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Revista Coffea - Número 16 - Fundação Procafé

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RECOMENDANDOse que temperaturas baixas, abaixo de 2ºC (no abrigo), porgeadas ou ventos frios, levam à queima dos tecidos docafeeiro, podendo atingir folhas, ramos e o próprio troncodo cafeeiro.No aspecto macro-climático os estudos dezoneamento para a cafeicultura em cada região, efetuadospelo convenio IAC/IBC nas décadas de 1970-80 e, maisrecentemente, os efetuados pela Embrapa, dão uma idéiadas regiões aptas, marginais e inaptas para a cafeicultura,seja para as variedades de arábica ou conillon. Ali sãolevados em conta: as faixas adequadas de temperatura e aschuvas e o melhor condicionamento climático que podeser obtido, mesmo em áreas marginais, através dairrigação e da arborização.b) Efeito das chuvas/déficit hídricoA necessidade de umidade no solo, para ocafeeiro, é variável de acordo com as fases do ciclo daplanta. No período de vegetação e frutificação, que vaide outubro a maio, o cafeeiro precisa de umidadedisponível no solo. Na fase de colheita e repouso, dejunho a setembro, a exigência é menor, o solo podendoficar mais seco (até quase ao ponto de murcha), semgrandes prejuízos para a planta. Uma deficiênciahídrica, nesse período, chega mesmo a estimular oabotoamento do cafeeiro, conduzindo, ainda, a umaflorada mais uniforme, quando no reinicio das chuvasou da irrigação. Nas regiões de inverno mais quentes,as pesquisas mostram que é preciso ter cuidado aointerromper as irrigações para promover o “stress”.As regiões mais secas, no período de colheita,25produzem cafés de melhor qualidade (bebida dura paramelhor), como ocorre nas zonas de “cerrado” em MinasGerais (Sul de Minas e Triângulo Mineiro) e na Mogiana,em São Paulo e em outras regiões semelhantes (OesteBaiano, Goiás etc).No que diz respeito às áreas cafeeiras do Centro-Sul do país, chuvas anuais acima de 1200 mm podem serconsideradas adequadas ao bom desenvolvimento dacafeicultura de café arábica, enquanto as lavouras derobusta podem ser cultivadas em zonas com precipitaçõesmenores, acima de 900-1000 mm anuais. Deficiênciashídricas de até 150 mm, no período de junho a setembro,podem ser bem suportadas pelo cafeeiro arábica e, até 400mm, de forma marginal, pelas variedades robusta(Conillon).Nas figuras 2 e 3 foram incluídos os dados debalanço hídrico em duas regiões típicas de cafeicultura,uma região onde teóricamente não seria necess[arioirrigar e outra onde a irrigação é imprescindível.O balanço hídrico da região de Varginha (Sul deMinas) exemplifica uma região adequada ao café arábica. Acurva do balanço normal indica excedentes hídricos nosmeses chuvosos, sendo que o pequeno déficit hídrico noinverno, na fase de maturação (colheita) e dormência, éfavorável, resultando em uma florada uniforme ematuração mais igualada. As curvas do balanço dos anos de2006 e 07 exemplificam a ocorrência, nos últimos anos, dedéficits acumulados de quase 400mm anuais, resultando,nos ensaios de irrigação de cafeeiros, conduzidos na Faz.Experimental, em acréscimos de produtividade de 37% namédia de 8 safras nas parcelas irrigadas (quadro 2).Quadro 2 - Níveis de deficitshídricos críticos nos anos eperda percentual de safra emcafeeiros, sem irrigação emrelação aos irrigados. Varginha-MG, 2007.Em Araguari, no Triângulo Mineiro, ocorredeficiência hídrica excessiva no inverno e naprimavera, sendo necessárias duas a três irrigaçõessuplementares, uma em maio e, depois, duas a trêsem agosto-setembro.Com relação ao fator hídrico, as observaçõese as experiências efetuadas nas várias regiõescafeeiras permitiram chegar aos seguintesparâmetros de aptidão:

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