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Correio nº 186 - APPOA

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A formação do analista.titui o sujeito, resto que resiste à assimilação significante e que segue, desdeentão, como causa de seu desejo.É neste lugar que o analista se manterá, escutando dali o que lhe demandem– seja um saber, seja uma mestria – e, ‘estando prevenido’, buscaráproduzir uma torção, uma inflexão no discurso que esteja em jogo. Éadvertido disto que serão estabelecidas as diferentes possibilidades de intervenção,fazendo-se necessário que cada psicanalista reinvente a psicanálise,a partir do que ele extrair do fato de ter sido, durante algum tempo,psicanalisante.Esta posição do analista se determina por um ato daquele que no fimde sua própria análise aceita o desafio de voltar a restaurar o sujeito supostosaber. Lacan aponta que o ato é o que constitui um começo, lá onde nãohavia um. Isto também nos leva ao desejo do analista, outro importantetema, muito abordado no Seminário 10. Ora, o desejo do analista não poderiasenão implicar no discurso do psicanalista! Na supervisão, portanto,tratar-se-ia de estar prevenido quanto a isto, em vez de se dedicar a pensarse o paciente melhorou ou não, e quanto.Cabe ao supervisor portar-se, eticamente, à altura da responsabilidadeem jogo, encontrando vias de trabalhar frente aos tantos impasses e impossíveisinterpostos na situação. Frente ao impossível, resta o ato. Lidar teoricamentecom este impossível permite não só precisar o que se dá ali, massair desses embaraços. Servindo-nos então das ferramentas dos quatrodiscursos propostos no Seminário 17, na supervisão podemos receber umademanda de mestria, de saber, ou podemos estar frente a um momento dedivisão do sujeito. A partir daí esboçam-se diferentes variações. Conformea circunstância clínica o determinar, teríamos um trânsito entre os discursos.Podemos pensar em intervenções pautadas por cada um deles. E quaisseriam, nessa perspectiva, os elementos ocupantes dos lugares? Qual odiscurso de que se trata?dezembro 2009 l correio <strong>APPOA</strong> .39

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