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O Espiritismo e os problemas Humanos - Deolindo ... - ViaSantos

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O <strong>Espiritismo</strong> e <strong>os</strong> Problemas Human<strong>os</strong><strong>Deolindo</strong> AmorimPENSE - Pensamento Social Espíritawww.viasant<strong>os</strong>.com/pensedas estruturas sociais, porque, como <strong>os</strong> regimes po1ític<strong>os</strong>, também sedesgastam. Do mesmo modo, as instituições religi<strong>os</strong>as, quando nãoquerem reconhecer e acompanhar as transformações. Todavia, quandonão estão bem fundamentadas no senso de equilíbrio, as transiçõesmais profundas podem produzir um estado de coisas muito diferentedo que se espera. Ainda que haja as melhores intenções, cada qual nasup<strong>os</strong>ição de estar com a verdade, <strong>os</strong> pól<strong>os</strong> op<strong>os</strong>t<strong>os</strong>, tanto em religião,quanto em política ou em qualquer espécie de reforma, podem darresultad<strong>os</strong> negativ<strong>os</strong> pela hipertrofia de cert<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> mais sensíveis.Se a sociedade feudal, por exemplo, caracterizava-se por uma descentralizaçãomuito dispersiva, a tendência centralizadora, que se corporificoudepois, nas mã<strong>os</strong> d<strong>os</strong> reis, deu origem a um estatismo absorventee autoritário. Querendo corrigir a descentralização d<strong>os</strong> feud<strong>os</strong>, cuj<strong>os</strong>barões rivalizavam em poderes, fazendo concorrência ao império, opoder real centralizou demais. O exagero, neste ou naquele caso, levoua impressionantes assom<strong>os</strong> de delírio, confundindo a pessoa do rei como próprio Estado. E não se diz que um d<strong>os</strong> monarcas da época chegou aproclamar que o Estado era ele? ... Não há maior personificação deabsolutismo! ·O estatismo daquela época era um fenômeno político de exageradaconcentração de autoridade. Estava, entretanto, na corrente deidéias que via, no poder supremo do Estado, a solução de tod<strong>os</strong> <strong>os</strong><strong>problemas</strong> da sociedade. Não era outra a concepção do Leviatã,invocada por Thomas Hobbes para justificar a monarquia absoluta.Leviatã é a figura de um monstro marinho, de criação bíblica, simbolizandoo instinto destruidor do homem. Para que houvesse paz social -segundo a fil<strong>os</strong>ofia política de Hobbes (sec. XVII)- seria necessário oabsolutismo do Estado, enfeixando tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> poderes para refrear oinstinto egoísta do homem. Não é de estranhar, portanto. a existênciade raízes tão antigas nas propensões para o estatismo, sob formasdiversas com o andar d<strong>os</strong> temp<strong>os</strong>. Entre <strong>os</strong> greg<strong>os</strong> também houveexaltação do Estado. Em determinado momento histórico, inclusivecom Platão, ••o divino", como tantas vezes o chamaram, a Gréciauntiga ensaiou a supremacia do Estado. Os roman<strong>os</strong>, que foramherdeir<strong>os</strong> da cultura grega, não poderiam, por sua vez, fugir a essatendência. O estatismo moderno tomou feições diferentes em face dasnovas situações. Seja como for, o que se encontra sempre, na sucessãod~ lod<strong>os</strong> esses fenômen<strong>os</strong>, é um conflito, ora atenuado, ora exacerbado.entre individualismo e estatismo como pól<strong>os</strong> de interesses op<strong>os</strong>t<strong>os</strong>.Se o constitucionalismo, foi, no plano político, uma reação frontal aonb•nlntismo, também é verdade que o individualismo definiu,-XIX-

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