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Revista Coffea - Número 16 - Fundação Procafé

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38ENTREVISTAOswaldo Henrique mostra sua visão sobre oapoio governamental à cafeiculturaO Eng. Agr. Oswaldo Henrique Paiva Ribeiro éum exemplo de profissional voltado para as atividadesassociativistas na cafeicultura.Oswaldo é natural de Varginha-MG,importante pólo cafeeiro da principal região produtora,o Sul de Minas. Ele é filho de cafeicultores, do SeuPedro e Dona Dalva, de quem herdou a tradição no cafée seguiu na carreira agronômica do produto, assistindoe liderando os produtores. Em 1969 formou-se pelaUFV e em 1970 foi trabalhar na Emater, até 1973,quando ingressou na Cooperativa de PatrocínioPaulista, no Convenio com o IBC, sendo em 1975transferido para o Escritório de Assistência Técnica daAutarquia em Varginha. Em 1992 com a extinção doIBC, foi transferido para o MAPA, onde trabalhou atése aposentar, em 1998.Durante sua vida profissional nosso colegaOswaldo Henrique desempenhou, por 4 anos apresidência do CNC-Conselho Nacional do Café etambém por 15 anos a presidência da Cooperativa dosCafeicultores de Varginha. Atualmente ocupa aDiretoria da <strong>Fundação</strong> <strong>Procafé</strong>Pela sua experiência profissional, nossa revistaachou oportuno conhecer a visão atual de OswaldoHenrique sobre as ações de apoio governamental àlavoura cafeeira. Vamos a ela.Oswaldo cita como importantes os programasde alongamento das dividas contraídas no passadopelos produtores; o sistema PEPRO, que concede umamargem de nos preços do café; e o sistema de opçõesde compra. No entanto, considera ainda insuficientes asmetas de troca de divida por café, cujo preço do caféestipulado para a troca é baixo. Ele indica que a políticagovernamental deveria, de fato, estabelecer umagarantia de preços para aquisição efetiva do café, apreços compatíveis com os custos de produção, e suaretirada temporária do mercado, regulando a oferta efavorecendo, em seguida, a recuperação nos preços. Oquantitativo para aquisição deveria ser ao redor de 10milhões de sacas, admitindo a compra de cafés depadrão inferiores, aqueles que vem tendo maiordificuldade de venda e de preços no mercado e cujaorigem se deve a problemas de chuvas no período decolheita da safra em 2009.Como Eng. Agr. e participante, na época doIBC, no trabalho de previsão de safra e nocadastramento de produtores, considera essencialdispor de um sistema mais confiável para odimensionamento real do parque cafeeiro e de suassafras, elementos influentes no mercado e na tomada dedecisão pelos produtores quanto à redução ou expansãode suas lavouras.No setor tecnológico do café, Oswaldo defendeo aperfeiçoamento do sistema do atual Consórcio dasInstituições de Pesquisa, evoluindo para a implantaçãode um Centro Coordenador e Executor das ações dedesenvolvimento e difusão de tecnologia cafeeira, comvistas a integrar os conhecimentos, visando resolver osproblemas de forma mais eficiente e econômica,evitando duplicidades nos trabalhos e o uso derecursos, oriundos do setor(FUNCAFÉ), em projetosque atendam prioridades levantadas no campo e não napreferência dos pesquisadores ou de interesse de suasteses.Finalmente, ele enxerga que, a médio prazo, acafeicultura deixará sua atual fase de crise, cumprindoseu papel de geradora de renda e de empregos nasregiões cafeeiras. Enquanto isso, cita a necessidade doprodutor selecionar suas lavouras, aquelas querespondem aos tratos, para alcançar maiores níveis deprodutividade e racionalizar os custos de produção.

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