que a venda de gasolina.O Irã importa cerca de 100.000barris de gasolina por dia. O paísexporta atualmente cerca de 2milhões de barris de petróleo pordia — ante cerca de 2,6 milhões em2008.“É algo que [as empresas] nãoquerem divulgar simplesmente porcausa do estigma”, diz Lucian Pugliaresi,presidente da Energy PolicyResearch Foundation Inc., umcentro de pesquisas de Washingtonque é financiado pelo governoamericano.Um executivo do setor de transportemarítimo de petróleo cogitaque a Shell pode querer camuflarsuas compras no Irã para não passara impressão de que a gasolinaque vende nos EUA é refinada dopetróleo iraniano, uma violaçãoda legislação americana. A Shellé uma das maiores distribuidorasde derivados de petróleo nos EUA.Segundo seu relatório de 2009, aShell vendeu 1,33 milhão de barrisdiários de gasolina, diesel e outrosderivados nos EUA. Não há indíciosde que a matéria-prima dos produtosamericanos da Shell venha doIrã.A informação relativa aos petroleiroscontratados pela Shell e aTotal foi obtida de registros sobrea localização dos navios compiladospela IHS Fairplay, uma firmabritânica que fornece dados paraa marinha mercante mundial, e deoutros documentos.Diante da natureza confidencialdesses negócios, não se sabe a frequênciacom que as petrolíferastentam ocultar suas viagens aoIrã, ou se fazem isso, em parte, porquestões de segurança.A Organização Marítima Internacionalda ONU afirma queo transmissor de localização donavio “<strong>sem</strong>pre deve estar funcionando”,para não pôr em risco asegurança do navio, como quandoele circula em águas frequentadaspor piratas.Segundo registros do porto deFujairah, nos Emirados, que recebecerca de 80 navios-tanque pordia, o Front Page chegou em 16 demarço e partiu no dia seguinte.Como todos os navios de grandeporte, é obrigado por um tratadointernacional a operar um equipamentoeletrônico conhecido comoSistema Automático de Identificação,que transmite informaçõessobre localização, destino e outrasaspectos. Segundo o tratado, o destino“deve ser computado manualmenteno início da viagem e atualizadoquando necessário”.Dados do localizador do navioregistrados por satélites mostramque ele declarou seu próximo destinocomo Jebel Dhanna, outro portodos Emirados. Ele chegou lá em 18de março e passou a noite.Nos próximos quatro dias, continuouinformando que seu destinoera Jebel Dhanna. Mas em 19 demarço deixou o porto e cruzou oGolfo Pérsico para lançar âncora nacosta iraniana perto de Asalouyeh,sede de um complexo de petróleoASSOCIATED PRESSe gás, segundo as coordenadas desua posição. Lá ele ficou durante ospróximos dois dias.Segundo registros obtidos portraders e pessoas a par do assunto,o Front Page foi carregado com umvolume desconhecido de um derivadode petróleo chamado condensadoSouth Pars, um tipo de óleoleve que pode ser transformado emgasolina.Quando partiu, o navio informouque a linha de água do casco caiutrês metros, mais uma prova deque levava alguma carga.Enquanto o navio deixava a costado Irã, o localizador indicou queele mudou o destino para Ras Tanurah,importante porto petrolíferona Arábia Saudita. O Front Pagechegou lá em 23 de março.Um representante da FrontlineLtd., uma empresa sediada nasBermudas que alugou o navio paraa Shell, não quis comentar.No caso do navio contratado pelaTotal, um petroleiro iraniano chamadoSaveh, dados do localizadormostram que ele divulgou seu destinoem 28 de fevereiro como sendoa Ilha Kharg, um terminal iranianode exportação de petróleo. Massatélites pararam de receber seusinal da tarde de 1o de março à manhãdo dia 3.Segundo os registros obtidospor traders e pessoas da marinhamercante, em 2 de março, duranteo blecaute do localizador, o Savehrecebeu cerca de 100.000 toneladasde petróleo leve e 34.000 toneladasde óleo pesado iranianos.Um representante da NationalIranian Tanker Co., a dona do Saveh,que o aluga para empresasinternacionais, disse que “é um negóciolegal e lucrativo”.

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